terça-feira, 13 de outubro de 2009

Bellas, Três rodas, Alpinos, ...



Aqui na Dmc estamos no que os alentejanos chamam de "cansera". Revistas a sair, revistas quase feitas, revistas a ser começadas.... Só o ritmo de trabalho é que não abranda. Este nosso patrão é mesmo daqueles à antiga. Só sabe pensar em trabalho, caramba. Revista a sair temos a Dmc 16 que deve ir para o correio amanhã. 40 páginas, mais 8 que os últimos três números, mais artigos e, pensamos nós, mais qualidade também. Os leitores, porém, é que têm a última palavra. A capa é uma Bella Zundapp belíssima e foi tirada em Álcacer do Sal, na capital portuguesa desta orginal scooter. Em adiantado estado de preparação está a Dmc seguinte, a 17, cuja capa é dedicada à Sunbeam S7 com sidecar. A foto da capa foi tirada há poucos dias atrás em Aveiro e apesar da beleza da moto, foram precisas tirar cerca de 300 (trezentas, é isso) fotos até chegarmos à uma foto que gostássemos. A moto é do Paulo Simões, o qual é também, talvez, o maior entusiasta deste tipo de Subeams em Portugal. E como não há duas sem três, também já estamos a trabalhar na Dmc 18. A falar a bem da verdade estamos a começar a trabalhar. A capa vai ser dedicada a Alpinos e se tudo correr bem a foto da dita vai ser feita amanhã, no reino dos Algarves onde estes ciclomotores foram, e estão outra vez a voltar a ser, reis e senhores!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Jawa 50?


Eu pelo menos não sabia que ela tinha existido. Para mim, Jawas foram de 125, 175, 250, 350 e, eventualmente, de outras cilindradas maiores também. Até que aqui há umas semanas atrás, dois leitores da Dmc de Beja me disseram que, sim senhor, tinha havido uma Jawa 50. E que, pelo menos lá nas bandas deles, era muito utilizada por padres. Confesso que fiquei intrigado, pus-me a pesquisar sobre ela e, sim senhor, existiu mesmo. E com o banco que se vê na fotografia. Parece que lhe chamavam "banco de cepo". Bem visto, não está? Tenho que fazer alguma coisa sobre ela!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Agora é o mistério Zundapp


Desfeito o mistério de como as Kreidler chegaram a Portugal - obrigado Paulo da Murtosa, obrigado Sr António Madaíl da Fontinha - já temos outro para resolver. Desta feita tem a ver com a Zundapp e a grande questão que me tira o sono à noite - ok, só muito de vez em quando - é perceber como é que esta outra marca alemã chegou a Portugal. Já falei com várias pessoas que trabalharam com a marca mas até agora ainda não cheguei a nenhuma conclusão. Terá sido a Sociedade Zickermann? Ou terá havido alguém antes dela? O João Casal não foi, ele só ficou com a marca algures no final dos anos 50 (outro mistério por esclarecer, a data exacta em que ele fica com a dita cuja). Antes dele era a Zickermann, mas desde quando? Talvez custe um bocadinho, mas havemos de lá chegar...

Cross, Tocha, chuva & Cia


Tinha jurado a mim mesmo que quando chegasse o mês de Outubro este corre, corre de idas a passeios e encontros de motos antigas ia parar, senão completamente, quase. Mas parece que não, pelo menos a julgar por este fim de semana comprido que hoje está a acabar. Sábado ainda consegui ficar pelos Lisboa, a adiantar a Dmc 17, mas domingo já estava farto de estar fechado com quatro paredes à minha volta e fui matar saudades ao Rebocho de que tanto gosto e onde tinha lugar a primeira prova de motocross de clássicas organizada pela dinâmica associação desportiva local. Já por várias vezes tinha estado para ir a uma prova destas mas nunca tinha calhado. Desta vez foi. Aquela barulheira toda dos escapes abertos não é o meu programa favorito mas que tem alguma graça, e um bom bocado de interesse ver Sachs, Casal, Zundapps, todas de 50cc, e todas já com mais de 20 anos, a correr numa pista de cross, com público a vibrar - com miúdos de 15, 16 anos e "cotas" de 40 ou 50, lá isso tem. Mas o meu fim de semana de "senhoras" não se ficou por aqui. Para hoje ainda tinha reservado ir sentir um pouco do encontro da Tocha. Sempre tinha ouvido dizer que neste encontro se apanha chuva e também tive um pouco dela, sobretudo à volta para Lisboa, mas o que ficou não foi isso. Foi algumas máquinas e histórias que ainda não conhecia, ideias novas para a revista, e o fantástico espírito dos organizadores, o Paulo, o cunhado João, e a mulher deste último (e também irmã do Paulo). E a ideia que no triângulo, entre Aveiro, Figueira da Foz, Agueda há uma paixão por motos antigas especial. Nem melhor nem pior que a que há no Minho, no Porto, em Sintra, em Almodovar, ou no Algarve, mas especial. É a paixão pelas motos inglesas, é o grande gosto de as mostrar em público, é o espírito de entre-ajuda entre os vários coleccionadores da região. Talvez nunca o venha a perceber na sua totalidade, mas é deveras interessante. O difícil agora é escolher uma fotografia que simbolize o fim de semana. Há umas quantas boas mas acho que vai ficar esta da Tocha, que, ao jeito dos quadros do século XIX, se poderia denominar apenas "R25, pai e filha". Havia umas quantas motos com mais pedigree no passeio, mas gostei deste conjunto, a BM (arranjada e bonita como quase todas as BMs clásicas), o pai e a filha. Estavam de partida para casa - tomara que não tenham apanhado a chuva que se pôs - mas lá estavam visivelmente bem dispostos, mesmo a condizer com o espírito do passeio.