quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Chamava-se Tâmega
Sabia-se que tinha existido, sabia-se que a sua base de montagem era da Confersil, mas não se sabia muito mais que isso sobre as Tâmega. Pois a Dmc, sempre à procura do ainda não tão bem conhceido no domínio das motos clássicas, meteu-se ao caminho, foi até Amarante - a terra onde a marca nasceu -procurou e procurou, e conseguiu chegar à fala com J. Carmo, um dos criadores da Tâmega. E, coincidência das coincidências, no dia em que lá fomos, a sua oficina no centro de Amarante tinha para revisão não uma mas duas Tâmegas, uma de cada um dos dois modelos que a marca teve enquanto se fabricou, na década de 70, a Turismo e a Sport. Quem tiver a pensar restaurar uma, já não tem desculpas para não a restaurar ou para não o fazer de acordo com o original. A ver se algures em 2010, com esta e/ou outras ajudas, descobrimos por aí a primeira Tâmega em estado de colecção!
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Alguém já viu alguma por aí?
Enquanto a Dmc 18 segue hoje para o correio, aqui na redacção as nossas atenções estão já, quase todas, na próxima edição da Dmc, a 19, e um problema que supostamente não devia ser problema, está a dar-nos voltas à cabeça. Trata-se da motorizada estrangeira do mês. Normalmente, a dita cuja não é a nossa maior dor de cabeça. Esse "título" costuma pertencer à motorizada nacional do mês, mas este mês "encantámo-nos" com uma italiana lindíssima -a Maserati 50 - e não está fácil descobrir-se uma foto de qualidade da dita. Já tentámos cá, tentámos em Itália e até nos Estados Unidos, mas até agora nada, niente, nothing. nichts. No mês passado precisávamos de uma (também boa) foto da Casal RZ50 e conseguimos pelo blog umas cinco ajudas, uma das quais - dos Açores! - nos levou até Trofa onde, efectivamente, há uma belíssima RZ50. Com a Maserati vai ser mais difícil, mas como a esperança é a última que morre, aqui fica o apelo: alguém por aí sabe se há em Portugal uma Maserati 50 em bom estado? Numa coisa, pelo menos, penso que estamos todos de acordo. A moto é de se perder a cabeça, não é?
sábado, 26 de dezembro de 2009
Quase 300 Kms/hora, em 1937!
A foto acima é pouco conhecida mas extremamente interessante. Mostra a BMW de 500cc carenada com que o alemão Ernst Henne bateu o recorde de velocidade absoluto de duas rodas em 1937, na auto-estrada Frankfurt-Darmstad. E. Henne alcançou a então espectacular velocidade média de 277 kms/hora de quilómetro lançado, a sua moto sendo uma BMW convencional cujas únicas alterações, além da carenagem, eram um compressor associado a um carburador sobre-dimensionado, e uma estrutura especial atrás do depósito que permitia que Henne se deitasse ao longo da moto para diminuir o atrito ao ar. O mais espectacular deste recorde é que ele foi o terceiro alcançado em 1937. Meses antes, o húngaro F. Fernihough tinha estabelecido o primeiro recorde do ano (273,2 kms/hora) ao volante de uma Brough Superior de 996cc, e poucas semanas antes da tentativa de Henne, o italiano P. Taruffi tinha batido o recorde de Fernihough com uma Gilera de 495cc que fez 274,1 kms/hora.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Bela e monstro
Já devia estar noutras bandas, mas não resisto a deixar aqui a foto desta moto tão esquisitinha que descobri há pouco quando andava à procura de nem sei bem o quê. Ao que consta, chamava-se Ner-a-Car, o nome tendo origem no homem que a concebeu, Carl A Neracher. Foi desenvolvida nos Estado Unidos, em 1921, e fabricou-se por lá de 1922 até 24, assim como no Reino Unido, sob licença, de 1924 até 26. Infelizmente, embora contasse com o apoio financeiro do já então milionário King C. Gillette - o homem que inventou as lãminas de barbear do mesmo nome - não pegou. Tinha um só cilindro, de 221cc e, para além do seu aspecto meio assustador, distinguia-se pela sua tracção por fricção assim como pela sua direcção central, tipo automóvel. Hoje é uma raridade e, ao que consta, vale uma pequena fortuna.
Vamos Tansinar?
Volta não volta, perguntam-me porque escolho esta ou aquela moto para moto do mês. A verdade é que não há nenhum método científico para decidir qual, ou quais, vão ser as eleitas. Depende muito do que me parece interessante e do que me parece interessar os leitores da revista. E para a próxima Dmc, a 19, este processo de escolha algo pessoal mamtém-se. A scooter do mês vai ser uma Garelli ou uma Cushmann, a motorizada nacional uma Tansini, a motorizada estrangeira - em princípio - a Honda Amigo, e a moto estrangeira uma Sanglas. Para variar, a que vai dar mais trabalho a preparar vai ser a motorizada nacional - a Tansini - mas havemos de lá chegar. De norte a sul, esta discreta mas interessantíssima motorizada vai despertando cada vez mais atenções, e já há umas quantas pessoas que sabem isto e aquilo dela. Hoje não que é véspera de Natal, mas a partir de sábado, vamos começar a estudar a "pequena" e vamos ver o que vai sair.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Finalmente!
Isto de fazer revistas de motos clássicas não é fácil, não. Esta já é talvez a sétima ou oitava revista que faço na vida e confesso que, a menos que a memória já me atraiçoe, esta é, decididamente a que dá mais trabalho. A crise, é verdade, não ajuda. Se tivéssemos em tempo de vacas gordas, tinha um ou dois ajudantes e tudo era mais fácil, mas isso não explica tudo. Nas outras revistas em que estive envolvido, se a gente se enganava, tínhamos uma ou duas chamadas de atenção. Aqui, se alguma coisa não está certa, são uns 10 telefonemas, quatro ou cinco mails, uma ou duas cartas, fora as pessoas que não dizem nada na hora mas que quando nos vêem, não perdem um segundo a chamar-nos a atenção do que falhámos. Por um lado é chato - tá a gente aqui a dar ao litro e há pessoas que parece que só vêem defeitos - mas por outro, não é chato coisa nenhuma. É a melhor prova de que as pessoas gostam da revista e que vibram com ela. E nisso, quer se queira quer não, a Dmc é única. E ainda bem. Isto tudo a propósito que hoje, finalmente, temos a Dmc 18 a ser impressa. Conseguiu ainda atrasar-se uns dois dias em relação ao mês passado, mas já está. E corrijam-me depois se eu estou enganado, mas parece-me que ela está bué, bué, como se diz por aí nos dias de hoje. Deixo aqui a capa para quem quiser ir tendo um "cheirinho" dela, mas prometo depois, já nos próximos dias, mostrar aqui um ou outro dos seus artigos. Espero que gostem. Eu gostei!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Siestas, para que vos quero!
Não obstante todos os esforços, até hoje não conseguimos pôr a Dmc a sair a tempo e horas. É um facto. Mas há uma coisa que ninguém pode dizer, que é isso dever-se a não se trabalhar aqui na casa. E os fins de semana deste pacato mês de Dezembro são uma boa prova disso. Durante meses andámos aqui em azáfama nos fins de semana por causa dos multíplos encontros e exposições que há de norte a sul do país neste meio na Primavera e no Verão. Era suposto que, ao menos agora, nos meses do defeso, pudèssemos descansar aos sábados e domingos, mas não. Só nos três últimos fins de semana, um deles foi totalmente dedicado a escritas para a revista, o outro foi a trabalhar na feira de Aveiro, e o mais recente envolveu contactos pessoais com várias oficinas no Porto, Penafiel e Amarante, sessões de fotos com motos de colecão para a Dmc 19 (uma em Famalicão e a outra no Porto), e uma entrevista de quase três horas com o grande coleccionador de Trás os Montes, Joaquim Borges de Castro. Descansar? Era bom, era!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
A única das únicas
A marca, Cerccato, já de si é bastante rara. Ficou a dever-se ao legendário engenheiro italiano Fabio Taglioni que em 1949 ou 1950 desenvolveu um motor revolucionário monocilíndrico de 75cc, a quatro tempos, com dupla árvore de cames à cabeça, e que depois vendeu o conceito ao grupo industrial Cerccato. F. Taglioni viria depois a tornar-se famoso ao ir trabalhar, primeiro para a Mondial, e depois para a Ducati, tendo tanto numa como na outra criado alguns dos motores mais famosos de sempre destas duas marcas. A partir do projecto da moto, a Cerccato construiu cinco exemplares da mesma, tendo depois disso desisitido de produzir motos. Das cinco só uma existe ainda mas essa uma, de tão rara, e tão bem restaurada, acaba de ser eleita a moto clássica do ano pela American Motorcycle Association, a maior associação motociclística norte-americana.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Réplica de Merkel em leilão
O original foi construído artesanalmente pela Merkel, uma marca americana de 1910, para bater recordes. E como bateu. Pilotada por Maldwyn Jones, um dos grandes campeóes da época, ganhou 24 das 41 provas em que entrou, ficou 10 vezes em segundo, e três em terceiro. Tinha um motor Jefferson de 500cc e como se pode reparar, nada de travões. Desapareceu mas um mestre em restauros de motos, Chris Cutler, fez uma preciosa réplica dela que vai agora em Janeiro a leilão, em Las Vegas. Dada a sua exclusividade, promete alcançar um preço interessante. Será que ninguém por cá, se entusiasma a criar uma réplica das máquinas de Inocêncio Pinto? Nem que fosse só pelo dinheiro, era um investimento garantido.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Será que não há nenhuma?
Já falei com Antónios, Manueis, Joaquims, Franciscos, Pancrácios e sei lá quem mais dos meus contactos ligados a motorizadas para tentar descobrir uma Casal RZ50 em bom estado para a ficha da motorizada do mês da próxima Dmc. Seja deles seja de outras pessoas que me contactaram espontaneamente sobre o assunto, já recebi "n" dicas sobre este modelo da Casal mas nenhuma, por mais incrível que pareça, está como eu gostaria. Será que sou eu que estou a ficar demasiado perfeccionista com as fotos da revist? Tenho ainda três ou quatro dias para descobrir uma mas começo a ver as coisas complicadas. E eu que, há umas semanas atrás, parei casualmente num café em Foros de Almeirim, no meio do nada, só para fotografar uma Vespa e uma motorizada que estava ao lado dela - e que por acaso era uma Casal RZ50. Na altura não estava ainda tão interessado na dita cuja e não lhe prestei talvez a devida atenção. Como tenho vontade de roer as unhas com pena da minha falta de caco. Tens que estar mais acordado, pá!
Duas a não perder
Enquanto a Dmc 18 avança a olhos vistos - também pouco mais tenho feito que trabalhar nela - avizinham-se dois eventos que também me vão tomar algum tempo, e muita atenção. Um é a feira de Aveiro do próximo fim de semana. Umas pessoas dizem que vai ser interessante, outras dizem que aquilo não tem nada de engraçado para se ver e para já, verdade seja dita, não posso dizer nem que concordo nem que discordo de uma ou outra opinião. Nunca fui a nenhuma feira de Aveiro de Dezembro. À de Maio já fui duas vezes e gostei muito. Muita gente, muitas motos, muito ambiente, porreiro. A esta nunca fui. Mas pelo que sinto da organização, pelo menos vontade de fazer coisas parece haver. Daqui a quatro ou cinco dias, já posso dizer o que acho. Mas há mais. Um pouco mais para norte, em Famalicão, os homens do Indian Clube de Portugal estão a preparar o que parece ser a exposição de motos clássicas mais interessante que já se fez em Portugal desde a que Pedro Pinto fez na Expo há uns 10 anos atrás. A dita cuja só abre as portas dia 05 mas diz quem está a acompanhar a organização da mesma, que vamos lá ver algumas maravilhas que muitos de nós não imaginávamos que existissem sequer. Não sei como se chega lá de moto nesta altura com tanta chuva e frio, mas hei de descobrir o caminho.
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