quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Finits


Foi cansativo, mas conseguimos. A Dmc 16 tá, como se diz na gíria, "fechada". Conseguimos acabá-la quase uma semana mais cedo que a Dmc 15. Hoje tou caput mas amanhã volto à guerra. O próximo objectivo é ter a 17 fehada na terceira semana de outubro. Mas hoje é para ir descansar um poquito. E já agora, alguém sabe que moto é esta? Motorral, é?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mach III faz 40 anos


Parece difícil de acreditar mas a Kawasaki 500 Mach III, um dos ícones do começo dos anos 70, faz este ano 40 anos de vida. Para celebrar o acontecimento, estão a ter lugar no Japão, Austrália em vários países europeus e nos Estados Unidos, vários encontros desta maravilhosa tricílindrica que acelarava como um avião mas depois não tinha travões para tantos cavalos. Por cá, tanto quanto sabemos, não há nada previsto mas se houver alguns proprietários de Mach III, é só darem sinal de vida que ajudamos a soprar as velas. Alô Filipe aí no Alentejo, alô Mário aí para as bandas de Arruda dos Vinhos, alô quem mais tenha máquinas destas: não querem tirar as vossas Kawas a garagem e marcarem um encontro para elas se conhecerem?

sábado, 26 de setembro de 2009

Derny quê?




Ontem, no meio de arrumações e mais arrumações, dei com uns apontamentos sobre esta moto francesa dos anos 50 de que, confesso, nunca tinha ouvido falar antes: a Derny Taon. E apesar de todas as motos serem interessantes, esta fez-me parar um pouco para pensar. Até talvez nem fosse grande coisa a andar - nos entretantos já vim a saber que a embraiagem era dura o punho das mudanças (tinha três de mão) era sensível - mas as suas linhas parecem divinais, talvez saídas de algum flime de James Bond ou de uma série do tipo Star Trek. Repare-se só na suspensão dianteira, tipo Aeron, ou ainda na interligação entre o farol da frente e o depósito de gasolina. Até aqui, para mim, a MZ era a moto desta época com uma óptica mais esquisita mas isto bate tudo. Ao que consta, a Derny especializava-se em bicicletas com motor usadas em velódromos. No começo dos anos 50, foi comprada por Robert Fenwick, um homem que já tinha sido importador da Lambretta para França e que era também o representante dos helicópteros Bell em França. Tentou relançar a Derny com algo revolucionário e a Derny Taon foi a sua aposta. O motor era um AMC monocilíndrico de 125cc e o nome Taon era um diminutivo do apelido do jovem designer da moto, Roger Tallon, na altura quase acabado de sair da universidade mas que mais tarde viria a ser mundialmente conhecido por ser o designer de centenas de produtos famosos, entre eles o TGV!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sai uma, entra outra!


Embora ainda estejamos com o "punho enrolado" para fechar a Dmc16, o que poderia acontecer na próxima segunda-feira dia 28, já se vai trabalhando na outra vem a seguir, a 17, cujo tema de capa vão ser os espectaculares sidecars, os quais começaram a fascinar-me a sério há umas semanas atrás no nosso passeio "Pelo Alto Minho". Há tanta coisa interessante para se falar sobre isto que seria preciso quase meia revista só para se abordar o tema decentemente mas vamos tentar condensar esse muito nas cinco ou seis páginas que vamos poder dar ao tema. Vamos ver o que sai!

domingo, 20 de setembro de 2009

De surpresa em surpresa



Ainda um dia organizo uma excursão, só de motos de preferência, para quem me quiser acompanhar nos meus programas "passeistas" de domingo. Participar em passeios de clássicas é maravilhoso mas acompanhar quem participa nos passeios é também um grande programa em si. Este fim de semana passado foram mais três, Pinhal Novo, aqui perto de Lisboa, Rebocho, para os lados de Coruche, e Vagueira, bem perto de Aveiro (mais perto que eu pensava). Quase 700 kms, mas que espeta, como se diz hoje por aí. No Pinhal Novo houve uma série de curiosidades. Foi a primeira vez que vi um moto clube claramente mais virado para as motos modernas - e onde dominam as modernas como CBRs, Hayabusas e outras coisas parecidas - a organizar um passeio de clássicas. Algumas motos interessantes que ainda não conhecia, outras que já conhecia e, entre os vários encontros novos, um com um senhor que estava bastante por dentro da história da SO4. Um mistério a menos entre as dezenas que ainda tenho das motorizadas portuguesas.

No Rebocho, grande surpresa. Cheguei lá já por volta do meio dia, vou directo a Coruche pelas pontes - finalmente já se pode passar nelas - e quando estou a chegar à segunda ou à terceira, olho brevemente para os campos do lado direito da estrada e que vejo bem ao longe? Uma, duas, três, quatro, uma multitude de pequenas motorizadas que vinham por uma estrada secundária ao longe em direcção também a Coruche. Pensei para mim que não podia ser o passeio das Floretts pois esperava-se, na melhor das hipóteses, umas 20 máquinas, mas quando me encontrei com a caravana, já quase à entrada da vila, era mesmo ela. No total o Manel, o organizador do passeio (aqui na foto com a filha Pati, também ela uma "apaixonada" das duas rodas), conseguiu ainda reunir 40 Floretts das mais variadas. Fantástico!

E depois temos a Vagueira. Muito vento na ida para cima ao ponto da minha BM velhinha (e já a precisar de reforma) ter feito um consumo claramente acima do que é costume mas é a vida. Já sabia que o Tony Arrais, o organizador-chefe, era um homem dinâmico mas conseguir juntar perto de 180 motos, e muitas delas de boa qualidade é obra. Para baixo do reino de Famalicão, com a possível excepção de Sintra, não me lembro de ver um encontro com tantas motos grandes e clássicas, com "C" grande. No meio de tanta moto, e tanta gente, os primeiros comentários à Dmc 16 e, apesar da constatação de um erro ou outro - nomeadamente na ficha da Casal K181 e no artigo da Sachs (este só detectado pelo Carlos de Sangalhos e mais dois ou três leitores que também trabalharam na SIS) - as opiniões parecem ser positivas. Em frente, marche!

sábado, 19 de setembro de 2009

Grandes homens, lá para as bandas de Aveiro!



A febre pelas Floretts lá para as bandas de Aveiro é de tal ordem que 11 heróis da região vão amanhã fazer meio Portugal para irem ao passeio das Floretts do Rebocho, perto de Coruche. A ideia foi de Paulo Gabriel, na foto de bigode, aqui com uma parte do grupo dos 11 após terem carregado várias Floretts numa das carrinhas "requisitadas" para dar apoio logístico ao grupo, que só este ano já terá feito perto de 1000 kms com a sua Super em passeios aos mais variados lugares!

Mais três



Enquanto a Dmc 16 está quase quase, amanhã é outra vez dia de encontros, e como já aconteceu no fim de semana passado, no meu caso concreto vão ser outra vez: Pinhal Novo, Rebocho, e Vagos. 500, 600 quilómetros mas mais coisas bonitas pelo meio para se ver. Só espero que não haja muita chuva pelo caminho. Cá para baixo parece que os chuviscos já passaram mas lá para cima as previsões não são muito simpáticas. Pelo sim pelo não, é bom estarmos preparados. E por falar em alguma coisa que não seja chuva, alguém sabe dizer-me quem foi o primeiro representante da Kreidler em Portugal? Éramos para ter um artigo pequenino sobre a marca no próximo número da revista, mas depois como aqueles bolos que se faziam antigamente na casa das nossas avós, ele cresceu e cresceu e agora tá a ficar tão grande que temos que lhe fazer cortes. Mas precisava, ou melhor gostava, de saber quem foi o primeiro importador da marca. Mas hei-de saber!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Não dá prá creditá!



Apesar de ter vivido no Brasil cinco, maravilhosos, anos, e de uma boa parte da minha paixâo pelo mundo das duas rodas vir desse tempo em que lá estive, pensava que uma coisa que não havia no país de Vera Cruz era motos antigas. Vai daí a minha surpresa quando há pouco dei com um blog brasileiro dedicado a veículos antigos, de duas e quatro rodas, pelo qual fiquei a saber que no passado mês de Junho teve lugar em São Paulo a sexta edição de uma exposição de motos antigas denominada Moto e Cie Clássica. Estupendo, sim, e daí? Pois o daí é que a mesma terá contado com a presença de 800 motos ditas clássicas e foi visitada, durante o único dia em que teve lugar, por 10.000 pessoas. É caso para dizer que até nisto eles são grandes!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dmc 16



Depois da trabalhera toda que foi a preparação da Dmc 15, a 16 já está em plena preparação. Mais de metade da revista já está feita e se tudo correr bem, até ao fim desta semana ela fica quase pronta para entrar na gráfica. O que deu mais trabalho a preparar, para variar, foi a ficha mensal sobre motorizadas nacionais. Há tanta falta de informação e tanta informação que não combina que mesmo preparar-se algo não muito detalhado, como é o caso, pode ser um verdadeiro caso de investigação policial. Tem que se verificar, e reverificar todas as informações. Outra trabalhera!

domingo, 13 de setembro de 2009

Três passeios, três


Hoje devo ter batido algum recorde. Nada de importante, mas sou capaz de ter sido o primeiro português desde o Afonso Henriques a estar presente, no mesmo dia, em três passeios de motos clássicas, no de Almodôvar, no da Escravilheira, e no das Mini-Hondas na Nazaré. Entre idas e vindas quase 800 kms na burra. Mas pondo de lado o recorde, que é meramente simbólico e não me diz nada, o importante é se valeu a pena. E sim, valeu bastante a pena. Qualquer um deles. Almodôvar é Almodôvar. Já no ano passado tinha ficado impressionado com a organização e a adesão a este passeio e este ano não foi diferente. Apesar de ainda não ter dados oficiais, parece que estiveram presentes mais de 250 motos. No Alentejo e a dezenas de quilómetros de qualquer cidade. Impressionante. E que coisas bonitas que lá havia. A não perder na Dmc 17 (na 16, apesar de ir ter mais páginas, já não espaço para mais nada de nada). Na Escravilheira, perto de Torres Vedras, o ambiente é completamente diferente. Estamos em pela região saloia e enquanto em Almodovar há muita participação atravês de clubes regionais, aqui imperam as participações individuais. Motos bonitas também, mas acima de tudo o que aqui se faz sentir mais é o espírito do fantástico Paulo Camarão um dos homens mais extraordinários que conheci até hoje no meio das motos clássicas. Sempre pronto para ajudar ou, se não pode, sempre pronto a indicar quem pode ajudar! Já para o fim da tarde, ainda houve forças para uma ida rápida à Nazaré, para acompanhar um pouco um dos dois passeios de Mini-Hondas mais importantes do país. Já tinha estado há alguns meses atrás no outro, o de Braga, mas à hora que cheguei, pouco consegui sentir do ambiente deste "nicho" das motos clássicas. Desta feita houve um pouco de tempo para conversar e para conhecer gente e, penso, consegui sentir pelo menos o ABC deste meio. Também ele cheio de interesse. Dia em cheio. Para a semana há mais.

sábado, 12 de setembro de 2009

Finalmente!


E a Dmc 15, foi ficou finalmente pronta. Praticamente desde o número um que temos tido atrasos mas os deste número ultrapassaram tudo e todos. Foi a mudança de instalações, foram as férias das designers (que não estava previsto), foi os atrasos normais de um fecho, e como se tudo isto não bastasse, foi ainda apanhar-se os correios da Amadora fechados no dia da revista ir para o correio. Tudo porque ontem era feriado na Amadora. Com um pouco de neurónios e boa vontade a coisa lá se resolveu, mas que trauma. Pelo menos a revista parece-me boa e bem feita. Tanto tecnicamente como em termos de apresentação. Esperamos que os leitores achem o mesmo. Pouco a pouco vamos melhorando, ou pelo menos fazendo por isso. Valha-nos já estarmos adiantados com a próxima revista. O artigo da capa já tá feito, as fichas estão quase, os passeios do mês ficam feitos segunda, ... Com um pouco de sorte, até ao fim da semana que começa amanhã, está feita. Depois é o paginar e gráfica com ela. Quem sabe até ao fim do mês conseguimos tê-la pronta. Entretanto, amanhã, domingo, é dia de recordes. Almodovar pela matina, Escravilheira pelo almoço, e as Mini-Hondas na Nazaré depois de almoço. Ufa, ufa. Pelo meio mais motorizadas e motos clássicas bonitas para se ver, gente nova para se conhecer, gente conhecida para se voltar a ver. E vistas bonitas pelo caminho. A ver se a minha velhinha não me deixa pelo caminho!

domingo, 6 de setembro de 2009

Sintra 2


Fim de semana do passeio de Sintra. Talvez menos motos que em anos anteriores, não sei se estariam muito mais que 100-120 participantes mas mais gente, extra-passeio, no Largo de São Pedro para ver as motos e os seus donos, a feira de peças, e a atracção especial desta edição comemorativa dos 25 anos do passeio, uma exposição ao ar livre de ciclomotores e motos clássicas. Uma boa ideia do clube que bem precisava de ideias novas para este seu passeio sob pena dele se tornar apenas mais um evento e não algo especial como merecia, e merece. Muitas caras conhecidas cá de baixo mas também alguns beginners a mostrar que as motos antigas continuam a atrair novos adeptos. Que assim seja até chegarmos ao nível de uma Inglaterra ou Alemanha ou há quase uma moto clássica para cada 20 habitantes. Por cá, pelas minhas contas, haverá 60.000, o que dá 0,6 motos para cada 100, o que até nem é tão mau assim. Só que, 70 a 75% delas - a esmagadora maioria delas motorizadas nacionais - está ainda meio abandonadas. Será possível?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Alcácer


Tarde em Álcacer do Sal com o Carlos Veríssimo, um dos principais entusiastas do resurgimento das Zundapp Bella em Portugal. Verdadeira aula prática sobre esta scooter que é simultaneamente tão atraente e tão mística e que vai ser um dos temas mais importantes da Dmc 16. Irmã das Vespa, Lambrettas e tudo quanto é scooter mas, ao mesmo tempo, tão diferente de todas elas com o seu quadro de moto, o motor entre as rodas da frente e de trás, as mudanças de pé, e à inglesa, e outras. Já noite dentro, e depois de uma boa sopa de cação para retemperar as forças, vim a pensar pelo caminho para Lisboa o que terá sido a decisão de se avançar com a produção da Bella, o que teraão sido as alegrias e as tristezas à volta de um projecto destes e o que será ter-se uma colecção destes "bichinhos". Pinsamentos!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Paço Branco


Domingo passado foi a minha primeira oportunidade para participar, ao vivo, no passeio anual do Clube do Paço Branco. Ja tinha ouvido falar nele e valeu a pena fazer os 300 kms que separam a capital do betão de Conceição de Faro mais outro tanto de volta, para o sentir ao vivo. O percurso era simpático mas pequeno e uma boa parte dele no meio de zonas urbanas ou semi-urbanas, mas as motos participantes, a organização, e o ambiente, eram de se tirar o chapéu. E como aquela gente de Conceição, e outros lugares algarvios e não só, vive isto das clássicas. Acho que nunca estive num passeio destes em que houvesse tantas motorizadas do antigamente tão bem restauradas. E que variedade. Desde ciclomotores dos anos 50, e uma boa mão cheia deles, a motorizadas dos anos 60, 70 e 80. Não imaginava que no Algarve se vivesse tanto este mundo das antigas. Desde coisas mais comuns como Casais, Faméis, e Sachs a outras menos conhecidas como Anseves, Tansinis, e Teivos (???), que maravilha. E como se isto não bastasse, ainda tive a oportunidade de fazer o percurso, ou parte dele pois um furo no "sapato" fez-me acabar o passeio no carro-vasoura, num ciclomotor de carne e osso, uma Casal de 1961, com motor Zundapp. Travões quase não tinha e meter as mudanças era um pouco uma lotaria, mas que prazer, que sensação. Aqueles gajos do antigamente sabiam fazer motorizadas!