domingo, 30 de outubro de 2011
Vendida, por 240.000 mocas.
O último leilão de Stafford, realizado no mês passado, teve poucas surpresas. Mas uma delas, e nada pequena, foi o valor alcançado pela Brough SS100 de competição denominada "Moby Dick" - é, em Inglaterra há motos que têm nomes personalizados, como os barcos - que é considerada pelos experts como uma das Brough mais valiosas do mundo. E isto porque em 1929 ela alcançou, num teste de velocidade homologado, a impressionante marca, para a altura, de 106 milhas/hora (160kms/hora) o que fez dela a moto de produção particular mais rápida de toda a década de 20. Levada à praça por 200.000 euros - um valor já relativamente elevado mesmo para uma Brough - a Moby Dick acabou por ser vendida por 240.000, o que faz dela a sexta clássica mais cara de sempre. Segundo Paul D'Orleans, um expert em leilões internacionais de motos antigas, em tempos normais o valor da venda poderia ter sido mais alto, cerca de 300.000 euros, mas para os tempos que vão correndo, não foi nada mau.
sábado, 29 de outubro de 2011
A rolar, até França
Nalguns momentos de maior maluqueira já me passou pela cabeça ir - ou pelo menos tentar ir - até Paris na minha Fórmula I, numa V5 ou noutra "bomba" do género. Pode parecer meio absurdo mas até nem é. É que já houve quem fosse até França, com pendura, no começo década de 70, quando não havia telemóveis nem outras modernices dos dias de hoje. Os autores da proeza foram um casal de Sever do Vouga e a máquina utilizada a Macal da foto. Até que era bonito homenagearmos o feito, não era? Com um artigo na SóClássicas,isso é garantido, mas podíamos ir mais longe. Muito mais longe, até. E sabem como? Simples, repetindo a proeza! Ainda vou pensar no assunto!
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Qualquer dia num autódromo perto de si.
Depois das inglesas, das alemãs e, mais recentemente, das japonesas, a mais última moda nos Estados Unidos e no Reino Unido em matéria de clássicas são as motos de competição. Sejam elas de pista, cross, enduro ou outras, as motos deste tipo são as que têm sofrido uma maior interesse este ano e tudo indica que pelo menos em 2012 elas vão continuar a estar no "top" das preferências dos grandes colecionadores. Portugal não é excepção a este movimento e para lá dos restauros de motos nacionais que já foram grandes estrelas nas pistas, temos vindo a assistir a um crescendo de importações, sobretudo de França e Inglaterra de motos de competição, sobretudo japonesas dos anos 70 e 80. Na região de Lisboa e arredores, no entanto, há quem se esteja a interessar por outras coisas, nomeadamente pelas clássicas de speedway. E isto porque estão em curso pelo menos três projectos de restauro de máquinas deste tipo, todas elas utilizando motores JAP monocilíndricos de magnésio. Para já a ideia dos três é restaurar, ou melhor falando criar, as motos mas há também planos para elas serem postas a "correr" - talvez nos autódromos de Braga, Estoril ou Portimão - quando estiverem prontas, o que se prevê acontecer já no ano que vem. Pode parecer um projecto para um novo filme de Spielberg mas daqui a menos de um ano já vamos poder ver para crer!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
O "cabelo de urso" foi-se
Não é todos os dias que falamos de motos modernas aqui no blog mas a morte de Marco Simoncelli merece uma pequena homenagem a este jovem italiano tão promissor que para muitos italianos e não só tinha tudo para ser a próxima grande estrela do motociclismo italiano e o seguidor de Renzo Pasolini, Giacomo Agostini, Max Biaggi, Luca Caladora, Valentino Rossi e outros grandes nomes que a Itália tem dado ao que é hoje o MotoGP. Com apenas 24 anos e um estilo inconfundível, um pouco à Rossi, que despertava tanto paixões como não paixões, Marco era, indiscutivelmente um grande piloto e tinha um potencial muito promissor nas pistas. Participava este ano, pela segunda vez, no campeonato e tudo indicava que o ia terminá-lo em quarto ou quinto lugar. A sua trágica morte em Sepang no domingo passado veio acabar com todos os seus sonhos e com um futuro que parecia reservar, tanto a ele como aos seus milões de fãs, ainda tantas vitórias. Ficam os momentos brilhantes que ele nos deu ao longo da sua breve mas brilhante carreira e, para nós portugueses, ficam ainda duas recordações muito particulares. Em 2008, o único ano em que Marco foi campeão do mundo, em 250cc e ao serviço da Gilera, após ter sido obrigado a desistir no primeiro grande prémio do ano, em Espanha, alcançou um segundo lugar no Estoril, a segunda prova do ano e daí para a frente não só acabou todas as provas como só teve primeiros, segundos, terceiros e quartos lugares. No ano seguinte, tudo indicava que ia ser outra vez campeão do mundo e até à prova do Estoril, a 13ª das 16 desse ano, ele ainda tinha hipóteses de ficar em primeiro ou segundo. Ganhou a prova e ainda ganhou a seguinte, na Austrália, mas depois ficou em terceiro na penúltima, na Malásia, e viu-se obrigado a desistir na última, em Valencia, acabando o campeonato em terceiro. Foi-se o homem, mas a sua legenda vai ficar entre nós, e para sempre.
domingo, 23 de outubro de 2011
A nova Brough, a máquina dos 250.000 euros
Quando o inglês Mark Upham, em 2008, comprou os direitos de produção da Broughs Superior, o seu objectivo era claro mas ao mesmo tempo extremamente ambicioso: construir réplicas da famosa Broughs SS100 pelo menos tão boas como as originais SS 100 que, nos anos 20 e 30 fizeram com que a marca fosse conhecida na Europa e nos Estados Unidos como o Rolls Royce das duas rodas. Apesar de respeitar na íntegra todos os pormenores da Broughs original, Mark teve a ideia de, num caso ou outro, utilizar metais mais leves e resistentes, o que por um lado iria permitir à moto atingir um melhor desempenho enquanto por outro iria ser mais resistente e flexível. O preço da moto, que já era previsto ser alto, ainda se tornou mais alto, chegando aos 250.000 euros. Mark, no entanto, não desistiu do projecto, e ainda bem. É que, apesar do seu preço, a moto já tem a sua produção assegurada até ao começo de 2013. Com um preço destes, não será de estranhar que os Estados unidos e o médio oriente sejam os dois principais mercados finais da SS101, como esta "nova" SS100 foi denominada, mas pelo menos 20% ainda vêm para o velho continente. Haja "cacau"!
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Quem disse que elas morreram sem lutar?
Os últimos anos da indústria inglesa de motos parecem-se com uma tragédia grega. Os modelos fabricados eram cada vez menos competitivos com o melhor que se fazia na época, as vendas não paravam de cair, e apesar de balões de oxigénio na forma de empréstimos estatais, as fábricas não conseguiam sobreviver e iam fechando umas atrás das outras. Mas se marcas houve que não lutaram nem um pouco para alterar esta situação, outras houve que fizeram de tudo para sobreviver. E entre estas, a Norton Villers, merece um destaque especial. Já na sua fase decadente, em meados dos anos 70, a empresa começou a vender os direitos de fabrico dos seus modelos de maior sucesso comercial como forma de arranjar dinheiro. Alguns foram vendidos a investidores que encararam a compra apenas do ponto de vista financeiro mas a divisão de scramblers, motos de estrada de média cilindrada trasnsformadas em off-roads, teve melhor sorte. Foi comprada por Fluff Brown, um dos técnicos que tinha ajudado a Norton Villers a desenvolver este tipo de motos e durante quase 10 anos, sob o nome AJS, ainda se aguentou face à concorrência cada vez maior tanto de marcas europeias como a CZ e a Husqvarna como das japonesas. Os motores eram AJS monocilíndricos de 250cc desenvolvidos no final dos anos 60 mais tarde susbstítuídos por motores da Rotax austríaca tendo então as motos passado a denominar-se "Stormer") mas Fluff e a sua equipa conseguiam fazer verdadeiros milagres delas e ainda conseguiram que a marca alcançasse bons resultados nos campeonatos inglês e norte-americano de TT. Fluff, porém, sabia que mais cedo ou mais tarde ia ter que desistir e em 1985 decidiu acabar com as AJS as quais já pouco ou nada se vendiam. Como entidade produtiva, a marca AJS morreu, mas graças aos seus muitos triunfos, e a esta luta pela sobrevivência até ao fim, o nome, esse, vai continuar vivo para sempre.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
A "jawista" de Santo Tirso
Há motos que, por um motivo ou por outro, identificamos com homens e só com homens. Talvez porque têm um aspecto mais "macho" ou talvez porque só estamos habituados a ver homens montados nelas ou ainda porque são um pouco "brutas" de conduzir. As Jawas são um bom exemplo disso. Pelo menos em Portugal, devem contar-se pelos dedos de uma mão as mulheres que já conduziram uma e, pelo menos até recentemente, poder-se-ia pensar que não havia nem uma que conduzisse uma delas regularmente. Mas há. Chama-se Rute Neves, é de Santo Tirso e conduz uma Perak 559 não todos os dias mas volta não volta. E como se ela gostar de andar de Jawa não fosse já, só por si, interessante, ainda há mais uma particularidade nela que tem que se lhe diga. E que embora a esmagadora maioria das Peraks, cá, na República Checa e em todo o mundo, sejam pretas, a da Rute é vermelha!
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Tempo de pechinchas
Stafford, no centro de Inglaterra, foi palco de mais um leilão de clássicas com motos para todos os gostos, e bolsas. E se algumas inglesas mais raras, como é costume neste tipo de leilões, não se venderam baratas o mesmo não se pode dizer doutras, como inglesas mais populares e japonesas. Por 600 euros, por exemplo, podia-se comprar uma BSA Bantam ou uma Honda CB175, enquanto por um pouco mais, por 1000 a 1200 euros, conseguia-se uma Honda ST70 ou a Honda TL125E da foto. Belas compras.
sábado, 15 de outubro de 2011
Esta merece
A fama de "porcos, feios e maus" com que muita gente ainda rotula os motociclistas em geral pode demorar um pouco a desaparecer mas há quem saiba tirar partido disso como a Carslberg, com este genial anúncio cuja versão do YouTube, só ela, já tem quase seis milhões de visitas!
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
O maior show de clássicas no mundo
Realizado pelo sétimo ano consecutivo, o Barber Vintage Festival conseguiu neste curto prazo de tempo algo invejável para qualquer tipo de evento, seja ele ligado a motos clássicas, antiguidades, música ou o que seja. Tornou-se no maior do género em todo o mundo. Realizado nos Estados Unidos, na cidade de Birmingham no Estado de Alabama, o evento é um misto de exposição, parada, corridas e feira de clássicas e a edição deste ano contou com cerca de 60.000 visitantes. Para quem gosta de clássicas e pôde dar-se ao luxo de viajar até ao evento, terá sido um fim de semana inesquecível. Só para se ter uma ideia, só a nível de exposição estavam presentes mais de 100 motos únicas no mundo, incluindo uma série de italianas e japonesas de competição. A ideia do evento é de um milionário norte-americano, George Barber, que já investiu 70 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros) na compra e restauro de motos antigas e que tem um dos maiores museus do mundo deste tipo de motos, museu esse que até incluí uma pista para provas e apresentações com 3,7 kms de extensão. A vida é dura, não é?
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
A próxima SóClássicas
Como dizem os alentejanos, foi uma "carrada" de trabalho, mas a nova SóClássicas já está mesmo a sair. Está já praticamente pronta na gráfica e se tudo correr bem segunda já é entregue aos assinantes e terça está nas bancas. O artigo da capa é dedicado às chamadas Zundapp de origem mas além das mesmas, as quais contam com um artigo de sete páginas, mas além delas, são abordados muitos outros temas relacionados com as "senhoras", incluindo passeios de norte a sul do país, a última prova do Troféu de Resistência Vespa em Fátima, uma resenha histórica sobre o transmontano Costa Paulo que é um dos pais da Xf, restauros e outras coisas mais. Esperamos que goste.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Algures a sul de Frankfurt
Apesar do mundo das motos ser mesmo muito interessante, de vez em quando temos que reconhecer que no meio dos automóveis também há algumas coisas boas. E uma delas - da qual até hoje só tinha ouvido falar muito vagamente - é o apoio do grupo Volkswagen a um dos melhores museus de motos clássicas da Europa, o qual se situa na cidade de Neckarsulm, no sul da Alemanha. Mas o que tem a ver a Volkswagen com um museu de motos? Aparentemente nada, mas até tem. E isto por causa de uma "triangulação", se assim se pode dizer, em que a VW é um dos três eixos. Com cerca de 20.000 habitantes, Neckarsulm foi, durante mais de 50 anos, um dos principais centros de produção de motos na Alemanha, em boa parte graças a uma fábrica gigante de motos que a NSU tinha na cidade. No final dos anos a NSU foi comprada pela Volkswagen e deixou de fabricar motos mas as raízes ficaram e há alguns anos atrás, quando um grupo de amigos da ex-NSU e a câmara da cidade se empenharam em criar um museu de homenagem de motos em homenagem à marca - o qual depois se tornou muito mais que isso - a Volkswagen, que entretanto tem em Neckarsulm uma das principais fábricas da Audi, terá abraçado o projecto sem grandes hesitações. Graças em boa parte a este apoio, o museu tem conseguido não só comprar muitas motos clássicas interessantes como também algumas motos de competição e de recordes que não estarão ao alcance nem da maior parte dos particulares nem de muitos outros museus. Para quem pudesse pensar que a Alemanha são só fábricas, Bmws (de duas rodas, claro!) e cerveja do melhor que há, aqui está outra atracção a não perder.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
A híbrida do Ribatejo
Cruzamentos de V5s com Xf17 e outras coisas mais comuns vêem-se algumas mas um cruzamento de uma Florett com uma Flandria é certamente bastante mais raro, para não dizer muito raro, mais ainda se esse dito cruzamento já tem 30 anos, e ainda anda. Mas existe pelo menos um, sim e é português. É de Coruche e foi "criado" por Aguiar Vicente de Almeida e pelo seu pai, os quais fizeram no final dos anos 70 a moto para correr em provas de cross na região. Na altura o pai de Aguiar era o agente da Kreidler na região e a moto faria parte da sua estratégia para fazer frente às marcas nacionais que então apostavam no cross como forma de se promoverem. Aguiar ainda terá feito três épocas com ela mas depois a dita foi encostada num palheiro e só saiu de lá quando ele a deu ao seu filho Rui para ele ir nela para a escola. A moto foi então transformada em máquina de estrada mas logo que Rui teve idade e dinheiro para comprar um carro, ela foi novamente encostada. A história poderia acabar aqui, mas não. É que há poucos dias atrás - no que poderá ter sido uma homenagem ao pai entretanto falecido - Rui decidiu tirar o pó à moto, e fez-lhe uma revisão para acompanhar os amigos num passeio informal que teve lugar pelo concelho neste fim de semana. E ao que parece gostou. O que quer dizer que, com um pouco de sorte, vamos vê-la por aí nos próximos tempos. Em passeios na região mas talvez também numa viagem ou outra para mais longe, como quem sabe até ao Todos a Fátima do ano que vem. E para já ficamo-nos por aqui mas se tudo correr bem, numa das próximas edições da SóClássicas vamos voltar a ela e contar mais alguns dos segredos destas suas várias "vidas".
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
O homem também gostava de clássicas
Apesar de ter sido toda a vida um visionário e um homem ligado à informática e outras tecnologias de ponta, Steve Jobs também gostava de coisas antigas em geral, e de carros e motos clássicas em particular. O fundador e ex-presidente da Apple era um homem muito discreto mas no seu restrito círculo de amigos era sabido que tinha uma adoração por Mercedes antigos. O que quase ninguém sabia é que nos seus primórdios como empreendedor nas informáticas no final dos anos 70, começo dos 80, ele também teve um fraquinho por motos antigas, nomeadamente por uma certa BMW R60/2 que era o seu veicúlo do dia-a-dia. A foto acima mostra-o numa das suas deslocações diárias nessa BMW e foi captada por um fotógrafo da National Geographic que estava a trabalhar num artigo sobre os jovens empreendedores norte-americanos daquela altura. A foto não terá sido utilizada no artigo mas agora, com a morte de Steve Jobs "deu à costa" e está a tornar-se um hit entre os admiradores do homem da maçã.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Desta vez sem um pingo de chuva, e com muito sol
Desde que se começou a realizar há três anos atrás que o passeio de clássicas do Moto Sacho, em Coruche tem sido "abençoado" com chuva ou com a ameaça dela, sendo que na edição do ano passado caiu uma verdadeira tromba de água. Nada porém que demovesse a organização de continuar a apostar no primeiro fim de semana de Outubro para fazer o passeio, aposta essa que este ano se viu coroada de êxíto com mais de 120 participantes - mais 40 que no ano passado - o que fez do passeio um dos maiores que teve lugar este ano no Ribatejo. A maior parte era gente da região mas a atestar que ele está a ganhar raízes, houve gente vinda de Lisboa, Leiria, e Évora para estar presente. Embora já não dê para falar dele na próxima eidção da revista, que está quase a entrar na gráfica, na 38 prometemos mostrar as maravilhas que por lá estiveram.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
O primeiro "carro" de muitos franceses
Em 1936, o governo socialista francês da altura decretou que todos os franceses que trabalhavam deveriam ter férias pagas. Até então, quem queria tirar uns dias para descansar, fosse em que mês fosse e fosse qual fosse o motivo, tirava-as mas não recebia qualquer salário, muito menos subsídios de férias. Em termos práticos, esta nova legislação fez com que os os gauleses, ou pelo menos uma grande parte deles, passassem a ser pagos para descansar. Muitos terão gasto o dinheiro em poupanças ou para pagar dívidas mas também não faltou quem o decidisse usar para fazer algo diferente do dia-a-dia, nomeadamente o viajar. A Derny, uma marca de ciclomotores que já existia desde o começo do século e que se tinha especializado em pacers, moto-guias para ciclistas, viu uma oportunidade de negócio nesta nova afluência e criou um ciclomotor com dois lugares e porta-bagagens traseiro para quem, não tendo dinheiro para ter um carro próprio, quisesse na mesma aproveitar as férias para viajar sem estar dependente dos transportes púbicos. Com um motor Zurcher de 98cc a dois tempos, a moto era muito económica mas o seu desempenho também deixava um pouco a desejar. Em recta podia chegar aos 45km/hora mas em subidas com algum pendente, o condutor e o pasaageiro tinham que dar ao pedal, literalmente falando, para a moto não parar. Durante a segunda guerra mundial a sua produção foi interrompida mas a seguir a Derny relançou-a embora nessa altura, as scooters se afirmassem já como uma alternativa francamente melhor o que levou a que a sua produção tivesse acabado em 1949.
domingo, 2 de outubro de 2011
E agora na Atalaia
A par dos passeios e encontros, as provas de motorizadas clássicas estão também em franco desenvolvimento de norte a sul do país. No norte já se realiza desde há alguns anos o Xassos Cup, um troféu idealizado pelo Moto Clube do Porto e cujo ponto alto é a corrida da aldeia de Fontes, no concelho de Santa Marta de Penaguião. Em Trás os Montes temos corridas também de rua, como a da Aparecida e a de Valpaços. Mais a sul, nos concelhos cercanos de Lisboa, há os troféus de cross de clássicas que, como o Xassos Cup, movimentam umas boas dezenas de Casal, Sachs, Macal Famel Zundapps e outras "bombas" transformadas. Em Alcanede há já desde há algum tempo provas regulares de velocidade de motorizadas clássicas no kartódromo local. Mais a sul, na zona de Odemira realiza-se outro, mas de TT, o qual já vai na quinta ou sexta edição e conta também com dezenas de participantes. Uma mão cheia de eventos desportivos ligados às "senhoras" ao qual se vem agora juntar um outro TT, no Alto Alentejo, na aldeia de Atalaia, no concelho de Gavião. Vai ser o primeiro do género na zona, tem lugar no próximo sábado dia 08, e segundo a organização, poderá contar com cerca de 50 participantes, muitos dos quais, como o amigo João Costa que aqui aparece na foto nos preparativos da sua Famel Zundapp de quatro velocidades, não têm qualquer experiência nestas coisas mas prometem muita emoção e espectáculo. "Não faço ideia como vai ser", diz ele, "Mas tou convencido que vai ser tão ou mais emocionante que um TT de Portugal ou um Raid da Ferraria".
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