sábado, 29 de agosto de 2009

Mário da Fachada


Ficou ainda muita coisa por contar do PAM mas já há tanta coisa nova no ar que acho que vou ter que deixar as prosas para a revista do mês que vem, quando espero ter um artigo sobre este maravilhoso passeio. Ficaram de fora algumas das estradas que fizemos, o espectacular espírito de passeios do António e da Beatriz, as mil e uma ajudas do Isaac para que o passeio corresse bem, a estamina do Jorge Roque, o side car do Victor e as suas duas simpáticas acompanhantes, as comidas, os nossos desencontros em Ponte da Barca, o espírito mecânico do José Costa e do António, as três trocas de moto do João Paulo Vilhena, e outras. Fica em stand by para a revista. A semana foi de fecho da Dmc 15 e como sempre acontece nestas ocasiões, as 24 horas do dia parece passarem ainda mais depressa que o costume. Parecia que estava quase tudo pronto mas há sempre 500 coisas ainda para se tratar. E contactos para se fazer. Ontem ao fim da tarde, no meio de mais um frio de Verão que não lembra ao diabo - devo ter apanahado uns 12 graus a descer a serra de Sintra - foram dois, um na Fachada, o Mário, e outro em Colares, o Vitor. O primeiro é um daqueles exemplos de mecânicos de motos que começaram nisto há 40 anos e que, por mais voltas que o mercado dê, não largam as duas rodas. BMs, Matchless, AJSs, uma Casal K188 - a primeira que me lembro de ver desde há 500 anos - Santas Marias (fiquei a saber que exisitiram três ou quatro modelos), e outras relíquias, e lá pelo meio uma moto4 e umas scooters chinocas. Mais uma grande aula de aprendizagem. Depois foi o Vitór, em Colares. Outro encontro maravilhoso, pelo qual fiquei a saber mais um pouco desse mistério que ainda é para mim a palavra Lambretta. E tanto ele como o irmão, parece saberem o abcdef do que foi a história da marca em Portugal. Excelente. Amanhã, Algarve, Paço Branco. Saída pelas seis da matina. Muitos contactos para fazer. Se conseguir fazer metade do planeado, já não é mau. Júlio disse que empresatava uma K181 para o passeio. A confirmar-se vai ser o primeiro que faço com uma motorizada. Mas falta-me o capacete a condizer. E agora?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Motonacional



Passados dois dias do final do PAM, a poeira começa a assentar, e as ideias sobre o que foi este maravilhoso passeio vão ganhando forma. Lenta mas gradualmente, vou ver se vou deixando aqui mais algumas impressões do que foi o dito. E a de hoje, é sobre os amigos do grupo motonacional, que se fizeram representar pelo João Paulo Vilhena, o pai, e o tio, todos eles com motorizadas nacionais, o João Paulo com uma SIS Sachs V5, e o pai e o tio com Famel Zundapp Mirage. Já tinha visto no blog deles (http://motonacinal.blogspot.com) que os três, e mais alguns parentes e amigos, já tinham feito, por sua conta, uma outra volta ao Minho, com 300 kms o que, para ser feito em motorizadas é obra. Na nossa fizeram quase 200 kms, cheios de estamina, e o João Paulo a ter que trocar duas vezes de motorizada (primeiro para uma Macal e depois para uma EFS, se não estou em erro). Mas o que é extraordinário não é só estes passeios que eles fazem com as suas grandes máquinas. É também a sua paixão pelas motorizadas nacionais, da qual eles dão-nos conta atravês do seu blog. Não são um caso único - há por aí, felizmente, mais gente a promover as nossas relíquias nacionais - mas é um bom caso, e que merece ser apreciado e seguido.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pelo Alto Minho


Chegado dos Minhos, da primeira edição de mais um passeio da Dmc, desta feita o Pelo Alto Minho (PAM). Cerca de 400 kms em dois dias. Duro, very duro. Na primavera tínhamos feito algo parecido mais para o sul e centro. Apanhámos algumas curvas mas nada que se compare com o PAM. Aqui tivemos curvas. Curvas, mais curvas, e mais curvas. Umas vezes em recta, mas muitas vezes em subida ou descida. Espectacular, mas cansativo. Ou, melhor falando, cansativo e cansativo. Para as duas rodas foi duro mas para os side-car, e eram três, terá sido duríssimo. Vi-o pelo António Ferreira, que já tenho acompanhado nalguns passeios e que considero um "jovem" com muita pedalada física para a idade que tem, e que no fim do segundo dia estava visivelmente cansado. Aquela história dos side-cars não deve ser nada fácil de conduzir. O que eu não sabia era que o PAM era só uma parte do programa do fim de semana. A ida de Lx para o Minho tinha sido um doce. A8 mais A17 a fora, uma delícia. A volta... Logo que cheguei com a burrinha à A28, uma bicha. Pensei que fosse algo pequenino, mas não. Teria uns 35 kms. Nunca me lembro de ver uma bicha tão grande. Entre bermas e entre carros, lá se foi andando, mas quando cheguei ao Porto, nova surpresa. O sol estava a ir-se e o céu estava a pôr-se cheio de nuvens. Primeiro pensei que fosse só por uns minutos, depois pensei que estava quase a passar, e depois tentei voltar a pensar o mesmo, mas não. O céu cinzento, e com cada vez menos visibilidade, e o frio, acompanharam-me todo o caminho. Em Agosto!!! Este tempo está mesmo maluquinho.