quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O "cabelo de urso" foi-se

Não é todos os dias que falamos de motos modernas aqui no blog mas a morte de Marco Simoncelli merece uma pequena homenagem a este jovem italiano tão promissor que para muitos italianos e não só tinha tudo para ser a próxima grande estrela do motociclismo italiano e o seguidor de Renzo Pasolini, Giacomo Agostini, Max Biaggi, Luca Caladora, Valentino Rossi e outros grandes nomes que a Itália tem dado ao que é hoje o MotoGP. Com apenas 24 anos e um estilo inconfundível, um pouco à Rossi, que despertava tanto paixões como não paixões, Marco era, indiscutivelmente um grande piloto e tinha um potencial muito promissor nas pistas. Participava este ano, pela segunda vez, no campeonato e tudo indicava que o ia terminá-lo em quarto ou quinto lugar. A sua trágica morte em Sepang no domingo passado veio acabar com todos os seus sonhos e com um futuro que parecia reservar, tanto a ele como aos seus milões de fãs, ainda tantas vitórias. Ficam os momentos brilhantes que ele nos deu ao longo da sua breve mas brilhante carreira e, para nós portugueses, ficam ainda duas recordações muito particulares. Em 2008, o único ano em que Marco foi campeão do mundo, em 250cc e ao serviço da Gilera, após ter sido obrigado a desistir no primeiro grande prémio do ano, em Espanha, alcançou um segundo lugar no Estoril, a segunda prova do ano e daí para a frente não só acabou todas as provas como só teve primeiros, segundos, terceiros e quartos lugares. No ano seguinte, tudo indicava que ia ser outra vez campeão do mundo e até à prova do Estoril, a 13ª das 16 desse ano, ele ainda tinha hipóteses de ficar em primeiro ou segundo. Ganhou a prova e ainda ganhou a seguinte, na Austrália, mas depois ficou em terceiro na penúltima, na Malásia, e viu-se obrigado a desistir na última, em Valencia, acabando o campeonato em terceiro. Foi-se o homem, mas a sua legenda vai ficar entre nós, e para sempre.

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