segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Cross, Tocha, chuva & Cia
Tinha jurado a mim mesmo que quando chegasse o mês de Outubro este corre, corre de idas a passeios e encontros de motos antigas ia parar, senão completamente, quase. Mas parece que não, pelo menos a julgar por este fim de semana comprido que hoje está a acabar. Sábado ainda consegui ficar pelos Lisboa, a adiantar a Dmc 17, mas domingo já estava farto de estar fechado com quatro paredes à minha volta e fui matar saudades ao Rebocho de que tanto gosto e onde tinha lugar a primeira prova de motocross de clássicas organizada pela dinâmica associação desportiva local. Já por várias vezes tinha estado para ir a uma prova destas mas nunca tinha calhado. Desta vez foi. Aquela barulheira toda dos escapes abertos não é o meu programa favorito mas que tem alguma graça, e um bom bocado de interesse ver Sachs, Casal, Zundapps, todas de 50cc, e todas já com mais de 20 anos, a correr numa pista de cross, com público a vibrar - com miúdos de 15, 16 anos e "cotas" de 40 ou 50, lá isso tem. Mas o meu fim de semana de "senhoras" não se ficou por aqui. Para hoje ainda tinha reservado ir sentir um pouco do encontro da Tocha. Sempre tinha ouvido dizer que neste encontro se apanha chuva e também tive um pouco dela, sobretudo à volta para Lisboa, mas o que ficou não foi isso. Foi algumas máquinas e histórias que ainda não conhecia, ideias novas para a revista, e o fantástico espírito dos organizadores, o Paulo, o cunhado João, e a mulher deste último (e também irmã do Paulo). E a ideia que no triângulo, entre Aveiro, Figueira da Foz, Agueda há uma paixão por motos antigas especial. Nem melhor nem pior que a que há no Minho, no Porto, em Sintra, em Almodovar, ou no Algarve, mas especial. É a paixão pelas motos inglesas, é o grande gosto de as mostrar em público, é o espírito de entre-ajuda entre os vários coleccionadores da região. Talvez nunca o venha a perceber na sua totalidade, mas é deveras interessante. O difícil agora é escolher uma fotografia que simbolize o fim de semana. Há umas quantas boas mas acho que vai ficar esta da Tocha, que, ao jeito dos quadros do século XIX, se poderia denominar apenas "R25, pai e filha". Havia umas quantas motos com mais pedigree no passeio, mas gostei deste conjunto, a BM (arranjada e bonita como quase todas as BMs clásicas), o pai e a filha. Estavam de partida para casa - tomara que não tenham apanhado a chuva que se pôs - mas lá estavam visivelmente bem dispostos, mesmo a condizer com o espírito do passeio.
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