quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Chamava-se Tâmega


Sabia-se que tinha existido, sabia-se que a sua base de montagem era da Confersil, mas não se sabia muito mais que isso sobre as Tâmega. Pois a Dmc, sempre à procura do ainda não tão bem conhceido no domínio das motos clássicas, meteu-se ao caminho, foi até Amarante - a terra onde a marca nasceu -procurou e procurou, e conseguiu chegar à fala com J. Carmo, um dos criadores da Tâmega. E, coincidência das coincidências, no dia em que lá fomos, a sua oficina no centro de Amarante tinha para revisão não uma mas duas Tâmegas, uma de cada um dos dois modelos que a marca teve enquanto se fabricou, na década de 70, a Turismo e a Sport. Quem tiver a pensar restaurar uma, já não tem desculpas para não a restaurar ou para não o fazer de acordo com o original. A ver se algures em 2010, com esta e/ou outras ajudas, descobrimos por aí a primeira Tâmega em estado de colecção!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Alguém já viu alguma por aí?


Enquanto a Dmc 18 segue hoje para o correio, aqui na redacção as nossas atenções estão já, quase todas, na próxima edição da Dmc, a 19, e um problema que supostamente não devia ser problema, está a dar-nos voltas à cabeça. Trata-se da motorizada estrangeira do mês. Normalmente, a dita cuja não é a nossa maior dor de cabeça. Esse "título" costuma pertencer à motorizada nacional do mês, mas este mês "encantámo-nos" com uma italiana lindíssima -a Maserati 50 - e não está fácil descobrir-se uma foto de qualidade da dita. Já tentámos cá, tentámos em Itália e até nos Estados Unidos, mas até agora nada, niente, nothing. nichts. No mês passado precisávamos de uma (também boa) foto da Casal RZ50 e conseguimos pelo blog umas cinco ajudas, uma das quais - dos Açores! - nos levou até Trofa onde, efectivamente, há uma belíssima RZ50. Com a Maserati vai ser mais difícil, mas como a esperança é a última que morre, aqui fica o apelo: alguém por aí sabe se há em Portugal uma Maserati 50 em bom estado? Numa coisa, pelo menos, penso que estamos todos de acordo. A moto é de se perder a cabeça, não é?

sábado, 26 de dezembro de 2009

Quase 300 Kms/hora, em 1937!



A foto acima é pouco conhecida mas extremamente interessante. Mostra a BMW de 500cc carenada com que o alemão Ernst Henne bateu o recorde de velocidade absoluto de duas rodas em 1937, na auto-estrada Frankfurt-Darmstad. E. Henne alcançou a então espectacular velocidade média de 277 kms/hora de quilómetro lançado, a sua moto sendo uma BMW convencional cujas únicas alterações, além da carenagem, eram um compressor associado a um carburador sobre-dimensionado, e uma estrutura especial atrás do depósito que permitia que Henne se deitasse ao longo da moto para diminuir o atrito ao ar. O mais espectacular deste recorde é que ele foi o terceiro alcançado em 1937. Meses antes, o húngaro F. Fernihough tinha estabelecido o primeiro recorde do ano (273,2 kms/hora) ao volante de uma Brough Superior de 996cc, e poucas semanas antes da tentativa de Henne, o italiano P. Taruffi tinha batido o recorde de Fernihough com uma Gilera de 495cc que fez 274,1 kms/hora.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Bela e monstro


Já devia estar noutras bandas, mas não resisto a deixar aqui a foto desta moto tão esquisitinha que descobri há pouco quando andava à procura de nem sei bem o quê. Ao que consta, chamava-se Ner-a-Car, o nome tendo origem no homem que a concebeu, Carl A Neracher. Foi desenvolvida nos Estado Unidos, em 1921, e fabricou-se por lá de 1922 até 24, assim como no Reino Unido, sob licença, de 1924 até 26. Infelizmente, embora contasse com o apoio financeiro do já então milionário King C. Gillette - o homem que inventou as lãminas de barbear do mesmo nome - não pegou. Tinha um só cilindro, de 221cc e, para além do seu aspecto meio assustador, distinguia-se pela sua tracção por fricção assim como pela sua direcção central, tipo automóvel. Hoje é uma raridade e, ao que consta, vale uma pequena fortuna.

Vamos Tansinar?



Volta não volta, perguntam-me porque escolho esta ou aquela moto para moto do mês. A verdade é que não há nenhum método científico para decidir qual, ou quais, vão ser as eleitas. Depende muito do que me parece interessante e do que me parece interessar os leitores da revista. E para a próxima Dmc, a 19, este processo de escolha algo pessoal mamtém-se. A scooter do mês vai ser uma Garelli ou uma Cushmann, a motorizada nacional uma Tansini, a motorizada estrangeira - em princípio - a Honda Amigo, e a moto estrangeira uma Sanglas. Para variar, a que vai dar mais trabalho a preparar vai ser a motorizada nacional - a Tansini - mas havemos de lá chegar. De norte a sul, esta discreta mas interessantíssima motorizada vai despertando cada vez mais atenções, e já há umas quantas pessoas que sabem isto e aquilo dela. Hoje não que é véspera de Natal, mas a partir de sábado, vamos começar a estudar a "pequena" e vamos ver o que vai sair.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Finalmente!

Posted by Picasa

Isto de fazer revistas de motos clássicas não é fácil, não. Esta já é talvez a sétima ou oitava revista que faço na vida e confesso que, a menos que a memória já me atraiçoe, esta é, decididamente a que dá mais trabalho. A crise, é verdade, não ajuda. Se tivéssemos em tempo de vacas gordas, tinha um ou dois ajudantes e tudo era mais fácil, mas isso não explica tudo. Nas outras revistas em que estive envolvido, se a gente se enganava, tínhamos uma ou duas chamadas de atenção. Aqui, se alguma coisa não está certa, são uns 10 telefonemas, quatro ou cinco mails, uma ou duas cartas, fora as pessoas que não dizem nada na hora mas que quando nos vêem, não perdem um segundo a chamar-nos a atenção do que falhámos. Por um lado é chato - tá a gente aqui a dar ao litro e há pessoas que parece que só vêem defeitos - mas por outro, não é chato coisa nenhuma. É a melhor prova de que as pessoas gostam da revista e que vibram com ela. E nisso, quer se queira quer não, a Dmc é única. E ainda bem. Isto tudo a propósito que hoje, finalmente, temos a Dmc 18 a ser impressa. Conseguiu ainda atrasar-se uns dois dias em relação ao mês passado, mas já está. E corrijam-me depois se eu estou enganado, mas parece-me que ela está bué, bué, como se diz por aí nos dias de hoje. Deixo aqui a capa para quem quiser ir tendo um "cheirinho" dela, mas prometo depois, já nos próximos dias, mostrar aqui um ou outro dos seus artigos. Espero que gostem. Eu gostei!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Siestas, para que vos quero!


Não obstante todos os esforços, até hoje não conseguimos pôr a Dmc a sair a tempo e horas. É um facto. Mas há uma coisa que ninguém pode dizer, que é isso dever-se a não se trabalhar aqui na casa. E os fins de semana deste pacato mês de Dezembro são uma boa prova disso. Durante meses andámos aqui em azáfama nos fins de semana por causa dos multíplos encontros e exposições que há de norte a sul do país neste meio na Primavera e no Verão. Era suposto que, ao menos agora, nos meses do defeso, pudèssemos descansar aos sábados e domingos, mas não. Só nos três últimos fins de semana, um deles foi totalmente dedicado a escritas para a revista, o outro foi a trabalhar na feira de Aveiro, e o mais recente envolveu contactos pessoais com várias oficinas no Porto, Penafiel e Amarante, sessões de fotos com motos de colecão para a Dmc 19 (uma em Famalicão e a outra no Porto), e uma entrevista de quase três horas com o grande coleccionador de Trás os Montes, Joaquim Borges de Castro. Descansar? Era bom, era!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A única das únicas


A marca, Cerccato, já de si é bastante rara. Ficou a dever-se ao legendário engenheiro italiano Fabio Taglioni que em 1949 ou 1950 desenvolveu um motor revolucionário monocilíndrico de 75cc, a quatro tempos, com dupla árvore de cames à cabeça, e que depois vendeu o conceito ao grupo industrial Cerccato. F. Taglioni viria depois a tornar-se famoso ao ir trabalhar, primeiro para a Mondial, e depois para a Ducati, tendo tanto numa como na outra criado alguns dos motores mais famosos de sempre destas duas marcas. A partir do projecto da moto, a Cerccato construiu cinco exemplares da mesma, tendo depois disso desisitido de produzir motos. Das cinco só uma existe ainda mas essa uma, de tão rara, e tão bem restaurada, acaba de ser eleita a moto clássica do ano pela American Motorcycle Association, a maior associação motociclística norte-americana.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Réplica de Merkel em leilão


O original foi construído artesanalmente pela Merkel, uma marca americana de 1910, para bater recordes. E como bateu. Pilotada por Maldwyn Jones, um dos grandes campeóes da época, ganhou 24 das 41 provas em que entrou, ficou 10 vezes em segundo, e três em terceiro. Tinha um motor Jefferson de 500cc e como se pode reparar, nada de travões. Desapareceu mas um mestre em restauros de motos, Chris Cutler, fez uma preciosa réplica dela que vai agora em Janeiro a leilão, em Las Vegas. Dada a sua exclusividade, promete alcançar um preço interessante. Será que ninguém por cá, se entusiasma a criar uma réplica das máquinas de Inocêncio Pinto? Nem que fosse só pelo dinheiro, era um investimento garantido.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Será que não há nenhuma?


Já falei com Antónios, Manueis, Joaquims, Franciscos, Pancrácios e sei lá quem mais dos meus contactos ligados a motorizadas para tentar descobrir uma Casal RZ50 em bom estado para a ficha da motorizada do mês da próxima Dmc. Seja deles seja de outras pessoas que me contactaram espontaneamente sobre o assunto, já recebi "n" dicas sobre este modelo da Casal mas nenhuma, por mais incrível que pareça, está como eu gostaria. Será que sou eu que estou a ficar demasiado perfeccionista com as fotos da revist? Tenho ainda três ou quatro dias para descobrir uma mas começo a ver as coisas complicadas. E eu que, há umas semanas atrás, parei casualmente num café em Foros de Almeirim, no meio do nada, só para fotografar uma Vespa e uma motorizada que estava ao lado dela - e que por acaso era uma Casal RZ50. Na altura não estava ainda tão interessado na dita cuja e não lhe prestei talvez a devida atenção. Como tenho vontade de roer as unhas com pena da minha falta de caco. Tens que estar mais acordado, pá!

Duas a não perder


Enquanto a Dmc 18 avança a olhos vistos - também pouco mais tenho feito que trabalhar nela - avizinham-se dois eventos que também me vão tomar algum tempo, e muita atenção. Um é a feira de Aveiro do próximo fim de semana. Umas pessoas dizem que vai ser interessante, outras dizem que aquilo não tem nada de engraçado para se ver e para já, verdade seja dita, não posso dizer nem que concordo nem que discordo de uma ou outra opinião. Nunca fui a nenhuma feira de Aveiro de Dezembro. À de Maio já fui duas vezes e gostei muito. Muita gente, muitas motos, muito ambiente, porreiro. A esta nunca fui. Mas pelo que sinto da organização, pelo menos vontade de fazer coisas parece haver. Daqui a quatro ou cinco dias, já posso dizer o que acho. Mas há mais. Um pouco mais para norte, em Famalicão, os homens do Indian Clube de Portugal estão a preparar o que parece ser a exposição de motos clássicas mais interessante que já se fez em Portugal desde a que Pedro Pinto fez na Expo há uns 10 anos atrás. A dita cuja só abre as portas dia 05 mas diz quem está a acompanhar a organização da mesma, que vamos lá ver algumas maravilhas que muitos de nós não imaginávamos que existissem sequer. Não sei como se chega lá de moto nesta altura com tanta chuva e frio, mas hei de descobrir o caminho.

domingo, 22 de novembro de 2009

A cartada RZ


Começo dos anos 80: a braços com um mercado estagnado, pressões salariais cada vez mais difíceis de satisfazer, e o fenómeno nascente mas cada vez mais preocupante das importações de motorizadas japonesas, a Casal tenta voltar aos seus tempos áureos da segunda metade da década de 60 e dos anos 70 com lançamentos cada vez mais ambiciosos. E entre aqueles em que a empresa arriscou mais, o da RZ50 foi certamente um deles pois a mesma destinava-se ao segmento de motorizadas desportivas onde a Casal não tinha tido, até então, qualquer êxito comercial. João Casal, porém, era um homem extremamente arrojado e apesar de todos os problemas, resolveu arriscar dando luz verde ao projecto. Não obstante todos os seus avanços tecnológicos a nível nacional e preço competitivo, a motorizada não foi o sucesso que se esperava mas hoje, passados 25 anos, a Dmc resolveu prestar-lhe uma homenagem, fazendo dela a motorizada nacional da Dmc 18. A máquina, o que ela representou na altura em termos de novidade, e a saudosa Casal, merecem! Caso alguém saiba alguma coisa sobre a mesma, a Dmc agradece, e agradece.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Não é linda?


Depois da Cezeta, e aproveito a ocasião para agradecer as ajudas recebidas nos últimos dias com dados interessantes sobre a mesma, ando às voltas com as outras três fichas da próxima Dmc. E a primeira delas é a da motorizada estrangeira do mês a qual vai ser a belíssima Itom Astor. Já tenho bastantes dados sobre ela mas se alguém souber quem foi o importador da Itom em Portugal ou tiver informações sobre Itoms que tenham vindo parar a Portugal, ficávamos todos a ganhar!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Cê quê?


Alguém aí sabe alguma coisa da Cezeta, a scooter da CZ? Vi uma há um mês e picos atrás no encontor da Vagueira e achei-lhe graça. Aquilo parece um autocarro de dois andares. E agora deu-me para fazer dela a scooter do mês do próximo número da Dmc. Se alguém quiser ajudar, é mais que bem vindo.

Pinsamentos



A 17 está, finalmente, na gráfica, e se tudo correr bem está no correio para os assinantes ainda sexta-feira. Agora as atenções voltam-se para uma coisa nova, para já denominada apenas de "18", que, entre outras coisas, vai falar de Alpinos, e que era bom ficar ainda pronta antes da feira de Aveiro mas que não vai ser fácil. Nos entretantos fica a curiosidade de saber qual a opinião geral sobre a 17, mas para isso vou ter que esperar.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Triciclos?


Confesso que não são as "motos" clássicas que mais me entusiasmam mas há que admitir que há cada vez mais interesse nelas. Já tinha conhecido dois coleccionadores das ditas e hoje conheci um terceiro, o Rogério Nunes. Só tem uma, é certo, uma Ernesto - nem sabia que existia uma marca de triciclos com este nome - mas a dita é very especial pois além de ter diferencial - nem todos os triciclos tinham - tem também uma báscula. Ou seja, punha-se areia, lenha, ou sei lá o quê na caixa do triciclo e, chegado ao destino, era só fazer a báscula trabalhar. Hum, tou a ver que um dia ainda vamos ter que falar disto na revista.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Nos preparativos finais


A julgar pela quantidade de telefonemas e emails que a última Dmc despoletou entre os nossos leitores, a revista está interessante e nota-se que há alterações nela. Isto deixa-me curioso em relação à Dmc17, a próxima, que estamos mesmo a fechar e que deverá ir para a gráfica na próxima sexta-feira. É que ela vai ter 48 páginas - há já quase sete ou oito meses que não temos uma revista com tantas páginas, e vai ter algumas secções novas que prometem dar que falar, nomeadamente uma sobre restauros, outra sobre motos (clássicas) à venda, uma outra que se vai intitular "A figura do mês" e ainda uma quarta chamada "Vistas por aí" sobre motos antigs que ainda andam na rua no dia-a-dia. Tem sido um trabalho de dog mas as reacções das pessoas depois que a revista é publicada valem o esforço. Sente-se que, apesar de todas as limitações e tudo aquilo que ainda há para melhorar, que muita gente está a gostar do que fazemos. Assim continue a ser!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Bellas, Três rodas, Alpinos, ...



Aqui na Dmc estamos no que os alentejanos chamam de "cansera". Revistas a sair, revistas quase feitas, revistas a ser começadas.... Só o ritmo de trabalho é que não abranda. Este nosso patrão é mesmo daqueles à antiga. Só sabe pensar em trabalho, caramba. Revista a sair temos a Dmc 16 que deve ir para o correio amanhã. 40 páginas, mais 8 que os últimos três números, mais artigos e, pensamos nós, mais qualidade também. Os leitores, porém, é que têm a última palavra. A capa é uma Bella Zundapp belíssima e foi tirada em Álcacer do Sal, na capital portuguesa desta orginal scooter. Em adiantado estado de preparação está a Dmc seguinte, a 17, cuja capa é dedicada à Sunbeam S7 com sidecar. A foto da capa foi tirada há poucos dias atrás em Aveiro e apesar da beleza da moto, foram precisas tirar cerca de 300 (trezentas, é isso) fotos até chegarmos à uma foto que gostássemos. A moto é do Paulo Simões, o qual é também, talvez, o maior entusiasta deste tipo de Subeams em Portugal. E como não há duas sem três, também já estamos a trabalhar na Dmc 18. A falar a bem da verdade estamos a começar a trabalhar. A capa vai ser dedicada a Alpinos e se tudo correr bem a foto da dita vai ser feita amanhã, no reino dos Algarves onde estes ciclomotores foram, e estão outra vez a voltar a ser, reis e senhores!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Jawa 50?


Eu pelo menos não sabia que ela tinha existido. Para mim, Jawas foram de 125, 175, 250, 350 e, eventualmente, de outras cilindradas maiores também. Até que aqui há umas semanas atrás, dois leitores da Dmc de Beja me disseram que, sim senhor, tinha havido uma Jawa 50. E que, pelo menos lá nas bandas deles, era muito utilizada por padres. Confesso que fiquei intrigado, pus-me a pesquisar sobre ela e, sim senhor, existiu mesmo. E com o banco que se vê na fotografia. Parece que lhe chamavam "banco de cepo". Bem visto, não está? Tenho que fazer alguma coisa sobre ela!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Agora é o mistério Zundapp


Desfeito o mistério de como as Kreidler chegaram a Portugal - obrigado Paulo da Murtosa, obrigado Sr António Madaíl da Fontinha - já temos outro para resolver. Desta feita tem a ver com a Zundapp e a grande questão que me tira o sono à noite - ok, só muito de vez em quando - é perceber como é que esta outra marca alemã chegou a Portugal. Já falei com várias pessoas que trabalharam com a marca mas até agora ainda não cheguei a nenhuma conclusão. Terá sido a Sociedade Zickermann? Ou terá havido alguém antes dela? O João Casal não foi, ele só ficou com a marca algures no final dos anos 50 (outro mistério por esclarecer, a data exacta em que ele fica com a dita cuja). Antes dele era a Zickermann, mas desde quando? Talvez custe um bocadinho, mas havemos de lá chegar...

Cross, Tocha, chuva & Cia


Tinha jurado a mim mesmo que quando chegasse o mês de Outubro este corre, corre de idas a passeios e encontros de motos antigas ia parar, senão completamente, quase. Mas parece que não, pelo menos a julgar por este fim de semana comprido que hoje está a acabar. Sábado ainda consegui ficar pelos Lisboa, a adiantar a Dmc 17, mas domingo já estava farto de estar fechado com quatro paredes à minha volta e fui matar saudades ao Rebocho de que tanto gosto e onde tinha lugar a primeira prova de motocross de clássicas organizada pela dinâmica associação desportiva local. Já por várias vezes tinha estado para ir a uma prova destas mas nunca tinha calhado. Desta vez foi. Aquela barulheira toda dos escapes abertos não é o meu programa favorito mas que tem alguma graça, e um bom bocado de interesse ver Sachs, Casal, Zundapps, todas de 50cc, e todas já com mais de 20 anos, a correr numa pista de cross, com público a vibrar - com miúdos de 15, 16 anos e "cotas" de 40 ou 50, lá isso tem. Mas o meu fim de semana de "senhoras" não se ficou por aqui. Para hoje ainda tinha reservado ir sentir um pouco do encontro da Tocha. Sempre tinha ouvido dizer que neste encontro se apanha chuva e também tive um pouco dela, sobretudo à volta para Lisboa, mas o que ficou não foi isso. Foi algumas máquinas e histórias que ainda não conhecia, ideias novas para a revista, e o fantástico espírito dos organizadores, o Paulo, o cunhado João, e a mulher deste último (e também irmã do Paulo). E a ideia que no triângulo, entre Aveiro, Figueira da Foz, Agueda há uma paixão por motos antigas especial. Nem melhor nem pior que a que há no Minho, no Porto, em Sintra, em Almodovar, ou no Algarve, mas especial. É a paixão pelas motos inglesas, é o grande gosto de as mostrar em público, é o espírito de entre-ajuda entre os vários coleccionadores da região. Talvez nunca o venha a perceber na sua totalidade, mas é deveras interessante. O difícil agora é escolher uma fotografia que simbolize o fim de semana. Há umas quantas boas mas acho que vai ficar esta da Tocha, que, ao jeito dos quadros do século XIX, se poderia denominar apenas "R25, pai e filha". Havia umas quantas motos com mais pedigree no passeio, mas gostei deste conjunto, a BM (arranjada e bonita como quase todas as BMs clásicas), o pai e a filha. Estavam de partida para casa - tomara que não tenham apanhado a chuva que se pôs - mas lá estavam visivelmente bem dispostos, mesmo a condizer com o espírito do passeio.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Finits


Foi cansativo, mas conseguimos. A Dmc 16 tá, como se diz na gíria, "fechada". Conseguimos acabá-la quase uma semana mais cedo que a Dmc 15. Hoje tou caput mas amanhã volto à guerra. O próximo objectivo é ter a 17 fehada na terceira semana de outubro. Mas hoje é para ir descansar um poquito. E já agora, alguém sabe que moto é esta? Motorral, é?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mach III faz 40 anos


Parece difícil de acreditar mas a Kawasaki 500 Mach III, um dos ícones do começo dos anos 70, faz este ano 40 anos de vida. Para celebrar o acontecimento, estão a ter lugar no Japão, Austrália em vários países europeus e nos Estados Unidos, vários encontros desta maravilhosa tricílindrica que acelarava como um avião mas depois não tinha travões para tantos cavalos. Por cá, tanto quanto sabemos, não há nada previsto mas se houver alguns proprietários de Mach III, é só darem sinal de vida que ajudamos a soprar as velas. Alô Filipe aí no Alentejo, alô Mário aí para as bandas de Arruda dos Vinhos, alô quem mais tenha máquinas destas: não querem tirar as vossas Kawas a garagem e marcarem um encontro para elas se conhecerem?

sábado, 26 de setembro de 2009

Derny quê?




Ontem, no meio de arrumações e mais arrumações, dei com uns apontamentos sobre esta moto francesa dos anos 50 de que, confesso, nunca tinha ouvido falar antes: a Derny Taon. E apesar de todas as motos serem interessantes, esta fez-me parar um pouco para pensar. Até talvez nem fosse grande coisa a andar - nos entretantos já vim a saber que a embraiagem era dura o punho das mudanças (tinha três de mão) era sensível - mas as suas linhas parecem divinais, talvez saídas de algum flime de James Bond ou de uma série do tipo Star Trek. Repare-se só na suspensão dianteira, tipo Aeron, ou ainda na interligação entre o farol da frente e o depósito de gasolina. Até aqui, para mim, a MZ era a moto desta época com uma óptica mais esquisita mas isto bate tudo. Ao que consta, a Derny especializava-se em bicicletas com motor usadas em velódromos. No começo dos anos 50, foi comprada por Robert Fenwick, um homem que já tinha sido importador da Lambretta para França e que era também o representante dos helicópteros Bell em França. Tentou relançar a Derny com algo revolucionário e a Derny Taon foi a sua aposta. O motor era um AMC monocilíndrico de 125cc e o nome Taon era um diminutivo do apelido do jovem designer da moto, Roger Tallon, na altura quase acabado de sair da universidade mas que mais tarde viria a ser mundialmente conhecido por ser o designer de centenas de produtos famosos, entre eles o TGV!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sai uma, entra outra!


Embora ainda estejamos com o "punho enrolado" para fechar a Dmc16, o que poderia acontecer na próxima segunda-feira dia 28, já se vai trabalhando na outra vem a seguir, a 17, cujo tema de capa vão ser os espectaculares sidecars, os quais começaram a fascinar-me a sério há umas semanas atrás no nosso passeio "Pelo Alto Minho". Há tanta coisa interessante para se falar sobre isto que seria preciso quase meia revista só para se abordar o tema decentemente mas vamos tentar condensar esse muito nas cinco ou seis páginas que vamos poder dar ao tema. Vamos ver o que sai!

domingo, 20 de setembro de 2009

De surpresa em surpresa



Ainda um dia organizo uma excursão, só de motos de preferência, para quem me quiser acompanhar nos meus programas "passeistas" de domingo. Participar em passeios de clássicas é maravilhoso mas acompanhar quem participa nos passeios é também um grande programa em si. Este fim de semana passado foram mais três, Pinhal Novo, aqui perto de Lisboa, Rebocho, para os lados de Coruche, e Vagueira, bem perto de Aveiro (mais perto que eu pensava). Quase 700 kms, mas que espeta, como se diz hoje por aí. No Pinhal Novo houve uma série de curiosidades. Foi a primeira vez que vi um moto clube claramente mais virado para as motos modernas - e onde dominam as modernas como CBRs, Hayabusas e outras coisas parecidas - a organizar um passeio de clássicas. Algumas motos interessantes que ainda não conhecia, outras que já conhecia e, entre os vários encontros novos, um com um senhor que estava bastante por dentro da história da SO4. Um mistério a menos entre as dezenas que ainda tenho das motorizadas portuguesas.

No Rebocho, grande surpresa. Cheguei lá já por volta do meio dia, vou directo a Coruche pelas pontes - finalmente já se pode passar nelas - e quando estou a chegar à segunda ou à terceira, olho brevemente para os campos do lado direito da estrada e que vejo bem ao longe? Uma, duas, três, quatro, uma multitude de pequenas motorizadas que vinham por uma estrada secundária ao longe em direcção também a Coruche. Pensei para mim que não podia ser o passeio das Floretts pois esperava-se, na melhor das hipóteses, umas 20 máquinas, mas quando me encontrei com a caravana, já quase à entrada da vila, era mesmo ela. No total o Manel, o organizador do passeio (aqui na foto com a filha Pati, também ela uma "apaixonada" das duas rodas), conseguiu ainda reunir 40 Floretts das mais variadas. Fantástico!

E depois temos a Vagueira. Muito vento na ida para cima ao ponto da minha BM velhinha (e já a precisar de reforma) ter feito um consumo claramente acima do que é costume mas é a vida. Já sabia que o Tony Arrais, o organizador-chefe, era um homem dinâmico mas conseguir juntar perto de 180 motos, e muitas delas de boa qualidade é obra. Para baixo do reino de Famalicão, com a possível excepção de Sintra, não me lembro de ver um encontro com tantas motos grandes e clássicas, com "C" grande. No meio de tanta moto, e tanta gente, os primeiros comentários à Dmc 16 e, apesar da constatação de um erro ou outro - nomeadamente na ficha da Casal K181 e no artigo da Sachs (este só detectado pelo Carlos de Sangalhos e mais dois ou três leitores que também trabalharam na SIS) - as opiniões parecem ser positivas. Em frente, marche!

sábado, 19 de setembro de 2009

Grandes homens, lá para as bandas de Aveiro!



A febre pelas Floretts lá para as bandas de Aveiro é de tal ordem que 11 heróis da região vão amanhã fazer meio Portugal para irem ao passeio das Floretts do Rebocho, perto de Coruche. A ideia foi de Paulo Gabriel, na foto de bigode, aqui com uma parte do grupo dos 11 após terem carregado várias Floretts numa das carrinhas "requisitadas" para dar apoio logístico ao grupo, que só este ano já terá feito perto de 1000 kms com a sua Super em passeios aos mais variados lugares!

Mais três



Enquanto a Dmc 16 está quase quase, amanhã é outra vez dia de encontros, e como já aconteceu no fim de semana passado, no meu caso concreto vão ser outra vez: Pinhal Novo, Rebocho, e Vagos. 500, 600 quilómetros mas mais coisas bonitas pelo meio para se ver. Só espero que não haja muita chuva pelo caminho. Cá para baixo parece que os chuviscos já passaram mas lá para cima as previsões não são muito simpáticas. Pelo sim pelo não, é bom estarmos preparados. E por falar em alguma coisa que não seja chuva, alguém sabe dizer-me quem foi o primeiro representante da Kreidler em Portugal? Éramos para ter um artigo pequenino sobre a marca no próximo número da revista, mas depois como aqueles bolos que se faziam antigamente na casa das nossas avós, ele cresceu e cresceu e agora tá a ficar tão grande que temos que lhe fazer cortes. Mas precisava, ou melhor gostava, de saber quem foi o primeiro importador da marca. Mas hei-de saber!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Não dá prá creditá!



Apesar de ter vivido no Brasil cinco, maravilhosos, anos, e de uma boa parte da minha paixâo pelo mundo das duas rodas vir desse tempo em que lá estive, pensava que uma coisa que não havia no país de Vera Cruz era motos antigas. Vai daí a minha surpresa quando há pouco dei com um blog brasileiro dedicado a veículos antigos, de duas e quatro rodas, pelo qual fiquei a saber que no passado mês de Junho teve lugar em São Paulo a sexta edição de uma exposição de motos antigas denominada Moto e Cie Clássica. Estupendo, sim, e daí? Pois o daí é que a mesma terá contado com a presença de 800 motos ditas clássicas e foi visitada, durante o único dia em que teve lugar, por 10.000 pessoas. É caso para dizer que até nisto eles são grandes!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dmc 16



Depois da trabalhera toda que foi a preparação da Dmc 15, a 16 já está em plena preparação. Mais de metade da revista já está feita e se tudo correr bem, até ao fim desta semana ela fica quase pronta para entrar na gráfica. O que deu mais trabalho a preparar, para variar, foi a ficha mensal sobre motorizadas nacionais. Há tanta falta de informação e tanta informação que não combina que mesmo preparar-se algo não muito detalhado, como é o caso, pode ser um verdadeiro caso de investigação policial. Tem que se verificar, e reverificar todas as informações. Outra trabalhera!

domingo, 13 de setembro de 2009

Três passeios, três


Hoje devo ter batido algum recorde. Nada de importante, mas sou capaz de ter sido o primeiro português desde o Afonso Henriques a estar presente, no mesmo dia, em três passeios de motos clássicas, no de Almodôvar, no da Escravilheira, e no das Mini-Hondas na Nazaré. Entre idas e vindas quase 800 kms na burra. Mas pondo de lado o recorde, que é meramente simbólico e não me diz nada, o importante é se valeu a pena. E sim, valeu bastante a pena. Qualquer um deles. Almodôvar é Almodôvar. Já no ano passado tinha ficado impressionado com a organização e a adesão a este passeio e este ano não foi diferente. Apesar de ainda não ter dados oficiais, parece que estiveram presentes mais de 250 motos. No Alentejo e a dezenas de quilómetros de qualquer cidade. Impressionante. E que coisas bonitas que lá havia. A não perder na Dmc 17 (na 16, apesar de ir ter mais páginas, já não espaço para mais nada de nada). Na Escravilheira, perto de Torres Vedras, o ambiente é completamente diferente. Estamos em pela região saloia e enquanto em Almodovar há muita participação atravês de clubes regionais, aqui imperam as participações individuais. Motos bonitas também, mas acima de tudo o que aqui se faz sentir mais é o espírito do fantástico Paulo Camarão um dos homens mais extraordinários que conheci até hoje no meio das motos clássicas. Sempre pronto para ajudar ou, se não pode, sempre pronto a indicar quem pode ajudar! Já para o fim da tarde, ainda houve forças para uma ida rápida à Nazaré, para acompanhar um pouco um dos dois passeios de Mini-Hondas mais importantes do país. Já tinha estado há alguns meses atrás no outro, o de Braga, mas à hora que cheguei, pouco consegui sentir do ambiente deste "nicho" das motos clássicas. Desta feita houve um pouco de tempo para conversar e para conhecer gente e, penso, consegui sentir pelo menos o ABC deste meio. Também ele cheio de interesse. Dia em cheio. Para a semana há mais.

sábado, 12 de setembro de 2009

Finalmente!


E a Dmc 15, foi ficou finalmente pronta. Praticamente desde o número um que temos tido atrasos mas os deste número ultrapassaram tudo e todos. Foi a mudança de instalações, foram as férias das designers (que não estava previsto), foi os atrasos normais de um fecho, e como se tudo isto não bastasse, foi ainda apanhar-se os correios da Amadora fechados no dia da revista ir para o correio. Tudo porque ontem era feriado na Amadora. Com um pouco de neurónios e boa vontade a coisa lá se resolveu, mas que trauma. Pelo menos a revista parece-me boa e bem feita. Tanto tecnicamente como em termos de apresentação. Esperamos que os leitores achem o mesmo. Pouco a pouco vamos melhorando, ou pelo menos fazendo por isso. Valha-nos já estarmos adiantados com a próxima revista. O artigo da capa já tá feito, as fichas estão quase, os passeios do mês ficam feitos segunda, ... Com um pouco de sorte, até ao fim da semana que começa amanhã, está feita. Depois é o paginar e gráfica com ela. Quem sabe até ao fim do mês conseguimos tê-la pronta. Entretanto, amanhã, domingo, é dia de recordes. Almodovar pela matina, Escravilheira pelo almoço, e as Mini-Hondas na Nazaré depois de almoço. Ufa, ufa. Pelo meio mais motorizadas e motos clássicas bonitas para se ver, gente nova para se conhecer, gente conhecida para se voltar a ver. E vistas bonitas pelo caminho. A ver se a minha velhinha não me deixa pelo caminho!

domingo, 6 de setembro de 2009

Sintra 2


Fim de semana do passeio de Sintra. Talvez menos motos que em anos anteriores, não sei se estariam muito mais que 100-120 participantes mas mais gente, extra-passeio, no Largo de São Pedro para ver as motos e os seus donos, a feira de peças, e a atracção especial desta edição comemorativa dos 25 anos do passeio, uma exposição ao ar livre de ciclomotores e motos clássicas. Uma boa ideia do clube que bem precisava de ideias novas para este seu passeio sob pena dele se tornar apenas mais um evento e não algo especial como merecia, e merece. Muitas caras conhecidas cá de baixo mas também alguns beginners a mostrar que as motos antigas continuam a atrair novos adeptos. Que assim seja até chegarmos ao nível de uma Inglaterra ou Alemanha ou há quase uma moto clássica para cada 20 habitantes. Por cá, pelas minhas contas, haverá 60.000, o que dá 0,6 motos para cada 100, o que até nem é tão mau assim. Só que, 70 a 75% delas - a esmagadora maioria delas motorizadas nacionais - está ainda meio abandonadas. Será possível?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Alcácer


Tarde em Álcacer do Sal com o Carlos Veríssimo, um dos principais entusiastas do resurgimento das Zundapp Bella em Portugal. Verdadeira aula prática sobre esta scooter que é simultaneamente tão atraente e tão mística e que vai ser um dos temas mais importantes da Dmc 16. Irmã das Vespa, Lambrettas e tudo quanto é scooter mas, ao mesmo tempo, tão diferente de todas elas com o seu quadro de moto, o motor entre as rodas da frente e de trás, as mudanças de pé, e à inglesa, e outras. Já noite dentro, e depois de uma boa sopa de cação para retemperar as forças, vim a pensar pelo caminho para Lisboa o que terá sido a decisão de se avançar com a produção da Bella, o que teraão sido as alegrias e as tristezas à volta de um projecto destes e o que será ter-se uma colecção destes "bichinhos". Pinsamentos!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Paço Branco


Domingo passado foi a minha primeira oportunidade para participar, ao vivo, no passeio anual do Clube do Paço Branco. Ja tinha ouvido falar nele e valeu a pena fazer os 300 kms que separam a capital do betão de Conceição de Faro mais outro tanto de volta, para o sentir ao vivo. O percurso era simpático mas pequeno e uma boa parte dele no meio de zonas urbanas ou semi-urbanas, mas as motos participantes, a organização, e o ambiente, eram de se tirar o chapéu. E como aquela gente de Conceição, e outros lugares algarvios e não só, vive isto das clássicas. Acho que nunca estive num passeio destes em que houvesse tantas motorizadas do antigamente tão bem restauradas. E que variedade. Desde ciclomotores dos anos 50, e uma boa mão cheia deles, a motorizadas dos anos 60, 70 e 80. Não imaginava que no Algarve se vivesse tanto este mundo das antigas. Desde coisas mais comuns como Casais, Faméis, e Sachs a outras menos conhecidas como Anseves, Tansinis, e Teivos (???), que maravilha. E como se isto não bastasse, ainda tive a oportunidade de fazer o percurso, ou parte dele pois um furo no "sapato" fez-me acabar o passeio no carro-vasoura, num ciclomotor de carne e osso, uma Casal de 1961, com motor Zundapp. Travões quase não tinha e meter as mudanças era um pouco uma lotaria, mas que prazer, que sensação. Aqueles gajos do antigamente sabiam fazer motorizadas!

sábado, 29 de agosto de 2009

Mário da Fachada


Ficou ainda muita coisa por contar do PAM mas já há tanta coisa nova no ar que acho que vou ter que deixar as prosas para a revista do mês que vem, quando espero ter um artigo sobre este maravilhoso passeio. Ficaram de fora algumas das estradas que fizemos, o espectacular espírito de passeios do António e da Beatriz, as mil e uma ajudas do Isaac para que o passeio corresse bem, a estamina do Jorge Roque, o side car do Victor e as suas duas simpáticas acompanhantes, as comidas, os nossos desencontros em Ponte da Barca, o espírito mecânico do José Costa e do António, as três trocas de moto do João Paulo Vilhena, e outras. Fica em stand by para a revista. A semana foi de fecho da Dmc 15 e como sempre acontece nestas ocasiões, as 24 horas do dia parece passarem ainda mais depressa que o costume. Parecia que estava quase tudo pronto mas há sempre 500 coisas ainda para se tratar. E contactos para se fazer. Ontem ao fim da tarde, no meio de mais um frio de Verão que não lembra ao diabo - devo ter apanahado uns 12 graus a descer a serra de Sintra - foram dois, um na Fachada, o Mário, e outro em Colares, o Vitor. O primeiro é um daqueles exemplos de mecânicos de motos que começaram nisto há 40 anos e que, por mais voltas que o mercado dê, não largam as duas rodas. BMs, Matchless, AJSs, uma Casal K188 - a primeira que me lembro de ver desde há 500 anos - Santas Marias (fiquei a saber que exisitiram três ou quatro modelos), e outras relíquias, e lá pelo meio uma moto4 e umas scooters chinocas. Mais uma grande aula de aprendizagem. Depois foi o Vitór, em Colares. Outro encontro maravilhoso, pelo qual fiquei a saber mais um pouco desse mistério que ainda é para mim a palavra Lambretta. E tanto ele como o irmão, parece saberem o abcdef do que foi a história da marca em Portugal. Excelente. Amanhã, Algarve, Paço Branco. Saída pelas seis da matina. Muitos contactos para fazer. Se conseguir fazer metade do planeado, já não é mau. Júlio disse que empresatava uma K181 para o passeio. A confirmar-se vai ser o primeiro que faço com uma motorizada. Mas falta-me o capacete a condizer. E agora?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Motonacional



Passados dois dias do final do PAM, a poeira começa a assentar, e as ideias sobre o que foi este maravilhoso passeio vão ganhando forma. Lenta mas gradualmente, vou ver se vou deixando aqui mais algumas impressões do que foi o dito. E a de hoje, é sobre os amigos do grupo motonacional, que se fizeram representar pelo João Paulo Vilhena, o pai, e o tio, todos eles com motorizadas nacionais, o João Paulo com uma SIS Sachs V5, e o pai e o tio com Famel Zundapp Mirage. Já tinha visto no blog deles (http://motonacinal.blogspot.com) que os três, e mais alguns parentes e amigos, já tinham feito, por sua conta, uma outra volta ao Minho, com 300 kms o que, para ser feito em motorizadas é obra. Na nossa fizeram quase 200 kms, cheios de estamina, e o João Paulo a ter que trocar duas vezes de motorizada (primeiro para uma Macal e depois para uma EFS, se não estou em erro). Mas o que é extraordinário não é só estes passeios que eles fazem com as suas grandes máquinas. É também a sua paixão pelas motorizadas nacionais, da qual eles dão-nos conta atravês do seu blog. Não são um caso único - há por aí, felizmente, mais gente a promover as nossas relíquias nacionais - mas é um bom caso, e que merece ser apreciado e seguido.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pelo Alto Minho


Chegado dos Minhos, da primeira edição de mais um passeio da Dmc, desta feita o Pelo Alto Minho (PAM). Cerca de 400 kms em dois dias. Duro, very duro. Na primavera tínhamos feito algo parecido mais para o sul e centro. Apanhámos algumas curvas mas nada que se compare com o PAM. Aqui tivemos curvas. Curvas, mais curvas, e mais curvas. Umas vezes em recta, mas muitas vezes em subida ou descida. Espectacular, mas cansativo. Ou, melhor falando, cansativo e cansativo. Para as duas rodas foi duro mas para os side-car, e eram três, terá sido duríssimo. Vi-o pelo António Ferreira, que já tenho acompanhado nalguns passeios e que considero um "jovem" com muita pedalada física para a idade que tem, e que no fim do segundo dia estava visivelmente cansado. Aquela história dos side-cars não deve ser nada fácil de conduzir. O que eu não sabia era que o PAM era só uma parte do programa do fim de semana. A ida de Lx para o Minho tinha sido um doce. A8 mais A17 a fora, uma delícia. A volta... Logo que cheguei com a burrinha à A28, uma bicha. Pensei que fosse algo pequenino, mas não. Teria uns 35 kms. Nunca me lembro de ver uma bicha tão grande. Entre bermas e entre carros, lá se foi andando, mas quando cheguei ao Porto, nova surpresa. O sol estava a ir-se e o céu estava a pôr-se cheio de nuvens. Primeiro pensei que fosse só por uns minutos, depois pensei que estava quase a passar, e depois tentei voltar a pensar o mesmo, mas não. O céu cinzento, e com cada vez menos visibilidade, e o frio, acompanharam-me todo o caminho. Em Agosto!!! Este tempo está mesmo maluquinho.