sexta-feira, 8 de junho de 2012

Montes delas

Máquinas "custom" foi coisa que não faltou no Todos a Fátima deste ano. Se no ano passado já tinham estado umas 15 a 20, este ano terão estado o dobro. E se algumas tinham relativamente poucas personalizações outras, como esta e umas que tais, tornavam-se difíceis de serem identificadas, pelo menos à primeira. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A mais original?

Das muitas máquinas xpto que apareceram em Fátima este ano, esta terá sido. muito possivelmente, a mais original de todas. Trata-se dum projecto do algarvio Rogério Viegas que já se tinha destacado no Todos a Fátima do ano passado com uma chopper com um motor de Zundapp 50. Quando começou a pensar em participar no encontro deste ano, Rogério quis também surpreender com algo original. Já tinha o quadro, de onde tinha sido tirado o motor para a chopper, e como tinha alguns motores Zundapp de 4v e5v na garagem, lembrou-se de fazer esta maravilha, juntando dois motores. Para além de ter tido que fazer uma série de peças em torno, incluíndo um novo carter, uma nova cambota, bielas, rolamentos e outros, já montou e desmontou o motor quatro vezes para fazer os mais diversos ajustamentos. Segundo o próprio, o projecto ainda não está perfeito, mas a moto já anda e já fez umas dezenas de quilómetros.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O segundo

A organização esteve longe de ser boa e as críticas foram muitas mas o segundo Todos a Fátima (TaF), que teve lugar na aldeia de São Mamede, a dois quilómetros de Fátima, no fim de semana, não foi só desgraças. Conseguiu reunir um número estimado de 1400 motorizadas clássicas, o que faz dele o segundo maior encontro do mundo de motorizadas antigas (o primeiro sendo também português, o Todos a Fátima de 2011), e permitiu admirar muitas máquinas bonitas e originais vindas de todo o país, centenas delas tendo desafiado condições meteorológicas menos simpáticas (incluindo chuva) para virem a rolar até Fátima. Entre as várias desilusões do encontro, a mais marcante terá sido o esperado desfile por marcas que estava previsto para o Aeródromo de Fátima e que acabou por não se fazer por falta de condições logísticas. A ideia dum desfile deste tipo, porém, continua de pé, e caso venha a haver uma terceira edição do evento, é ponto assente que ela vai realizar-se. Com o TaF deste ano, o ranking dos maiores encontros do mundo de motorizadas antigas passa a ser o seguinte:

 1. Todos a Fátima 2011, Portugal, 2310 participantes 
2. Todos a Fátima 2012, Portugal, 1390 participantes (est). 
3. Bromvliegers-Zijtaart 2009, Holanda, 1237 participantes 
4. Vasa Meeting de 2010, Suécia, 927 participantes 
5. Vasa Meeting de 2007, Suécia, 782 participantes
6. Bromvliegers-Zijtaart 2005, Holanda, 674 participantes
7. Leurse Bromfiet Vrienden in Yrseke 2003, Holanda, 341 participantes

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Esta custou

Com os 1001 preparativos para Fátima e a feira de Aveiro pelo meio, esta última SóClássicas custou a sair cá para fora. Mas valeu. Eu, pelo menos, gosto muito dela. A capa é dedicada à Confersil, uma marca pela qual desde há muito sinto admiração mas sobre a qual pouco sabia, e o artigo dedicado a ela - o qual contou com algumas preciosas colaborações, como a de  Filipe Viana de Braga, Carlos Martins de Sangalhos, João Magarreiro  de Elvas,, Francisco Chambel de Lisboa e Isidro Gonçalves dos Algarves - ocupa seis páginas com muita informação e fotos dos seus principais modelos. Além dele, os preparativos finais para Fãtima têm também grande destaque. Mesmo para quem só já vai ver a revista depois do mega-encontro, eles são um testemunho de como este grande evento está a galvanizar um entusiasmo verdadeiramente fora do comum de norte a sul do país por algo que nos toca a todos, as nossas queridas "senhoras". Temos ainda nela uma foto-reportagem das 24 Horas Vespa de Zuara, a principal prova europeia de resistência de Vespas clássicas e onde as duas equipas portuguesas presentes tiveram uma prestação notável, os resultados do  último leilão da Bonhams, a história da Macal TR50, a Veterama da primavera, a Motor Clássico de Lisboa, alguns dos melhores passeios do começo da primavera, o nosso primeiro artigo sobre a feira de Aveiro, o restauro personalizado duma Norton de 1957, etc, etc, etc. Se tudo correr bem, a revista chega aos assinantes e às bancas na sexta-feira e poderá também ser adquirida em Fátima.

domingo, 13 de maio de 2012

De novo com uma (boa) ajuda dum semi-reboque

Faltam poucos dias para Fátima e, infelizmente, os afazeres com os preparativos têm sido tantos que não me tem sido possível manter o blog com notícias como gostaria. E logo numa altura como esta em que notícias, interessantes, é coisa que não falta. Esta, do camião de Lamego que no ano passado já foi carregadinho de motorizadas para Fátima e que este ano também se está a preparar para ir, é uma delas. Mas há mais. Como a dos novos grupos que têm aderido ao evento e que fazem com que já haja quase 360 a prepararem-se para rumar a Fátima no próximo fim de semana. Ou as novidades de Aveiro da semana passada. Ou algumas das últimas relíquias que têm sido desenterradas por aí. Ou os preços do último leilão da Bonhams. Ou o espectacular resultados das equipas portuguesas que participaram nas 24 horas de Zuara. Uf. Felizmente que temos a nova SóClássicas, a qual tá mesmo a saír e que deverá estar fora da gráfica - com um pouco de atraso em relação ao habitual - amanhã, quarta-feira. Fátima, revista, Aveiro, tem sido muita coisa. Aveiro no entanto já foi, a revista também, e agora "só" já temos pela frente Fátima. Venha ela.


sábado, 12 de maio de 2012

O começo do grupo 248

Natural de Cabeço de Vide, no concelho de Fronteira, o alentejano Arlindo Fontoura já era para ter ido no ano passado ao Todos a Fátima. Não conseguiu mas jurou que este ano haveria de ir e já tem a sua SIS Sachs V5 a postos para tal. Não tinha era companhia - em Cabeço de Vide não há muitos outros entusiastas das motorizadas antigas - e ainda tentou juntar-se a um dos quatro grupos da região de Abrantes, que não fica muito longe, mas uns levam as motos a reboque, outros só vão no sábado de madrugada e fosse pelo que fosse, nenhum deles tinha um programa que se ajeitasse ao seu. Em face disto, tudo parecia apontar para que o Arlindo ia mesmo ter que vir sozinho só que o nosso amigo é alentejanamente teimoso e vai daí que começou a "chatear" os amigos para virem com ele. E ao que pareceu, os esforços nesse sentido deram resultado pois segundo as suas últimas informações, já não vem sozinho mas com mais dois ou três amigos. E como três ou quatro já é um grupo, já criou um nome para eles - "Os Aceleras de Cabeço de Vide" (o 248º do Todos a Fátima 2012)- e com sorte até vão ter um carro de apoio. Como dizem algumas pessoas por aí, para se vencer neste mundo tem que se ser teimoso!

terça-feira, 24 de abril de 2012

De parar o trânsito.

Aqui há uns anos atrás, quando a melhor moto do mundo era a minha Vilar de 2 velocidades em que eu andava todos os dias e que só não dormia ao meu lado porque lá em casa não deixavam, um professor que espero que ainda cá esteja dizia que ia haver dias da minha vida em que eu bem que gostaria que o dia tivesse 48 e não 24 horas. Na altura não percebi o que ele queria dizer com aquilo mas hoje em dia, passados uns bons anos, já percebo. E nestas últimas semanas, o ter que me preocupar ao mesmo tempo com os 1001 preparativos para Fátima por um lado e por outro com os 999 da próxima edição da SóClássicas, tem-me feito pensar - quando consigo - nesse grande ditado. E como hoje é dia de trabalhar nos últimos artigos da revista, acho que posso, devo, ou mereço, não sei, dizer umas palavras sobre o porquê desta Confersil aqui no blog. É muito simples. É que o artigo da capa do próximo número é dedicado a esta marca xpto que se destacou nos anos 70 e 80 por ter algumas das motorizadas mais bonitas que havia por aí. Algumas delas como a 104, 204, 304 ou 404 ainda se vão vendo por aí mas modelos mais raros, como esta espectacular Monza do Francisco Chambel, do Cacém que, por acaso, vai a Fátima, são bem mais raras. E de parar o trânsito, é verdade!
Já muita gente nos tem perguntado quem são os homens que aparecem na foto oficial do Todos a Fátima deste ano e até agora, verdade seja dita, não conhecia nenhum deles. A foto foi tirada em Fátima no ano passado, na contagem para o Guiness, e no meio de tanta gente que lá estava, só com um bocado de sorte é que conheceríamos alguém que lá aparece. Mas há coisas assim na vida e aconteceu que na MotorClássico que teve lugar este fim de semana na Expo um dos muitos visitantes que tivemos no nosso stand foram estes dois amigos da Bobadela, na Grande Lisboa, que aparecem em grande plano na dita foto. Trata-se do Sérgio Batalha e o Nelson Nunes, ambos do grupo Farruncas do Asfalto, os quais têm além de serem duas das "estrelas" do cartaz, têm uma particularidade. É que gostam tanto de motorizadas que quando têm tempo livre, mesmo no verão, é raro irem para a praia ou o campo. Em vez disso, vão passear, por aí, nas suas "senhoras". É caso para dizer que têm bom gosto!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A família, naquela altura!

No meio de pesquias e mais pesquisas sobre as Suzukis do começo dos anos 50 para um artigo - a ficha da moto do mês - para a SóClássicas que acabou de sair, deparámo-nos com esta verdadeira obra de arte que tínhamos que compartilhar com quem gosta destas nossas prosas: uma imagem da gama de produtos da marca, de 1955. A moto que escolhemos é a Colleda 250 TT - na altura as máquinas da Suzuki chamavam-se todas Colledas, só em meados da década é que passaram a denominar-se Suzuki - e a dita cuja na altura era a máquina mais potente da marca. Para além da TT, que aqui se pode ver no canto superior direito da imagem, podem ver-se três outras Colledas de 250 e 125cc, dois ciclomotores (um de 50cc e outros de 98cc), e o Suzulight  primeiro carro da Suzuki.

sábado, 7 de abril de 2012

Mas estes ainda são mais "malucos"!

Para quem possa pensar que só o Troféu de Resistência Vespa é que nos faz ficar com o "pelo eriçado", descubrimos aqui na net uma outra prova mas de trial e no Japão, também hilariante. Com direito a um salto mortal e à subida de uma parede que, pelo menos a mim, me parece impossível de chegar ao topo. Mas quem sou eu para dar bitaques na matéria!

Estes tipos do Troféu Vespa!

O Troféu de Resistência Vespa deste ano já está aí. A primeira prova, as Cinco Horas de Almeirim, teve lugar há poucos dias atrás no Kartódromo desta cidade ribatejana e foi, como seria de esperar, animada até dizer chega. Só uns poucos tiveram a sorte de estarem na pista mas graças à ideia de um dos concorrentes, de Gaia, de levar no capacete uma mini-câmara de video, temos todos a oportunidade de "participar" nos primeiros 15 minutos da prova, ao vivo, ou quase. Eu já vi o video duas ou três vezes e confesso que de cada vez que o vejo apanho uns arrepios quando vejo algumas das Vespas da prova a "passarem-me" razantes! Ps Para quem gosta destas coisas, ou lhe está a apanhar o "bichinho", na próxima SóClássicas temos um artigo sobre os bastidores e os "big moments" da prova.

domingo, 1 de abril de 2012

Já faltou mais

Conhecido de norte a sul do país como um dos principais entendidos, e apaixonados, por motorizadas clássicas em Portugal, Carlos Martins da Old Moped é também um restaurador de motorizadas xpto, a sua coleção cada vez maior de senhoras contando já com alguns exemplares bastante raros, entre os quais uma uma Casal RZ50, uma Derbi Sport, uma EFS Cross, uma Puch 50 Multijet e outras. Nenhuma, porém, lhe terá dado tanto trabalho como esta Flandria Imola 6. O seu restauro já começou há oito anos e quando foi iniciado a motorizada tinha o quadro, depósito, rodas, forqueta e pouco mais. Ao fim de algum trabalho conseguiu arranjar o motor mas depois disso, o restauro ficou em banho-maria, ou quase, pois tanto em Portugal como na Bélgica parecia impossível descobrir o que quer que fosse para a máquina. O trabalho parecia impossível mas há pouco tempo atrás, Carlos descobriu um selim e a respectiva rabeta deste modelo e, entusiasmado com a descoberta, tem vindo a mandar fazer algumas das peças que ainda faltavam a ver se consegue ter a Imola pronta, finalmente, ainda este verão. Tomara!

terça-feira, 27 de março de 2012

Este deixou saudades

Quase sem exceção, todos os grande artigos que temos preparado para a SóClássicas acabam connosco a pensar em novos artigos, seja como desenvolvimento do que já escrevemos seja como continuação do mesmo para temas semelhantes. Poucos, porém, nos deram tantas asas á imaginação como o que acabámos na última revista, sobre as grandes marcas de offroad dos anos 50, 60 e 70. Há mesmo muita coisa interessante à volta deste tema e já daqui a dois ou três meses contamos estar de volta com algo novo ligado ao pó e à lama. Ideias não nos faltam, mas aceitam-se sugestões.

Online ou em papel, é só escolher!


48 horas antes do previsto, as inscrições para o Todos a Fátima estão finalmente disponíveis. E se quem estava à espera de uma ficha parecida - mas não igual - à do ano passado não vai ficar decepcionado, quem é mais dado a inovações também vai ficar contente. E isto porque este ano, quem quiser, vai também puder inscrever-se no mega-evento através de uma ficha electrónica. Seja qual a forma de inscrição escolhida, basta clicar no topo direito da página de entrada do blog, em "Inscrições de Fátima", e depois é só escolher a forma desejada. É mais uma novidade do Todos a Fátima deste ano, e ainda há mais a caminho! Ps Para quem se interessa por ir seguindo, aqui no blog e na revista,o número de grupos inscritos no encontro, fica a informação de que hoje chegámos aos 191. Já faltam poucos para o número mágico de 200.

domingo, 25 de março de 2012

A Bianchi da Serra da Estrela

Apesar de não ser a marca mais rara do mundo, a Bianchi italiana também não era, e não é, assim tão comum. Ducatis, Moto Guzzis, Gileras, Motoms, Aermacchis e outras, ainda se vêm umas poucas por aí mas Bianchis já não é tão comum. O nosso grande colecionador de motos italianas de Cantanhede, Henrique Sobral, talvez tenha uma ou duas mas tirando ele, é capaz de se contar pelos dedos duma mão os portugueses que têm uma moto da marca. Há pelo menos uma delas que poderíamos dizer que é bilingue. Trata-se duma MT 61 de 318,2cc "versão exército" que foi comprada em Itália por um português radicado por lá, o Cassiano Cruz. O Cassiano comprou-a, desmontou-a, trouxe-a para Portugal, e nas suas vindas à sua aldeia, na Beira Alta, foi restaurando-a. A moto entretanto já está pronta e operacional, Cassiano entretendo-se com ela, quando tem a oportunidade de cá vir, para umas voltas com a dita, pela serra da Estrela e arredores. É caso para dizer que apesar de poder haver poucas Bianchis por cá, pelo menos esta faz grandes honras à marca

sábado, 24 de março de 2012

A tal Príncipe

Quando há coisa de dois anos atrás publicámos na revista - no número 24 - um artigo bastante exaustivo sobre as Cruzadores e as Dovers, o dito terminava com um chamada de atenção, a de, embora tivéssemos feito todos os esforços na preparação do artigo para identificar todos os modelos de Cruzador e Dover que houve, era bem possível que pelo menos um ou dois tivesse ficado de fora. Passado pouco tempo da revista ter sido publicada, recebemos um mail a falar no tema e onde nos era referido que, para além das 15 ou 20 Cruzadores e Dover que tínhamos identificado, teria havido pelo menos uma outra, a Cruzador Príncipe. Haveria informações escritas nesse sentido mas não havia conhecimento de nenhum exemplar da mesma "de carne e osso", nem se sabia de qualquer fotografia ou catálogo. O caso parecia condenado a nunca ser totalmente esclarecido mas há poucas semanas atrás, no que parece quase um milagre, apareceu uma, e ainda em estado bastante razoável. A motorizada - com muitas características típicas das Cruzador do final dos anos 50 mas com algumas particularidades, nomeadamente no depósito, malas malas de ferramentas, e guarda-lamas - foi descoberta por João Ferreira e o seu filho Nélson, de Carvalho Benfeito, no concelho das Caldas da Raínha, os quais terão identificado que se tratava duma Príncipe pelas decalcomanias com o nome nas malas de ferramentas, as quais, apesar de gastas e queimadas pelo Sol, ainda eram percéptiveis. A autenticidade dos mesmos, entretanto, já terá sido confirmada pelo colecionador minhoto Filipe Viana, um dos maiores entendidos nacionais em Cruzadores e Dovers, o qual entretanto comprou a moto, passando com isso a ter oito motorizadas nacionais dos anos 50.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O centésimo octagésimo oitavo grupo. Uf!

A dois meses e uns dias do Todos a Fátima, estamos já quase com 190 grupos aderentes ao mega-encontro, e o mais recente a juntar-se ao projecto foi "Os Bravios", da aldeia de Babe no Concelho de Bragança. Para quem ainda não os conhecia - e eu tenho que admitir que era um deles - já existem há pouco mais de um ano, dedicam-se tanto a restauros como a passeios e encontros de convívio, e um dos seus impulsionadores, o Bruno, tem um restaurante local - onde parece que se come um belíssimo cozido à transmontana e outras coisas boas - cuja garagem, nas suas poucas horas vagas, se transforma na oficina do grupo. Gente rija, os "Bravios" estão a pensar vir a rolar por aí a fora até Fátima e se tudo correr bem, vão ser entre 10 e 15 homens para ajudar a batermos novamente o recorde do mundo. Com a adesão dos "Bravios", Trás os Montes passa a ter sete grupos aderentes ao Todos a Fátima, mais dois que no ano passado!

Mais uma

E ela aí está, a capa da nova SóClássicas. Comm rodas tão fininhas, até poderá parecer uma bicicleta com motor para os menos atentos, mas é muito mais que isso. É uma Pierce de 1911-12 de quatro cilindros em linha, uma das motos mais raras, mais bonitas, e mais valiosas do mundo. Fomos "descobrí-la" em Famalicão, e digam lá que não é tão bonita, ou quase, como a Angelina Jolie, a Jennifer Lopez, ou a Joan Amexera?

quarta-feira, 14 de março de 2012

Um certo tipo de motos

Verdadeiros ícons do melhor que se fazia em matéria de motos nos ano 10, 20 e 30 do século passado, as motos com motores de quatro cilindros em linha são lindas, super-sofisticadas (para a época), e caras até dizer chega. Três boas razões para as admirarmos e as conhecermos melhor, o que levou a que fossem o tema de capa escolhido para a nova edição da SóClássicas, a qual vai sair ainda esta semana. Como nasceram, quais as oito marcas que tiveram este tipo de motores - a FN, Pierce, Henderson, Militaire, ACE, Nimbus, Cleveland e Indian - as histórias de cada uma, os recordes, e como - à semelhança dos dinaussauros - desapareceram para todo o sempre, está tudo lá!

domingo, 11 de março de 2012

E agora, com uma de 1976

Depois de ter restaurado a rigor a Zundapp 50 Super Sport de 1971 que o seu pai comprou nova na altura e usou durante anos e anos, e de a ter levado ao Todos a Fátima do ano passado onde causou sensação, a paixão de Bruno Fontes por Zundapp SS poderia ter-se ficado por aqui. Afinal, além dela ter sido a motorizada do pai ,e do restauro ter sido bastante trabalhoso - e um tanto ou quanto oneroso também - este tipo de Zundapp SS é único, ou quase, em Portugal, o que só por si já seria suficiente para fazer dela uma "paixão" única, ou quase. Mas não. Ainda o restauro não tinha acabado, o Bruno já estava preocupado em que a SS tivesse "companhia", e que ela fosse, de preferência, uma outra SS. Até poderia ser igual, mas tinha mais graça ser um pouco diferente, talvez de meados dos anos 70, quando as SS já tinham o depósito mais moderno, similar ao das KS50 de cinco velocidades. O problema é que encontrar uma SS de meados dos 70 é quase tão difícil como arranjar uma como a que ele já tinha. Pouco depois do Todos a Fátima, porém, apareceu uma à venda, em Vila Nova de Gaia, e Bruno não descansou enquanto não a comprou. Desde então tem estado também a restaurá-la, ao mais pequeno pormenor como a outra, e se tudo correr como esperado este ano vai ser nesta que ele vai vir. Cá, ou lá, estaremos para a ver.

sexta-feira, 9 de março de 2012

O "milagre" da sucata de Monção

Se um dia numa arrumação dos confins da garagem lá de casa descobríssemos esta BSA Winged Wheel, com motor auxiliar, que faríamos com ela? Ou nos encantaríamos e começaríamos a pensar em restaurá-la ou se tal não tivesse nos nossos horizontes, provavelmente, tentaríamos saber o seu valor e trataríamos de a vender, não é? É o que parece lógico mas em Monção, há coisa de dois meses atrás, quem descobriu esta maravilha terá olhado para ela e só terá visto um monte de ferrugem que estava a ocupar espaço. Vai daí que foi colocar a BSA na lixeira local para ser levado por algum sucateiro. E assim foi. Por sorte, o sucateiro tinha alguma sensibilidade para estas coisas e em vez de olhar para a BSA, como muitos (infelizmente) fariam e só ver nela uns quantos quilos de ferro, teve um pressentimento que a dita seria mais que isso. Perguntou aqui e ali e descobriu que apesar de não ser nenhum tesouro de Ali Babá ainda valia uns euros. Felizmente para a BSA, e para todos nós que gostamos destas coisas, a máquina acabou por ir parar a boas mãos, à coleção de José Pereira em Felgueiras. E ao que tudo indica dentro de uns meses a sua passagem pela lixeira de Monção não vai ser mais que uma memória do passado pois, fiel ao seu princípio de restaurar as suas máquinas da sua coleção a rigor, Zé vai certamente fazer dela uma das BSA Winged Wheel mais bem restauradas do planeta!

quinta-feira, 8 de março de 2012

O último trunfo da Zundapp

Durante boa parte das décadas de 50 e 60, a Zundapp alemã, juntamente com a Kreidler também alemã e a Motom italiana, foi um dos maiores fabricantes mundiais de motorizadas assim como de motos de pequenas cilindradas. A sua gama Combinette e depois a linha KS, venderam-se aos milhões e ajudaram a marca a conseguir recuperar uma boa parte do prestígio e importância que tinha antes da segunda guerra mundial. No final da década de 60, no entanto, tudo mudou. A maior parte da Europa deixou de comprar motorizadas como veículos de trabalho - Portugal, juntamente com a Grécia, eram um caso à parte - e a Zundapp, de repente, viu-se obrigada a descobrir novos nichos de mercado para sobreviver. Um desses nichos foram as motos de cross e apesar dos fabricantes japoneses em geral, e da Yamaha em particular, já estarem na altura a "montar" um verdadeiro assalto a esta área, a Zundapp concebeu uma moto revolucionária de offroad, a Zundapp 125 MC, que não só ganhou o campeonato alemão de cross durante cinco anos consecutivos, entre 1971 e 1975, como também a primeira edição da classe de 125cc do Troféu Internacional de Motocross da FIM também em 75. É bem possível que a moto pudesse ter mudado a sorte da marca, mas os problemas financeiros da Zundapp eram cada vez maiores e não só não foi possível arranjar dinheiro para desenvolver a gama para outras cilindradas ou para promover a MC nos Estados Unidos, o grande mercado de motos de cross na época, como no final da temporada de 1975, a melhor de longe para a moto em termos desportivos, a Zundapp teve que acabar com a sua equipa desportiva e com a produção das MC também. Dois anos depois, com a empresa já praticamente em estado de "coma", o Tribunal Comercial de Munique decretava a falência da empresa.

quarta-feira, 7 de março de 2012

A tia Alice

Apesar do mundo das motos em geral, e das clássicas em particular, ser dominado pelo chamado "sexo forte", também há mulheres nele. Poucas porém, serão tão especiais neste nosso querido meio como Alice Jardim, uma minhota da aldeia de Palmeira de Faro, no concelho de Esposende, que apesar dos seus 72 anos, mostra mais pedalada que muitas jovens de 20 ou 30. "Tia Alice do Jardim", como é conhecida localmente não percebia nada nem de motos nem de bicicletas mas quando na década de 60 se casou com um então jovem mecânico destas coisas, aprendeu a "arte" e começou a ajudar o marido nos mais variados trabalhos, desde o mudar pneus a enraiar rodas, mudar óleos, cabos de acelarador e embraiagem, e outras coisas. Um dia, à pendura do marido, os dois tiveram um acidente em Fão, na EN13, e embora ela não tenha sofrido muito, o marido caiu mal e acabou por falecer. Para muita gente, homens ou mulheres, isto seria mais que suficiente para nunca mais voltarem a andar de moto, mas a tia Alice, para surpresa geral, não só voltou a fazer das máqunas de duas rodas - faça sol ou faça chuva - o seu meio de transporte habitual, como decidiu também manter a oficina do falecido marido a funcionar, com ela à frente da mesma. Apesar da idade, continua de segunda a sexta a trabalhar nas Casal, Famel, Sachs e outras máquinas da aldeia e, como se isso não bastasse, quase todos os sábados de manhã, ainda arranja tempo para ir na sua Casal Boss de duas velocidades, de Palmeira de Faro a Barcelos, vender flores no mercado da cidade. No sábado passado, com uma chuva das boas, lá ia ela. Vivam as mulhers como a tia Alice!

segunda-feira, 5 de março de 2012

A segunda EFS Cross lá de casa

Manuel Castanheira, da aldeia de Talhadas no concelho de Sever do Vouga, é daqueles homens que não lhe sobra muito tempo livre. Para além dos seus afazeres profissionais e familiares, ainda é um dos responsáveis do da associação local "Passados dos Carretos" (a qual com apenas um ano de vida é já um dos agrupamentos de motorizadas antigas mais dinâmicos da Beira Litoral), como também é o proprietário duas EFS - uma Fórmula I 650 e uma Cross - restauradas ao mais pequeno pormenor por ele próprio. Só isto já seria mais que suficiente para ocupá-o "25 horas" por dia mas não contente com isso, Manuel resolveu provar a si próprio, e aos amigos, que era capaz de "fazer" outra EFS Cross, com uma particularidade. É que enquanto a primeira "Cross" foi feita a partir duma 220, esta vai ser feita a partir duma Cross mesmo Cross. "Sem ser pelas matrículas", diz ele, "Ninguém vai saber dizer qual a que foi feita a partir da 220 e qual a que foi feita a partir da Cross. Estou a pensar levar as duas a Fátima, integradas no nosso grupo, e vai ser engraçado vê-las ao lado uma da outra". É que vai ser mesmo!

sábado, 3 de março de 2012

E aí está o video!


Foi uma trabalhera, mas tinha metido na cabeça que para o Todos a Fatima 2012, além da revista, dos anúncios, do blog, do facebook, e disto e daquilo, havíamos de fazer também cartazes e um videol Os cartazes ficaram prontos há coisa de duas semanas e já há aí centenas deles espalhados de norte a sul do país. O video é que tava mais difícil. Nunca tínhamos feito uma coisa destas. Mas inspirado nos que vimos no YouTube do Todos a Fátima do ano passado, arregaçámos as mangas e foi mãos à obra. Foram quase dois meses a queimar neurónios, mas tá aí. Modéstia à parte, acho que está porreiro. E agora, como cá na casa nunca estamos contentes como o que fazemos, vamos fazer uma versão em "English". Para que os nosso amigos holandeses, alemães, suecos e outos que não param de nos "chatear" a fazer perguntas do que é isso do Todos a Fátima, a ver se eles "capiscam"!

sexta-feira, 2 de março de 2012

A história duma ML muito rara

Apesar da Moreira & Letra de Cantanhede ter sido uma empresa bastante activa no mundo das duas rodas em particular nas décadas de 60 e 70 (até chegou a ser o representante dos motores de 50cc duma, na altura, nova marca de motos japonesa, a Honda!), as suas motorizadas de marca própria, as ML, não tiveram assim tanta projeção. Sobretudo com montagens da EFS, ainda se venderam alguma coisa - em particular as "irmãs" da EFS 220 - mas quase só na região de Aveiro e na Grande Porto. Em face disso, vá-se lá saber como é que um dos, para não dizer o seu modelo mais exclusivo, a ML Flecha com motor Zundapp de 5 velocidades foi parar à região de Coruche. Mas foi. Comprada por um bombeiro local, foi usada durante anos e anos mas depois um dia, já velhinha, acabou encostada num palheiro. Foi por lá ficando, foi ganhando ferrugem, algumas das suas peças começaram a desaparecer, e tudo parecia indicar que ela seria mais uma "senhora" que iria acabar no ferro-velho. Mas não. Um outro bombeiro local, o Rui Almeida (aqui à esquerda na foto), interessou-se por ela como velharia e acabou por ficar com ela, de graça. Para o Rui seria um "esqueleto" engraçado que, um dia, sabe-se lá quando, poderia, vir a voltar a andar. E como o depósito era tipo EFS, terá partido do princípio que seria fácil arranjar peças para ela. Quando começou a investigar um pouco é que percebeu que tinha arranjado uma raridade e que, se a queria um dia pôr como era em nova, ia ser uma "trabalhera". A "febre" das motorizadas, no entanto, chegou também a Coruche, e em força. O número de motorizadas antigas na terra, e nas aldeias vizinhas, disparou e nas conversas depois do trabalho no Tasca e noutros bares da terra, as "velhinhas" passaram a ser um dos principais temas de conversa. E vai daí que um dia numa dessas conversas, entre duas bujecas, um seu amigo, o Luís Felismino (o outro homem daqui da foto), o desafiou a restaurarem a motorizada, para a levar ao Todos a Fátima deste ano. Luís já tinha feito alguns restauros nas horas vagas, mas nunca se metera numa coisa tão rara como esta ML Flecha. O certo é que a coisa tem estado a andar e com ajudas um pouco de todo o país (os logos do depósito, por exemplo, foram conseguidos em Perelhal, o escape em Santo Tirso e as manetes em Águeda), a Flecha está quase a ficar pronta e neste momento já é quase certo que vai poder ir a rolar até ao mega evento.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A ideia genial de Tartarini

As vitórias da Ducati no Motogiro de Italia de 1955 e 1956 foram arrebatadoras, sobretudo a de 56, com a Ducati a fazer frente às equipas de fábrica de todos os outros grandes fabricantes italianos de motos e a ganhar a prova em cinco classes. O Motogiro desse ano, porém, teve alguns acidentes graves, o mesmo acontecendo noutra grande prova de estrada transalpina, de automóveis, as Mille Miglia. Devido a isto, as autoridades italianas decidiram proibir, a partir de 1957, todas as provas de estrada de grandes distâncias, de automóveis ou motos. No caso do Motogiro, a Ducati era a marca que tinha mais a perder pois fora a que tinha tirado mais louros nas últimas edições da prova. Mas um dos seus pilotos, Leonel Tartarini, teve uma brilhante ideia. Se as Ducati não podiam brilhar a fazer uma grande prova de estrada de norte a sul do país, porque não pô-las a fazer uns bons milhares de quilómetros fora de Itália?. A direcção da marca aprovou a ideia e Tartarini, com outro homem da Ducati, Giorgio Monetti, fizeram-se à estrada em duas Ducati 175 com depósitos e outros equipamentos especiais. O plano inicial era irem de Bolonha até à fronteira da Turquia com o Irão, mas a publicidade em Itália com o viagem foi de tal ordem, que a Ducati autorizou que continuarem até à Cidade do Cabo, na África do Sul. Quando aqui chegaram, Tartarini e Monetti, e as suas Ducati, já eram heróis nacionais, não só pelo feito em si como pelas suas aventuras, as quais envolveram o roubo das motos no Irão, a sua prisão no Uganda e encontros próximos com leões na Tanzânia, entre outras coisas. Em face disto, e sempre com o apoio da casa-mãe da Ducati em Bolonha, os dois continuaram e acabaram por dar uma volta inteira ao mundo. Ainda hoje, o feito é considerado uma das melhores acções promocionais de marketing feito por uma marca de motos italiana!

A 41

Está aí, finalmente, a nova SóClássicas. E, modéstia à parte, tem muita coisa interessante que se lhe diga. A começar pela capa que é um Motom 48 C que fomos desencantar em Barroselas, próximo de Viana do Castelo. Foi usada durante anos e anos, com um atrelado, para transportar bilhas de gás mas agora é a "jóia" da coroa da coleção de carros e motos antigas de Manuel Ferreira, sobrinho do seu primeiro dono.

Um dos artigos a não perder na revista, é o das últimas do Todos a Fátima, o qual não pára de crescer e já vai com quase 160 grupos, quase mais 40 que há um mês atrás.

Outro é a reportagem das motos mais interessantes que se podiam ver na feira de Oliveira do Bairro, a primeira da "temporada". Apropriadamente, o artigo chama-se "Motos de cross, motorizadas e outras coisas bonitas" o que só por si já dá um pouco ideia do muito de bom que lá se encontrava.

Outro "imperdível" é o grande artigo de pesquisa deste número, sobre a Motom e a sua meteórica passagem pelo mundo das duas rodas. Além da descrição com algum detalhe do historial, o artigo inclui uma ressenha dos modelos mais emblemáticos da marca.

E outro ainda, para não nos alongarmos mais, é o artigo sobre o restauro da exclusivíssima Zundapp Super Sport de Bruno Fontes a qual demorou cerca de um ano a ser completada e incluíu a compra de diversas peças muito difíceis de encontrar, mesmo a nível europeu.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

É a Solex, meu!

Até há uns meses atrás pensei que estava condenado a só perceber pouco ou nada do quem é quem do emaranhado das marcas de motos francesas do antigamente. Sabia umas coisas sobre cinco ou seis, incluindo a Bernardet, Motobecane, Peugeot, Rhone & Gnome, Solex, e Terrot, e parecia-me que já era muito. Acontece que os franceses tiveram, literalmente, centenas de marcas de motos ao longo dos tempos e chegaram a ser, no começo do século passado, o maior construtor do mundo. Pelo que, achei que já chegava de tanta ignorância e vai daí o termo-nos metido a fazer um levantamento das principais marcas do país. O dito começou na SóClássicas 39 e acabou agora na 41, que no começo da semana que vem está na "rua". Para cada um dos três artigos deste levantamento, preocupámo-nos em arranjar uma foto da época a condizer com as marcas faladas nesse número da revista, para a chamada abertura do artigo. Para o primeiro - que fala das marcas de "A" a "F" - arranjámos uma foto muito antiga duma elegante Dresch de 250cc dos anos 20. Para o segundo - das marcas de "F" a "N" - foi uma Monet Goyon, da mesma cilindrada, de 1949 ou 1950. Faltava arranjar algo, também emblemático, para o terceiro artigo, desta SóClássicas 41, que fala das marcas de "O" a "T". E o que poderia haver de melhor que esta, de uma simplesssíssima mas grandiosa Solex dos anos 50 acompanhada deste fundo "escaldante" de encher os olhos de ponta a ponta? Genial, não é? E para quem não sabe, esta foto não é uma foto qualquer. O seu autor foi nada mais nada menos que o grande fotógrafo Henri Cartier Brenson e a foto desde que foi tirada em 1968, já teve inúmeros prémios. É caso para dizer que na SóClássicas preocupamo-nos por arranjar sempre o melhor possível, seja em termos de artigos, seja de fotos!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

E também corriam, sim.

A nova SóClássicas é dedicada às Motoms. E tenho que confessar que ao longo de quatro anos de andanças nisto de jornalismo sobre motos clássicas poucas vezes me deparei com um tema que à partida até nem parecia ser muito complicado mas que nos finalmentes foi um verdadeiro quebra-cabeças. É que ao longo dos 20 anos da marca, a dita teve nada mais nada menos que 48 modelos, o que dá quase três por ano. Alguns, como a Motomic, a 48, ou a 98, completamente revolucionários mas outros com pequeníssimas mudanças que mesmo para quem percebe muito do assunto nem sempre é fácil reconhecer. A maior surpresa de todas nesta investigação que durou quase dois meses, porém, foi descobrir as proezas desportivas da marca. Quem olha para uma Motom, nomeadamente para a 48, o modelo mais popular da marca, tem a ideia de um ciclomotor "pachorrento" mas ao que parece os "artistas" dos anos 50 conseguiram pôr algumas delas a andar a 110, 120 e 130kms/hora, obtendo mesmo alguns recordes do mundo para a marca. E para além dos esforços oficiais da Motom nesse sentido, consta também que haveria um "batalhão" de mecânicos e pilotos privados que faziam mil e uma alterações nos Motom 48 para depois participarem, às dezenas, em provas monomarca para se baterem uns contra os outros. Eu bem que digo que a única coisa que faltava aos anos 50 serem perfeitos era a internet!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Benvinda ao clube!

De há um ano para cá, é raro o encontro dominical de motos da Avenida Brasil, em Vila do Conde, não contar com uma ou duas motorizada clássicas. Ou três, ou quatro. Ou até mais. A bem da verdade, por vezes chegam a juntar-se lá até bem mais, as quais até têm um canto reservado, ou quases, junto à chamada "curva do castelo". No fim de semana passado, no entanto, estava lá uma cara simpática que era a primeira vez que ia ao encontro, pelo menos numa moto antiga. E como é mulher - chama-se Ilda - é claro que deu nas vistas. O culpado dela estar nestas coisas, veio a saber-se, é o marido, o António. O bom do António não ligava nada para motos antigas mas há um ano deu-lhe a "febre" e de então para cá já comprou duas Floretts e outras máquinas clássicas., tudo de 50cc. Como boa esposa que é!, a Ilda gostava de acompanhá-lo mas como não tem qualquer experiência de andar de moto não queria fazê-lo em máquinas demasiado complicadas. Vai daí o Jorge pôs-se à procura de uma "senhora" com mudanças automáticas e no começo do mês apareceu-lhe a Mobylette da foto, em excelente estado de conservação. Comprou-a, fez uma pequena revisão nela e a Ilda fez questão de já o acompanhar a Vila do Conde,neste fim de semana, na sua "montada". Grande Ilda.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

E agora, também, os holandeses.

No ano passado o Todos a Fátima contou com quatro participantes estrangeiros. Este ano, apesar de ainda faltarem quase quatro meses para o evento, já tínhamos seis pré-inscritos vindos lá de fora, nomeadamente da Alemanha, França e Suíça mas há poucos dias atrás tivemos a confirmação que também vem gente da Holanda, e não são poucos. Trata-se de um grupo proveniente do maior clube de motorizadas antigas daquele país, o Bromfiets Klub,o qual se está a organizar para trazer 50 máquinas ao Todos a Fátima. A ideia dos líderes do grupo é alugarem dois camiões TIR para trazer as motos até Lisboa. Os participantes vêm de avião, pegam nas motos em Lisboa, e vêm a rolar até Fátima. Acabado o Todos a Fátima, voltam para Lisboa também a rolar, e metem-se outra vez num avião para voltar para a Holanda. O grupo já tem nome e tudo - chama-se Holland in Fatima - e tem reuniões com alguma regularidade só para tratar da logística desta sua participação no mega-encontro. Como eles, os holandeses, têm fama de ter muito boas "senhoras", vamos ver todos se até 02 de Junho aprendemos a dizer "Muito bonita" em holandês. Se o Google não está errado, diz-se "Heel mooi"!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O que eles faziam

As máquinas que correm no MotoGP dos dias de hoje são verdadeiramente impressionantes mas há 100 anos atrás, ou mais, já havia motos de competição que não eram para qualquer um. E uma delas, que descubrimos recentemente no meio das nossas pesquisas para o terceiro e último artigo do nosso historial de motos francesas (que vai sair na próxima SC), é esta bisarma que só de se olhar para ela já assusta. Foi constuída em 1903 por um fabricante de bicicletas, motos e automóveis francês, a Buchet, e o seu motor era um bicilíndrico a quatro tempos de 3000cc. A moto terá sido construída especificamente para bater recordes de velocidade em velódromos e rectas e chegou a deter o recorde do mundo do quilómetro lançado, com a velocidade de 121kms/hora. Imagine-se o que seria conduzir uma coisa destas a esta velocidade. Especialmente levando em conta que, como a esmagadora maioria das motos da época, o "monstrinho" não tinha travão na roda da frente e o de trás seria pouco mais que um bom "retardator" de pinças de borracha.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

E a primeira edição já se foi!

Estamos todos de parabéns. É que a primeira edição do Calendário da SóClássicas de 2012, lançado com pompa e circunstância no fim de semana passado na feira de Oliveira do Bairro, esgotou-se. É isso, esgotou-se mesmo. O sucesso do calendário, o qual superou todas as expectativas, poderá ter ficado a dever-se à qualidade das motos do dito e às donzelas que nos deram a honra de figurar nele mas há uma outra explicação. É que três delas visitaram a feira o que permitiu que alguns felizardos tivessem os seus calendários autografados. A certa altura no domingo, o dia de mais movimento na feira, o stand da SóClássicas, onde tinham lugar os autógrafos, chegou a ter bicha para os ditos cujos. Escusado será dizer que daqui a 50 anos cada um destes calendários autografados vai valer uma pequena fortuna!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A viagem ao "continente"

Hoje em dia, dar-se uma volta de moto pela Europa é mais uma questão de se ter uma moto, dinheiro para as gasolinas e as portagens e toca a andar mas há 60 anos atrás, era um pouco mais complicado. Não havia ainda quase auto-estradas, não havia assistência na estrada digna desse nome, telemóveis era mentira e se uma peça se avariava corria-se o risco de se ter que esperar semanas, para não dizer meses, até chegar uma peça de substituição. Um grupo de amigos ingleses, no entanto, não se intimidavam com essas coisas. Com excelentes máquinas, incluindo uma Brough Superior SS100, uma Triumph Thunderbird e várias Sunbeam, eles levaram a cabo, durante boa parte da década de 50, um passeio anual no "continente", como os bifes chamam a tudo o que seja Europa para lá do Canal da Mancha. Só isso já seria digno de nota mas o mais espectacular é que um deles, ou mais, se deu ao trabalho de documentar tintin por tintin uma dessas viagens com fotos e dados estatísticos que são de cair para o lado, ou quase. A de cima, uma das primeiras do passeio de 1953, mostra a Brough e as outras máquinas do passeio desse ano, a serem carregadas num avião de carga, num aeroporto do sul de Inglaterra em direção a França. O relato fotográfico completo desse passeio pode ser encontrado no site www.go-faster.com e recomenda-se, very, para quem gosta destas coisas.

domingo, 29 de janeiro de 2012

E os Killt também vão animar a festa!

Com a recente contratação do grupo luso-britânico Killt, já temos assegurada a presença de quatro bandas na festa que vai ter lugar na noite de 02 de Junho do Todos a Fátima, cada uma com a sua especialidade. Os Dixie Boys do Porto, a primeira e entrar em cena, vai tocar música dos anos 50; a Mystique Band de Braga vai tocar baladas dos anos 60 e 70; os Lentos e Fumarentos da Figueira da Foz (todos eles participantes activos do Todos a Fátima) vão tocar um repertório próprio que inclui um inédito do Todos a Fátima, e agora a Killt de Lisboa vai "encantar-nos" com a sua música alternativa dos tempos modernos. Vai na volta, ainda vamos poder dizer que vamos ter um "Rock in Fátima" incluído no Todos a Fátima!

A Z1300 Limousine

O australiano Steve Hari, da cidade de Melbourne, tinha uma Kawasaki Z1300 do final dos anos 70 lá em casa e até gostava de dar umas voltas nela. O único problema é que Steve é tipo Professor Pardal. Gosta de mexer e remexer em tudo o que seja mecânico. Vai daí, teve a brilhante ideia de transformar a sua Z1300 nums limousine de duas rodas. A brincadeira não lhe terá saído barata pois além do quadro, teve que alterar o veio de transmissão, os dois escapes, o banco e ainda mandou fazer uma terceira e uma quarta tampas laterais para manter a estética da moto. Para os puristas da marca poderá parecer um crime mas que chama a atenção, e atrai companhia(s), não haja dúvida.

Nesta foto, em que se vê Steve com três amigas - todas de mini-saia, à anos 70!!! - percebe-se melhor a nova dimensão da "limo", e a sua capacidade de transporte!

Em Portugal, com tanta burocracia que temos a nível de IMTT, uma máquina destas talvez nunca se conseguisse legalizar mas na Austrália, como esta terceira foto mostra, deve ser bem mais fácil. Haja Steves nesta vida!

O exemplo da Atouguia

Nos concelhos de Batalha, Leiria, Ourém, Porto de Mós, e outros próximos de Fátima há cada vez mais gente a preparar-se para o Todos a Fátima. A aldeia da Atouguia, no concelho de Ourém, não é exceção mas o grupo local "Velhas mas Potentes", constituído sobretudo por jovens dos 16 aos 20 anos, está a fazê-lo com uma particularidade. Entusiasmado pela ideia do encontro, o grupo tem-se dedicado ao restauro de motorizadas de familiares dos seus membros - muitas delas até recentemente abandonadas em palheiros ou noutros lugares - e, se tudo correr bem, conta participar no Todos a Fátima com 10 a 15 máquinas, incluindo a Casal Boss "especial" que se vê na foto e que no ano passado já foi uma das atrações do encontro.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A primeira japa

Dada a dimensão e excelência tecnológica da indústria japonesa de duas rodas seria de imaginar que as primeiras motos do império do Sol nascente surgiram sensivelmente ao mesmo tempo das primeiras máquinas do velho continente ou dos Estados Unidos, na última década do século XIX. Mas não. Segundo a prestigiosa Sociedade Japonesa de Engenharia Mecânica, a primeira moto digna desse nome do país foi a NS, concebida e produzida em 1909. Tinha um motor monocilíndrico com válvulas de entrada e saída sobrepostas, tipo "F", e apesar de não ter travão na roda da frente, tinha já uma semi-suspensão frontal. O seu fabricante foi a empresa Nihon Motorcycle e terão sido produzidos aproximadamente 20 exemplares da mesma. Nenhum deles chegou "vivo" aos dias de hoje mas os esquemas de produção ainda existem e encontram-se no museu particular de Tsutomu Demizu, um dos principais pesquisadores japoneses em história industrial.

domingo, 22 de janeiro de 2012

A Bm para Marrocos, e a V5 pra Fátima

Se ainda é daqueles que pensa que quem gosta de motos modernas não gosta de "senhoras", o exemplo de Carlos Ferreira mostra exactamente o contrário. Apaixonado por máquinas de duas rodas desde sempre, Carlos tem vindo a ter máquinas cada vez maiores e mais potentes e a sua montada actual é uma BMW GS1200 Adventure, a máquina mais potente da gama GS da marca alemã, com 100 cavalos, duplo travão de disco na roda da frente, ABS de fábrica, punhos aquecidos e outros luxos que fazem mais lembrar um carro de topo de gama que uma moto. Desde há uns tempos para cá, no entanto, o Carlos (re)descobriu também o encanto das pequenas motorizadas portuguesas do antigamente e arranjou uma SIS Sachs V5 dos anos 70 que poderá não ter nem uma fracção dos luxos da BMW mas que também lhe dá um grande gozo. E enquanto a BMW é a moto de eleição para grandes viagens, em Portugal e não só - até já foi a Marrocos - a V5 está reservada para pequenas voltas e passeios com amigos, incluindo o próximo Todos a Fátima ao qual o Carlos conta ir a "rolar" nela. "A BMW" diz ele, "É realmente a melhor moto do mundo e faz-me sentir nas nuvens, mas para voltar à Terra, não há nada como uns quilómetrozinhos na V5".

sábado, 21 de janeiro de 2012

O motocross de 1965

Até há muito pouco tempo atrás, pensava-se que o primeiro motocross que tinha tido lugar em Portugal era um de 1966, na região de Sintra, mas dados recentemente trazidos a público por um grupo de moçambicanos amantes do desporto automóvel e motociclístico dos tempos coloniais, mostra que afinal a primeira prova do género em terras portuguesas (da altura) teve lugar um ano mais cedo em 1965, na então Lourenço Marques. Realizada junto ao Peter's, um bar que havia a norte da cidade, no caminho para a Costa do Sol, a prova contou com alguns entusiastas locais das duas rodas, incluindo Joaquim Pascaol, (o homem da esquerda na foto, numa Florett, sem a frente guarda-lamas da frente), José Carlos Morais Rodrigues (na Garelli 50 do meio, sem guarda-lamas e com o escape cortado) e Sergio Cardiga (na Garelli 50 da direita, também sem guarda-lamas). Além destas motos, participaram na prova também uma Puch VZ50 e outras máquinas de 50cc, tudo estrangeiras, pouco usuais no continente na altura.

domingo, 15 de janeiro de 2012

A Carmelita que (também) deve ir a Fátima

Como acontece com todas as outras marcas de motos, na Famel há modelos que são mais raros. Dos anos 70 e 80 ainda se consegue descobrir sem grandes dificuldades quase todos os modelos, mas quando começamos a andar para trás, para os anos 50 e 60, as coisas complicam-se. E se alguns dos modelos destas duas décadas ainda aparecem de vez em quando, outros há que parecem extintos, ou quase. A Carmelita, dos anos 60, é um bom exemplo disso. Fabricada no começo dos anos 60, ter-se-ão fabricado no máximo 1000 exemplares da mesma e hoje em dia é capaz de não restarem mais de quatro ou cinco por aí. Uma porém, deu recentemente,á costa. É da região de Lisboa e o seu proprietário, Joaquim Vilela, comprou-a nova em 1962. Usou-a durante anos como meio de transporte mas quando arranjou dinheiro para comprar um carro, deixou-a a descansar na garagem. Ainda a usou algumas vezes mas entretanto foi-a "modernizando" a nível de óptica, banco, suspensão e guarda-lamas. Agora, com a "febre" das 50, ressuscitou-a e está a restaurá-la. "O que eu gostava mesmo", diz ele, "Era tê-la pronta a tempo de ir a Fátima. Vamos ver se consigo". Consegue, Sr Joaquim. A moto até nem está em muito mau estado, e as peças que lhe faltam arranjam-se. Dia 02 de Junho, lá esperamos por si!

domingo, 8 de janeiro de 2012

O vencedor de 1951

Entre os mais de 30 ou 40 temas abordados na próxima SóClássicas, um dos principais é a grande história da Norton Manx, a desportiva inglesa mais famosa de sempre. Com 12 páginas, o artigo centra-se, naturalmente, nesta grande moto mas ao se falar na Manx é impossível ou quase não se falar de três ou quatro pilotos britânicos e irlandeses que tanto contribuíram para a espectacular fama desta grande moto. Os dois mais famosos são Stanley Woods e Jimmy Gunthrie, mas Geoff Duke, o homem que aqui vemos a caminho do pódio depois de ganhar a prova Senior (500cc) do TT da Ilha de Mann de 1951 também merece um louvor. Embora só tenha sido piloto da Norton durante três anos, de 1950 a 52, ganhou quatro provas do TT nesse curto espaço de tempo, duas na classe Senior e duas na Junior (350cc). Stanley Woods, nos seus tempos auréos dos anos 20 e 30 ganhou o TT 14 vezes, mas a vitória de Geoff Duke em 1951 foi única. E isto por um motivo. É que além de ter ganho as provas Senior e Junior, tanto numa prova como na outra, chegou à meta também à frente de um verdadeiro exército e Manxs. Na prova Senior, havia nove Manxs entre os 10 primeiros classificaos, e na Junior cinco. Nunca, nem antes nem depois, a Norton, e a Manx, tiveram um resultado tão espectacular nesta mítica prova. Passado pouco tempo, em 1953, a Manx iria passar a ter um concorrente de peso, a Gilera, mas durante anos e anos, muitos inglesas quando queriam falar da excelência das motos inglesas em competição, era da vitória de Geooff e das Manx no TT de 51 que eles se lembravam.

Á porta do Café do Jorge

Na Póvoa do Varzim há talvez uns 50 cafés e pastelarias, mais coisa menos coisa, mas nenhum como o Coffee Break de Jorge Monteiro. É que o café, nem se sabe bem como, tornou-se o centro dos aficionados das motorizadas antigas desta simpática cidade à beira-mar plantada. E tudo, ou quase tudo, porque o Jorge, que já gostava de motos modernas, no ano passado, e quase em cima da hora, resolveu comprar uma Fórmula I e ir ao Encontro de Fátima com um amigo. Foram, voltaram e gostaram tanto que o Jorge não só já se está a preparar para ir outra vez este ano - possivelmente com uma Florett - como não se tem cansado de "meter o bichinho" aos vizinhos e amigos. Segundo ele, "Uma coisa, pelo menos posso garantir. É que daqui da Póvoa e arredores não vamos ser nem dois nem três. Vamos ser talvez mais de 10". Fixe, fixe!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A revolucionária de 1913

No começo dos anos 10, as Douglas com dois cilindros deitados longitudinalmente e opostos eram das motos que mais se vendiam no Reino Unido. Era um caso único ou quase pois a esmagadora maioria das marcas preferia motores monocilíndricos mas a Douglas dava-se bem com este conceito e as suas motos vendiam-se muito bem. Elas tinham, no entanto, um problema, a refrigeração do cilindro virado para trás o qual, naturalmente, apanhava muito menos ar que o cilindro frontal. Entre 1912 e 1913 a Douglas ainda desenvolveu um projecto, revolucionário para a altura, dum sistema de refrigeração a água o qual, adaptado ao motor, poderia resolver de vez o problema mas havia dúvidas sobre a sua fiabilidade e a Douglas não queria arriscar a sua excelente reputação numa inovação destas sem todas as certezas. O inglês Willaim "Billy" Williamson, porém, não tinha dúvidas sobre a refrigeração a água. Tendo já trabalhado alguns anos na direção de uma outra marca de motos inglesa da altura, a Rex, já tinha estado ligado a testes com este tipo de refrigeração e mostrava-se confiante que o mesmo podia funcionar sem problemas. Graças ao seu entusiasmo, a Douglas acedeu a criar uma parceria com a empresa por ele criada, a Williamson, para a produção experimental de uma moto, que utilizaria o motor boxer da Douglas com um sistema de refrigeração a água montado em "L". Foram feitos dois modelos experimentais, um dos quais o da foto, que parece terem-se mostrado encorajadores, só que entretanto rebentou a primeira guerra mundial e o projecto teve que ser interrompido. Com o fim da guerra em 1918, Billy pegou outra vez na Williamson e em 1919 começou a montar uma linha de produção para a moto. Infelizmente, quando ainda só tinha 20 máquinas prontas, apanhou uma pneumonia e morreu em poucos dias. Como resultado disso, só terão chegado aos dias de hoje duas Williamson. Que, escusado será dizer, valem uma pequena fortuna. Até hoje nenhuma foi vendida num leilão público mas os especialistas da Bonham's, a maior casa de leilões do mundo, estimam que se um dia uma delas fosse posta à venda, o seu valor de venda poderia chegar aos 350.000 a 400.000 euros.