quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O "pássaro" raro do norte

Após várias tentativas, há poucos dias atrás consegui finalmente, visitar a famosa colecção de clássicas de José Pereira que conta com cerca de 1000 motos, scooters e motorizadas, mais de metade delas impecavelmente restauradas. Em 2008, num dos primeiros números da revista, já tínhamos falado desta colecção mas desta feita contamos fazer um trabalho mais exaustivo, para um dos próximos números. Ao contrário de várias colecções de maiores dimensões, que em boa parte foram feitas a partir de colecções mais pequenas, a de José Pereira foi feita construída a partir do zero, o mesmo lembrando-se de como cada uma das motos chegou até si e qual o seu historial. E se todas as histórias são interessantes e muitas delas intrigantes também, a desta monocilíndrica com um motor Villers de 250cc é de nos pôr todos a pensar. Chama-se Águia, o que faz supor que é portuguesa, até porque o nome "Águia" só existe em português. Foi comprada em Portugal, o homem que a vendeu a Zé Pereira, garante-o, e mais, o mesmo homem, já com alguma idade, diz lembrar-se de a ter comprado directamente ao fabricante, também algures no norte. Posto isto, e sendo advogado do diabo, a marca poderia ter sido inventada por alguém que comprou a moto já montada no estrangeiro e a teria personalizado só para si mas como também há uma Águia Pachancho e o símbolo das duas é muito similar para não dizer igual, é bem possível que a marca tenha existido mesmo. Mas se existiu, a dúvida fica no ar: de quem era, como foi criada, e que outras motos ou ciclomotores fez?

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