sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Tinha que ser uma americana


A moto mais cara vendida na semana passada no primeiro grande leilão internacional do ano de motos clássicas foi uma das raríssimas Pope L18, de 1918. Foi vendida por 100.000 dólares (cerca de 69.400 euros)o que, não sendo um valor recorde, mostra que o mercado por boas motos clássicas praticamente não perde valor mesmo em tempos de crise. Na Europa, uma Pope não seria talvez tão bem cotada, mas nos Estados Unidos é considerada, e com razão, uma das grandes marcas de motos de há 100 anos atrás. Tendo começado por construir carros e bicicletas, a Pope interessou-se pelo fabrico de motos em 1911. Esta L18 foi o último modelo fabricado pela marca. Com um motor bicilíndrico de 1000cc, árvore de cames à cabeça e suspensão tanto dianteira como traseira, era uma moto bastante avançada para a sua época mas devido à entrada dos Estados Unidos na primeira guerra mundial, a marca deixou de fabricar carros e motos e especializou-se no fabrico de metralhadoras. Apesar da empresa nunca ter oficialmente entrado em provas, corredores privados conseguiram dar umas boas dores de cabeça às equipas oficiais de outras grandes marcas americanas da época, nomeadamente a Excelsior, Flying Merkel, Harley, Indian, e Thor. Só quando a Indian e a Harley, em 1919-20, lançaram modelos, também de grande cilindrada, com oito válvulas, é que o seu reinado nas pistas chegou ao fim.

2 comentários:

  1. Olá. Desculpe a ousadia mas esta notícia também deveria sair na DMC

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  2. Tem que ir mesmo. Tem toda a razão. Vou já dar indicações nesse sentido à nossa redacção!

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