sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
O mistério das Royal Nord "portuguesas"
Um dos artigos que mais trabalho dá a preparar na MotoClássica é o das fichas do mês. Embora num caso ou outro as informações que procuramos nos caiam, literalmente, do céu, noutros, na maioria, temos que vascular muita coisa, falar com quem mais percebe do assunto e verificar e voltar a verificar se tudo o que nos chega às mãos está correcto ou só mais ou menos. E mesmo assim, não obstante todos os esforços, muitas vezes isso não chega. Até se consegue descobrir umas coisas sobre a moto, ou scooter, em questão, mas fica a sensação que há algo mais que também deveríamos ter descoberto dela mas que, por um motivo ou outro não conseguimos. No mês passado, na preparação da ficha da Royal Nord Polaris, ficou-me essa sensação. Estava a acabar de escrever o que me parecia mais interessante sobre a dita e dei comigo a pensar porque haveria tão poucas Royal Nord em Portugal e como teriam vindo cá parar as que existem. Pensei que fosse daquelas coisas para as quais só teria resposta daqui a 50 anos ou na próxima encarnação, mas há uns dias atrás recebi um telefonema do Algarve, de um novo leitor da revista, que tinha ficado em polvorosa com a ficha da dita Royal Nord. E tudo porque tinha tido uma, mas não cá, em Angola, onde elas terão sido muito populares no começo dos anos 60. "Até aparecerem as japonesas", dizia ele, "Era o melhor que havia. Fazíamos sensação com elas". Ainda tivemos um bocado ao telefone e depois disto, fiquei a pensar: ainda não tenho resposta, e possivelmente nunca vou ter, ao facto de haver tão poucas Royal Nord por cá, mas é bem possível que as poucas que há, tenham vindo via Angola, depois do 25 de Abril. É uma hipótese, mas agora que tenho esta pista, temos que a seguir a ver no que dá. E há pelo menos uma outra pessoa que pode ajudar nisto, o Sr Leal, o "jovem" de Almancil de 92 anos que tem também uma Royal Nord Polaris (e que ainda anda com ela de vez em quando). Embora não seja fácil apanhá-lo, numa das próximas idas ao Algarve hei-de conseguir chegar à fala com ele. E se a Polaris dele também tiver vindo de Angola, é mais um ponto a favor desta teoria.
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