sábado, 25 de fevereiro de 2012

A ideia genial de Tartarini

As vitórias da Ducati no Motogiro de Italia de 1955 e 1956 foram arrebatadoras, sobretudo a de 56, com a Ducati a fazer frente às equipas de fábrica de todos os outros grandes fabricantes italianos de motos e a ganhar a prova em cinco classes. O Motogiro desse ano, porém, teve alguns acidentes graves, o mesmo acontecendo noutra grande prova de estrada transalpina, de automóveis, as Mille Miglia. Devido a isto, as autoridades italianas decidiram proibir, a partir de 1957, todas as provas de estrada de grandes distâncias, de automóveis ou motos. No caso do Motogiro, a Ducati era a marca que tinha mais a perder pois fora a que tinha tirado mais louros nas últimas edições da prova. Mas um dos seus pilotos, Leonel Tartarini, teve uma brilhante ideia. Se as Ducati não podiam brilhar a fazer uma grande prova de estrada de norte a sul do país, porque não pô-las a fazer uns bons milhares de quilómetros fora de Itália?. A direcção da marca aprovou a ideia e Tartarini, com outro homem da Ducati, Giorgio Monetti, fizeram-se à estrada em duas Ducati 175 com depósitos e outros equipamentos especiais. O plano inicial era irem de Bolonha até à fronteira da Turquia com o Irão, mas a publicidade em Itália com o viagem foi de tal ordem, que a Ducati autorizou que continuarem até à Cidade do Cabo, na África do Sul. Quando aqui chegaram, Tartarini e Monetti, e as suas Ducati, já eram heróis nacionais, não só pelo feito em si como pelas suas aventuras, as quais envolveram o roubo das motos no Irão, a sua prisão no Uganda e encontros próximos com leões na Tanzânia, entre outras coisas. Em face disto, e sempre com o apoio da casa-mãe da Ducati em Bolonha, os dois continuaram e acabaram por dar uma volta inteira ao mundo. Ainda hoje, o feito é considerado uma das melhores acções promocionais de marketing feito por uma marca de motos italiana!

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