segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A primeira vez

Até à segunda guerra mundial, pouca gente no Ocidente sabia que o Japão fabricava motos. Na altura ainda não existia nenhuma das quatro grandes marcas dos dias de hoje mas havia outras, só que todas elas tinham as suas atenções viradas exclusivamente para o mercado nipónico. Depois da guerra, no entanto, tudo mudou. O Japão foi completamente destruído, surgiram novas empresas dos escombros das anteriores ou do zero (como foi o caso da Honda) e em menos de 10 anos, as sementes do que ia ser o milagre japonês nesta área já estavam bem plantadas. Por sorte para todos os entusiastas das duas rodas, um capitão inglês de nome Soars, grande entusiasta de motos, encontrava-se na altura colocado em Tóquio e preparou umas notas sobre o que era o sector industrial do país, com incidência no sector motociclístico, que se tornaram em Fevereiro de 1954 no primeiro artigo duma revista europeia sobre motos japonesas. Para além da descrição geral em si, é fantástico ver-se as linhas de montagem que algumas fábricas já tinham assim como a variedade de modelos existente.

Com o título "The rising sun is shining" (O sol nascente está a brilhar), o artigo começa por referir as origens da indústria motocíclistica do país, as marcas (incluindo a Asahi, Cabton, Daihatsu, Hirano, Iwasaki, Kurogane, Mazda, Meguro, Rikuo e outras) e o tipo de motos fabricado.

Na segunda página pode ver-se, em cima do lado esquerdo uma linha de montagem da Mlyata, enquanto ao seu lado está uma Asahi de 250cc. A scooter do meio é uma Mitsubishi de 175cc e das motos de baixo, a da esquerda é uma Rikuo de 1200cc de dois cilindros em V da polícia (muito parecida com as Harleys da época) enquanto a da direita uma Rikuo também mas uma monocilíndrica de 350cc (muito british, por sinal).

Aqui pode ver-se em cima do lado esquerdo uma Cabton bicilíndrica de 500cc, seguido de uma scooter Rabbit, e em baixo uma Honda Benly e um ciclomotor Nissan de 60cc.


Na última página, finalmente, temos em cima um anúncio das motos da Fuji e em baixo duas outras preciosidades já não existentes, uma Akito com sidecar do lado esquerdo e uma Lilac (claramente cópia das Bmw) com transmissão de veio e tudo.

2 comentários:

  1. Caro Pedro:
    Não pàras de surpeender a gente! O que essa tua cabecinha pensadora vai descobrir...
    Lá imaginava eu estas coisas?!
    No entanto, pensando bem, a indústria japonesa de duas rodas não podia aparecer do nada. Teria de ter um alicerce. E de que maneira?!
    Um abraço.
    Paulo Gabriel.

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  2. Oi Paulo, ainda bem que gostaste. Agora estou a ver é se consigo o texto em tamanho natural. Deve dizer coisas engraçaddas.

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