sábado, 31 de dezembro de 2011
O ganda presente de fim de ano
Não é todos os dias que se "descobre" uma clássica no meio de silvas e mato mas no final do ano passado, foi descoberta uma "senhora" nos arredores de Monção, só que não era uma senhora qualquer. Era uma Vilar Pachancho, um dos ciclomotores nacionais mais raros que existem. O achado terá sido possível por um familiar do antigo dono ter ideia que há muitos anos atrás o primo se tinha desfeito duma "bicicleta com motor" numa zona erma dum baldio. Primeiro pensou-se que seria só história mas há semanas atrás, alguns conterrâneos resolveram passar a zona a pente fino e lá a descobriram, por milagre ou quase em muito bom estado. E como uma coisa destas não é para ficar por aqui, a máquina já começou a ser restaurada e se tudo correr bem, talvez ainda esteja pronta a tempo de ir ao Todos a Fátima, no grupo dos Cruzadores de Monção que no ano passado já deu nas vistas com as suas duas Cruzadores, e outras velhinhas bem velhinhas!
sábado, 24 de dezembro de 2011
A Puch 50 com sidecar que faz sensação

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
A vitória do Zacarias, só com uma mão

Nos últimos 30 anos, a Espanha tem sido dos países com mais campeões do mundo de motociclismo. Grandes pilotos como Angel Nieto, Jorge Martinez, Alex Crivillé, Dani Pedrosa e mais recentemente Jorge Lorenzo fazem com que o país vizinho, a par de Itália, Reino Unido e Estados Unidos, seja hoje em dia um dos quatro países do mundo com mais "champs". Muito antes deles, porém, a terra de Cervantes já tinha grandes ases nestas artes e Zacarias Mateos, que correu nos anos 20, terá sido um deles. Natural de Zamora, era especialista em provas de longa duração, foi campeão espanhol em várias classes ao longo da década e ainda conseguiu, em 1923, bater o recorde do mundo do quilómetro lançado com uma Doulgas de 500cc. A proeza pela qual ficou mais conhecido, porém, terá sido a vitória que conseguiu no Grande Prémio de Tarragona em 1922, com um braço só. Disputado num circuito de 30,3 kms de extensão que passava pelo centro de Tarragona e outras localidades vizinhas, a prova tinha um total de sete voltas, ou 210 quilómetros, e contava com 32 participantes. Ao fim da terceira volta, Zacarias, que seguia em primeiro lugar, caiu com a sua Harley V Twin de 1000cc e desfez todo o lado esquerdo do guiador. A manete da embraiagem também ficou desfeita mas o cabo ficou preso à mesa da direção. Perante um cenário destes, o mais natural seria desistir, mas Zacarias, após olhar por uns segundos para a moto, montou-se nela e decidiu continuar.
Ainda lhe faltavam 120 quilómetros e dado o sistema de mudanças de mão da Harley, cada vez que tivesse que mudar de mudanças tinha que tirar a mão "boa" do guiador para acionar o selector, e segurar a moto com a esquerda no lado direito. Só o chegar ao fim da prova nestas condições já seria um feito mas Zacarias foi mais longe pois, mesmo assim, conseguiu ganhar a prova. Com 15 minutos de avanço em relação ao segundo classificado. Pena naquela altura não haver ainda televisão e transmissão das provas de motociclismo em directos. Hoje deliciaríamonos a ver e rever provas como esta.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
A mais cara de sempre

domingo, 18 de dezembro de 2011
As G50 do George

Que a Norton Manx foi uma grande máquina desportiva do final dos anos 50 e começo dos anos 60, isso a gente sabia. Agora que ela teve uma grande rival em Inglaterra, isso é que, pelo menos para mim, era chinês. Mas teve. Foi a Matchless G50 a qual não era tão rápida mas era igualmente muito bonita, e ainda tinha a vantagem de ser mais leve e curvar, ao que parece, bastante melhor que a Manx. Até aí maravilhoso. O que, no entanto, é ainda mais surpreendente, é que ao contrário da Norton Manx que deixou de se produzir ainda na década de 60, a G50 continua a ser produzida até aos dias de hoje. Já não pela Matchless que, infelizmente foi à vida, mas por um mecânico inglês, George Beale, que as faz com algumas modernices como quadro em liga leve, forqueta da Ceriani e caixa de seis velocidades em magnésio e que, graças a um excelente trabalho de marketing na promoção da moto dos dois lados do Atlântico junto de corredores de clássicas, tem uma lista de espera de dois anos para a dita. Crise, qual crise?
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Os gajos querem-no de volta

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
A Faka

terça-feira, 29 de novembro de 2011
E o William descobriu a Super Sport
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Naquele tempo
Parece uma falácia mas no mundo do motociclismo de competição cada década tem tido o seu, ou os seus heróis. O dos anos 50 foi o inglês Geoff Duke com quatro títulos de campeão do mundo na classe raínha da altura, as 500. Depois nos anos sessenta foi primeiro Mike Hailwood (também com quatro títulos)e depois Giacomo Agostini (com oito, os últimos já na década de 70). Nas duas décadas seguintes, um grupo de cinco norte-americanos (primeiro Kenny Roberts e depois Freddie Spencer, Eddy Lawson, Kevin Schwantz e Wayne Rainey) conseguiu entre si 13 títulos. E mais recentemente tivemos o não menos grande Valentino Rossi, com os seus sete títulos. Antes de todos eles, porém, houve um outro grande senhor com muitas vitórias em pista. Foi o irlandês Stanley Woods cujo palmarés na década de 20 abarca 29 vitórias em grandes prémios e 10 no TT da Ilha de Mann, a principal competição de pista de motos na altura. Nunca, nem antes nem depois, nenhum piloto conseguiu nem igualar nem acercar-se perto deste fantástico palmarés. Embora a sua grande paixão fossem as provas de pista, Stanley também gostava de participar em scrambles (as provas que antecederam o motocross e que na altura já eram famosas sobretudo no Reino Unido), e provas de trial. O que não se sabia, e que esta foto recentemente vinda a público veio documentar, é que o "senhor" como era conhecido, entrava nestas provas vestido a rigor, de gravata e tudo. Normalmente, tanto nestas provas como nas provas de pista, os pilotos equipavam-se já com combinações de couro, nas pistas corridas e nas provas de fora de estrada de duas peças. A foto, inicialmente publicada no blog inglês Nortonvintage, mostra Stanley numa Norton M18 cuja únicas alterações seriam um travão de 8 polegadas de tambor na roda da frente, a panela de escape alterada por causa das passagens de ribeiros, e o reposicionamento do magneto.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Surpresas sem fim

quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Preciosidades à espera de comprador

terça-feira, 22 de novembro de 2011
Quem diria!
No meio motociclístico, o minhoto Eduardo Sousa, aqui no extremo direito da foto, é conhecido sobretudo pela Indian Scout de 1928 com que anda no dia-a-dia e também pelos seus restauros de motos clássicas norte-americanas e inglesas dos anos 20 e 30, como Indians, Harleys, Excelsiors e outras. O que pouca gente saberá é que ele também tem um fraquinho por japonesas clássicas ou não fosse a primeira moto que teve, ter sido uma Honda C110 que lhe foi oferecida pelo paí. E apesar ds Indians e outras que tais continuarem a ser a sua preferência número um, ele, assim como o filho e o sobrinho - os quais se podem ver também aqui, estão a pensar ir, cada um, numa japonesa clássica ao Encontro das Japonesas, um big encontro de clássicas nipónicas que vai ter lugar em Braga, dia 16 de Junho, duas semanas depois do Todos a Fátima, e onde são esperadas 300 a 400 "senhoras" daquelas bandas.
domingo, 20 de novembro de 2011
Um achado com nome de santa
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
A Doulgas futurista
O artigo de capa da próxima SóClássicas - que modéstia à parte está do carimbó - é dedicado às gloriosas motos inglesas dos anos 20. Tudo começou quando aqui há uns meses atrás nos encantámos com a AJS da capa, quando a vimos no Algarve. A partir daí começámos a pesquisar o tema mas depois percebemos que por trás da AJS estava um fenómeno não menos interessante e que era o mercado de máquinas de duas rodas que se desenvolveu enormemente a partir do fim da primeira guerra mundial. O tema daria para se escrever um livro mas à falta de oportunidade, e espaço na revista, para isso, temos um texto bué de interessante sobre estas máquinas em geral e sobre como tudo começou, com a malfadada guerra. E isto, sobretudo, porque o exército inglês decidiu que as motos eram um excelente e revolucionário meio de apoio ás tropas no terreno. Graças a isso, entre 1914 e 18, os fabricantes ingleses receberam encomendas para o fabrico de 400.000 motos, uma enormidade ainda aos dias de hoje, passados quase 100 anos. E se a maior parte delas eram motos convencionais de duas rodas, houve muita coisa de três rodas também. Triciclos-ambulância, triciclos blindados com metralhadoras montadas, triciclos para o transporte de cavalos, etc. Este Doulgas da foto, porém, merece destaque. E isto porque terá sido dos triciclos mais "high tech" desse tempo da guerra. É que para além do triciclos, e das motos em geral, já serem uma novidade para a época, os rádios de transmissões também o eram. Felizmente que o mundo das transmissões evoluíu e as centais telefónicas móveis foram-se tornando mais pequenas. Ja´se imaginou o que seria ir para o campo de batalha com uma coisa destas para fazer rádio-transmissões?
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Já tá a mexer!

terça-feira, 1 de novembro de 2011
A Famel da Veterama
Quem vai à Alemanha à Veterama, a maior feira europeia (e possivelmente do mundo, também)de carros e motos antigas, vai à espera de encontrar sobretudo (muitas) máquinas alemãs , norte-americanas, e francesas. Inglesas, italianas, espanholas e da Europa de Leste também se vêem umas quantas, dezenas talvez, mas o que ninguém esperaria ver seriam motos, ou melhor falando, motorizadas, portuguesas. Pelo menos, que haja memória, nunca se tinha visto nenhuma desde que o evento começou a ter lugar em 1975, todos os anos em Outubro, na cidade de Mannheim. Este ano, porém, algum conterrâneo da gente resolveu levar uma, e que uma. Foi uma Famel Zundapp Xf17 de 1981, a qual, orgulhosamente, ombreava com Zundapps (das grandes!), Bmws, Harleys, Indians e outras preciosidades estrangeiras. Á venda por 1800 euros, a moto tinha uma placa de Penalva do Castelo e a pensar, e bem, que muitos dos visitantes da feira não fariam ideia do que era aquilo, o vendedor, possivelmente um emigrante português que também gosta destas coisas, tinha junto à moto uma explicação sobre as origens daquela "Zundapp" tão pouco usual por aquelas paragens. A dúvida que fica no ar é se este nosso amigo da Xf terá conseguido vender a moto ou não. É que das duas vezes que passámos no seu "stand", o homem não estava lá. Vamos torcer para que tenha conseguido.
domingo, 30 de outubro de 2011
Vendida, por 240.000 mocas.

sábado, 29 de outubro de 2011
A rolar, até França

quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Qualquer dia num autódromo perto de si.
Depois das inglesas, das alemãs e, mais recentemente, das japonesas, a mais última moda nos Estados Unidos e no Reino Unido em matéria de clássicas são as motos de competição. Sejam elas de pista, cross, enduro ou outras, as motos deste tipo são as que têm sofrido uma maior interesse este ano e tudo indica que pelo menos em 2012 elas vão continuar a estar no "top" das preferências dos grandes colecionadores. Portugal não é excepção a este movimento e para lá dos restauros de motos nacionais que já foram grandes estrelas nas pistas, temos vindo a assistir a um crescendo de importações, sobretudo de França e Inglaterra de motos de competição, sobretudo japonesas dos anos 70 e 80. Na região de Lisboa e arredores, no entanto, há quem se esteja a interessar por outras coisas, nomeadamente pelas clássicas de speedway. E isto porque estão em curso pelo menos três projectos de restauro de máquinas deste tipo, todas elas utilizando motores JAP monocilíndricos de magnésio. Para já a ideia dos três é restaurar, ou melhor falando criar, as motos mas há também planos para elas serem postas a "correr" - talvez nos autódromos de Braga, Estoril ou Portimão - quando estiverem prontas, o que se prevê acontecer já no ano que vem. Pode parecer um projecto para um novo filme de Spielberg mas daqui a menos de um ano já vamos poder ver para crer!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
O "cabelo de urso" foi-se
domingo, 23 de outubro de 2011
A nova Brough, a máquina dos 250.000 euros
Quando o inglês Mark Upham, em 2008, comprou os direitos de produção da Broughs Superior, o seu objectivo era claro mas ao mesmo tempo extremamente ambicioso: construir réplicas da famosa Broughs SS100 pelo menos tão boas como as originais SS 100 que, nos anos 20 e 30 fizeram com que a marca fosse conhecida na Europa e nos Estados Unidos como o Rolls Royce das duas rodas. Apesar de respeitar na íntegra todos os pormenores da Broughs original, Mark teve a ideia de, num caso ou outro, utilizar metais mais leves e resistentes, o que por um lado iria permitir à moto atingir um melhor desempenho enquanto por outro iria ser mais resistente e flexível. O preço da moto, que já era previsto ser alto, ainda se tornou mais alto, chegando aos 250.000 euros. Mark, no entanto, não desistiu do projecto, e ainda bem. É que, apesar do seu preço, a moto já tem a sua produção assegurada até ao começo de 2013. Com um preço destes, não será de estranhar que os Estados unidos e o médio oriente sejam os dois principais mercados finais da SS101, como esta "nova" SS100 foi denominada, mas pelo menos 20% ainda vêm para o velho continente. Haja "cacau"!
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Quem disse que elas morreram sem lutar?

terça-feira, 18 de outubro de 2011
A "jawista" de Santo Tirso
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Tempo de pechinchas

sábado, 15 de outubro de 2011
Esta merece
A fama de "porcos, feios e maus" com que muita gente ainda rotula os motociclistas em geral pode demorar um pouco a desaparecer mas há quem saiba tirar partido disso como a Carslberg, com este genial anúncio cuja versão do YouTube, só ela, já tem quase seis milhões de visitas!
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
O maior show de clássicas no mundo

Realizado pelo sétimo ano consecutivo, o Barber Vintage Festival conseguiu neste curto prazo de tempo algo invejável para qualquer tipo de evento, seja ele ligado a motos clássicas, antiguidades, música ou o que seja. Tornou-se no maior do género em todo o mundo. Realizado nos Estados Unidos, na cidade de Birmingham no Estado de Alabama, o evento é um misto de exposição, parada, corridas e feira de clássicas e a edição deste ano contou com cerca de 60.000 visitantes. Para quem gosta de clássicas e pôde dar-se ao luxo de viajar até ao evento, terá sido um fim de semana inesquecível. Só para se ter uma ideia, só a nível de exposição estavam presentes mais de 100 motos únicas no mundo, incluindo uma série de italianas e japonesas de competição. A ideia do evento é de um milionário norte-americano, George Barber, que já investiu 70 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros) na compra e restauro de motos antigas e que tem um dos maiores museus do mundo deste tipo de motos, museu esse que até incluí uma pista para provas e apresentações com 3,7 kms de extensão. A vida é dura, não é?
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
A próxima SóClássicas

Como dizem os alentejanos, foi uma "carrada" de trabalho, mas a nova SóClássicas já está mesmo a sair. Está já praticamente pronta na gráfica e se tudo correr bem segunda já é entregue aos assinantes e terça está nas bancas. O artigo da capa é dedicado às chamadas Zundapp de origem mas além das mesmas, as quais contam com um artigo de sete páginas, mas além delas, são abordados muitos outros temas relacionados com as "senhoras", incluindo passeios de norte a sul do país, a última prova do Troféu de Resistência Vespa em Fátima, uma resenha histórica sobre o transmontano Costa Paulo que é um dos pais da Xf, restauros e outras coisas mais. Esperamos que goste.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Algures a sul de Frankfurt

segunda-feira, 10 de outubro de 2011
A híbrida do Ribatejo
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
O homem também gostava de clássicas

quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Desta vez sem um pingo de chuva, e com muito sol

terça-feira, 4 de outubro de 2011
O primeiro "carro" de muitos franceses

domingo, 2 de outubro de 2011
E agora na Atalaia
A par dos passeios e encontros, as provas de motorizadas clássicas estão também em franco desenvolvimento de norte a sul do país. No norte já se realiza desde há alguns anos o Xassos Cup, um troféu idealizado pelo Moto Clube do Porto e cujo ponto alto é a corrida da aldeia de Fontes, no concelho de Santa Marta de Penaguião. Em Trás os Montes temos corridas também de rua, como a da Aparecida e a de Valpaços. Mais a sul, nos concelhos cercanos de Lisboa, há os troféus de cross de clássicas que, como o Xassos Cup, movimentam umas boas dezenas de Casal, Sachs, Macal Famel Zundapps e outras "bombas" transformadas. Em Alcanede há já desde há algum tempo provas regulares de velocidade de motorizadas clássicas no kartódromo local. Mais a sul, na zona de Odemira realiza-se outro, mas de TT, o qual já vai na quinta ou sexta edição e conta também com dezenas de participantes. Uma mão cheia de eventos desportivos ligados às "senhoras" ao qual se vem agora juntar um outro TT, no Alto Alentejo, na aldeia de Atalaia, no concelho de Gavião. Vai ser o primeiro do género na zona, tem lugar no próximo sábado dia 08, e segundo a organização, poderá contar com cerca de 50 participantes, muitos dos quais, como o amigo João Costa que aqui aparece na foto nos preparativos da sua Famel Zundapp de quatro velocidades, não têm qualquer experiência nestas coisas mas prometem muita emoção e espectáculo. "Não faço ideia como vai ser", diz ele, "Mas tou convencido que vai ser tão ou mais emocionante que um TT de Portugal ou um Raid da Ferraria".
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Os quase 300.000 kms do Giorgio

Não há muita gente que se possa orgulhar de ter feito grandes viagens de Vespa muito menos várias viagens intercontinentais que no total chegam quase 300.000 quilómetros como foi o caso do italiano Giorgio Betinelli. Nascido na cidade de Crema, na Lombardia, Giorgio parecia destinado ao teatro mas ainda em novo descobriu que o que gostava mesmo era de viajar e conhecer novas culturas. Primeiro fê-lo de avião mas quando, no começo dos anos 90, na Indonésia, lhe pagaram uma dívida com uma Vespa, descobriu que dali para a frente só iria fazer viagens de Vespa. Acabou por fazer quatro, todas elas transcontinentais ou intercontinentais, a maior de todas sendo a última que envolveu a subida de todo o continente americano desde a Terra do Fogo até ao Alaska, a travessia - de barco - do Alasca para o norte da Rússia pelo estreito de Bering - e a descida do continente asiático e dp do australiano, até á Tasmânia. Depois de tanta viagem, fixou-se na foz do rio Mekong e morreu à três anos. Dado que só há dados dele em italiano poderíamos nunca saber da sua existência mas graças a um luso-angolano curioso nestas matérias vespistas, o Joaquim Correia, que teve a sorte de o conhecer pessoalmente em Luanda, numa das suas andanças e que dá conta do mesmo no seu blog, o orientacoes8.blogspot.com
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
O prémio do Luís Filipe

Quando o minhoto António Luís, um amante de motos grandes, decidiu que também tinha que ter uma motorizada do antiga restaurada, estava longe de imaginar que ela fosse revelar-se uma preciosa ajuda lá em casa para o seu filho Luís Filipe ter bons resultados na escola. António acabou por comprar uma Macal M70 Turismo e depois que terminou o seu restauro é raro o dia em que não anda nela, seja para ir para o trabalho, para ir ao café ou outras coisas. E essas outras coisas incluem o ir buscar o filho à escola, o qual parece adorar andar à pendura do pai, cada qual com o seu "penico", tudo como antigamente. Só que este previlégio está pendente de bons resultados na escola. Ou seja, se há bons resultados, o Luís Filpe pode andar na Macal com o pai. Se não há bons resultados, não há Macal!
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
A Bmw mais cara de sempre?

As Bmws, é sabido, não são propriamente baratas. E as clássicas, sobretudo as boas, as mais raras, podem chegar aos 20.000 euros, 30.000 ou mais. 100.000 euros, no entanto, é o valor esperado pela Bmw R50 com sidecar de competição com que Georg Auerbacher se sagrou campeão do mundo de sidecars em 1968. A moto faz parte de um conjunto de dezenas de carros e motos Bmw que vão ser levados a leilão em Munique no próximo fim de semana. Caso a venda se concretize, em leilões há sempre a hipótese de não haver solicitadores para o valor mínimo do bem levado à praça e que neste caso é 90.000 euros, esta deverá passar a ser a Bmw clássica mais cara do mundo. Para quem quiser fazer contas, 100.000 euros dá para cinco Bmw GS1200 ou cinco RT1200, uma para cada dia da semana. Só que enquanto para comprarmos uma GS1200 ou uma RT1200 basta chegarmos ao stand, a R50 com sidecar com que Georg se sagrou campeão do mundo só há uma, esta e mais nenhuma!
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Uma K161 personalizada?

Um dos modelos da Casal mais raros é a K161 de pedais, com motor Casal de duas. Não se sabe ao certo quantas haverá em Portugal mas talvez umas 20, ou pouco mais. A maior parte estão no norte mas pelo menos esta, de que tomámos conhecimento há poucos dias atrás, encontra-se bem mais para baixo. É de Torres Novas e pertence a Jaime Pacharro, um colecionador local que além desta raridade tem outras entre elas uma HMW Sarolea. No caso da Casal, a máquina encontra-se muito bem restaurada, havendo só dois detalhes que deixam alguma curiosidade no ar. Uma é o escape que poderia ser o que a moto tem mas também poderia ser outro, de ponteira fina. Quanto ao outro, um pouco mais chamativo, é a decoração do depósito e o nome "Casal" no mesmo. Seria mesmo assim?
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Felizmente que cá há reboques

domingo, 25 de setembro de 2011
Deu Pardalkitz na classe um e Motoantiqua na dois
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
A V5 Sport com carenage de Portimão
Apesar do fenómeno das motos e motorizadas clássicas ainda não estar tão divulgado no barlavento algarvio como nos concelhos de Loulé, Faro, São Brás de Alportel, ele tem crescido a olhos vistos. De Sagres e Aljezur a Portmão, Lagoa e Silves, há cada vez mais gente a interessar-se por ter a "sua" motorizada e a meter-se nos restauros, e o número de passeios na região não para de aumentar. Entre os homens que mais têm contribuído para isso conta-se o portimonense Paulo Jorge o qual já há uns bons anos, talvez mais de 10, restaurou a sua SIS Sachs V5 Sport e começou a ir a tudo o que era passeios de motos com ela. Muita gente destes concelhos que se iniciou nos restauros de clássicas em geral e de V5s em particular ter-se-á inspirado nele e na sua V5 que foi restaurada ao mais pequeno pormenor e que pouca ou nenhuma diferença fazia das V5 de fábrica. Mas assim como quem comprava motorizadas novas nos anos 70 e 80 mais cedo ou mais tarde resolvia personalizá-las a seu gosto, o bom do Paulo Jorge, ao fim destes anos todos, resolveu também fazer uma pequena transformação, ou melhor falando uma adição, na sua. Tinha lá em casa a carenage duma Motozax e um dia destes descobriu que podia encaixá-la na sua V5 sem ter que fazer qualquer modificação. E mais, descobriu também que o conjunto até nem ficava feio, e não fica. Vai daí, pintou a carenage no vermelho vivo da sua V5, e com a ajuda duma chave de parafusos, o resultado aí está. "Consinuo fiel aos restauros para pôr as motos iguais ao que eram quando foram produzidas", diz ele, "Mas como vi que isto encaixava que nem uma luva na moto, deu-me graça fazer esta brincadeira. Durante uns tempos vou deixá-la assim. Depois logo se vê. O importante é que não estraguei nada na moto e em poucos minutos posso tirar a carenagem e ela volta a ser uma V5 Sport original.
Sábado há campeões
Desde que o Troféu de Resistência Vespa começou a ser disputado que nunca se chegou a um final de campeonato tão emotivo como o deste ano em que pelo menos três equipas - a Pardalkitz, a Laranjo Team e a Team Protótipo têm hipóteses de arrebatar o título na classe 1, das Vespas modificadas. Isto na classe 1 porque na outra classe do Troféu, a 2, de Vespas de série, a equipa da casa, os Vespingas, já tem, praticamente, o campeonato ganho. Disputada no Kartódromo de Fátima a prova começa às 12.00 horas de sábado e acaba às 18.00 e como se ela não fosse já suficiente, ainda está prometida uma festa das boas para a entrega dos prémios. Para quem gosta de clássicas em geral e Vespas em particular, e não tem que atravessar o país para chegar a Fátima, recomenda-se.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
A raridade checa de Lisboa
Jawas e CZs ainda há muitas por aí, e felizmente, mas a grande maioria são de 125cc ou 175cc, e em menor grau de 250cc. Jawas 350 há relativamente poucas e Jawas 350 com o exclusivíssimo sidecar checo Velorex então só há três em Portugal. Ou só havia três, porque desde há relativamente pouco tempo atrás, deu à costa outra, de 1968. A máquina terá sido trazida para Portugal por um croata que já trouxe várias Jawas e CZs para Portugal, embora nenhuma delas fosse tão valiosa e interessante como esta 350 com o sidecar Velorex. Ao que parece esteve durante vários meses fechada numa garagem até que um colecionador lisboeta de motos com sidecars soube da sua existência e a comprou. Embora a nível mundial ainda haja umas centenas de Jawas e CZs com atrelagem, com atrelagem Velorex haverá no máximo 300 a 400.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
As esquecidas
Se todos os números da SóClássicas têm um ou dois artigos que os leitores elegem como especiais, um dos que mais deu que falar no penúltimo número da revista foi sem dúvida o artigo da capa, sobre as motorizadas nacionais de cross. Só que, como sempre acontece quando nos metemos a desbravar terreno virgem, ou quase, há sempre qualquer coisa que fica de lado, ou, neste caso, há sempre alguma moto que devia também ter aparecido no artigo e que nos falhou. Há duas semanas já soubemos duma, a Mayal de cross. A bem da verdade, não fazíamos ideia que a marca tinha tido um modelo de offroad, mas teve, e bem bonito por sinal. Com semelhanças com as japonesas de cross da época e hiper rara. Ao que parece só há uma ou duas em Portugal. Mas as "ondas" provocadas pelo artigo das nacionais de cross não se ficaram por aqui. E isto porque há três ou quatro dias atrás nos chegou a informação de uma outra máquina que também devia fazer parte do "clube". É a Macalde cross de compeitção, da qual terão sido feitas ainda uns 20 ou 30 exemplares e que concorria directamente com a Casal K188 de competição. Sempre a aprender!
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Descoberta à porta do café
Apesar de ter sido, juntamente com Aveiro, um dos dois principais pólos industriais da indústria de motorizadas nacional, a cidade de Águeda também tem grandes tradições em matéria de Vespas, seja pelo número de utilizadores deste tipo de máquinas de duas rodas no antigamente, seja pelas boas coleções de Vespas em particular e scooters em geral que existem hoje em dia na zona. Vai daí que o passeio anual do Vespa Clube de Águeda, cuja edição deste ano se realizou ontem, é sempre palco de atenções redobradas dos amantes de Vespas pois há sempre boas chances de se descobrir no mesmo alguma scooter clássica "nova" interessante. Este ano não foi excepção mas entre as novidades havia uma que ressaltava aos olhos, se assim se pode dizer. Era uma Vespa 50 SS dos anos 60, imaculadamente restaurada e que fez neste passeio a sua estreita de estrada como mota de coleção. A moto é lindísima, mas a sua história é melhor ainda. É que ela foi descoberta pelo seu actual proprietário, Nuno Oliveira, num café duma aldeia próxima de Águeda, sendo que o anterior dono, um pouco a leste destas coisas de clássicas, usava-a no dia-a-dia e tinha-a como uma Vespa "não tão bonita" como as 50 normais. Escusado será dizer que o Nuno não descansou enquanto não comprou a moto, a mesma tendo sido, muito naturalmente, o "menino bonito" do passeio.
domingo, 18 de setembro de 2011
De autocarro para cima, e de KTM para baixo

Lisboa de nascimento, alentejano do coração e sócio ferveroso do Moto Clube de Almodovar por paixão, César Campos era, até à pouco tempo atrás, daqueles apaixonados por motos que ligava pouco ou nada a clássicas. O mundo das duas rodas para ele era só motos modernas e entre as máquinas que tinha, e ainda tem, contava-se duas boas "bombas", uma BMW RT1100 e uma Honda CBR900. Há uns meses atrás, no entanto, começou a interessar-se por "senhoras" e pouco antes do Todos a Fátima, com a ajuda de amigos mais entendidos nestas coisas, comprou uma, uma Famel 77. A moto no entanto não o agradou totalmente, e passadas poucas semanas do evento César vendeu-a para a trocar por algo mais exclusivo. Esse algo apareceu-lhe mais recentemente na forma de uma KTM Super Export com motor Sachs em estado razoável e por um preço jeitoso de 500 euros. O problema é que a moto estava em São João da Madeira, a quase 300 kms de Loures, onde César mora. Para muita gente, a solução seria ou ir buscar a moto numa carrinha ou contratar uma transportadora para a trazer para casa mas César teve outra ideia. Meteu-se num autocarro em Lisboa, foi até São João da Madeira, fechou o negócio, e meteu-se pela N1 a fora, em direcção a Odivelas, onde chegou, com a máquina, após seis horas de viagem. "O homem que ma vendeu", diz ele, "Disse-me que eu era maluco e que apesar da moto estar a andar, ela não ia aguentar, mas trazer a moto por estrada foi muito mais divertido, e barato, que trazê-la de outra forma. Fazer estes quilómetros todos numa moto grande pode ser mais confortável, mas fazer nesta "menina" é muito mais divertido".
sábado, 17 de setembro de 2011
O Bart do Algarve

Aqui há uns anos atrás tive a oportunidade de fazer 5000 kms por terras marroquinas integrado num grupo de 20 BMWs modernas com todos os apoios e mordomias. Ainda hoje, e já lá vão uns quatro ou cinco anos, os 10 dias que passei naquelas terras, as paisagens, as pessoas e a camaradagem entre o pessoal do grupo ficaram-me marcados como dos melhores momentos da minha vida. Desde há poucos dias atrás, porém, tive que passar a olhar para esta aventura numa perspectiva um pouco diferente. Tudo porque me cruzei com um holandês amante de motos clássicas, o Bart, que agora reside em Portugal, e que há coisa de um ou dois anos atrás, depois de ter acabado um curso superior na Holanda, resolveu ir passar três semanas à Índia. As três semanas transformaram-se em seis meses e quando ele decidiu que estava na hora de voltar à Holanda decidiu, sabe-se lá como e porquê, que era mais engraçado vir numa moto antiga que de avião. Arranjou uma Royal Enfield com 35 anos, meteu-lhe um travão de disco à frente para a tornar mais segura, ou menos insegura, e veio por aí a fora, atravessando países como o Paquistão, o Afeganistão (sim, o Afeganistão), Irão e a Turquia. Uma grande aventura. Muito grande, mesmo. E de que vamos falar numa das próximas SóClássicas!
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Quem disse que o Alentejo é só chaparros e vacas?
Domingo passado, fez-se história no mundo das motos clássicas em Portugal Foi em Almodovar City, no coração do Baixo Alentejo, no passeio anual de motorizadas e motos antigas local. No ano passado, com 315 participantes, o passeio já se tinha destacado como um dos maiores de Portugal. Para este ano, os organizadores, o Moto Clube de Almodovar (MCA), tinham como meta atingir um número parecido mas, pelo sim pelo não, prepararam o evento para 350 máquinas.Este número, porém, não só foi batido, como ainda terá havido mais umas 10 a 20 "senhoras" que tiveram que fazer o passeio "à pendura" por já não haver condições para as mesmas participarem oficialmente no dito. "O segredo", diz Luís Botelho, um dos responsáveis do MCA, "é simples. Muita dedicação do clube, hospitalidade qb, paisagens deslumbrantes e um almoço típico da serra de Monchique".
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
A Ossa sueca

E um deles, o sueco
Por nada deste mundo!
Floretts ainda há umas quantas por aí, felizmente, umas mais antigas, outras mais modernas, e umas em melhor estado que outras. A que o alentejano João Pedro Troles, de Vila de Frades, no concelho da Vidigueira, arranjou, é das mais raras. É uma 57 (de 1957) e João Pedro, que até há pouco tempo atrás só se interessava por japonesas modernas, comprou-a no ano passado para a restaurar, para ir a Fátima. Gastou um bom bocado de dinheiro nela, em peças, na pintura, nos cromados e outros, e o certo é que a moto ficou muito bonita. Foi a Fátima, voltou e de vez em quando é usada para umas voltas. Como aconteceu há uns dias atrás, quando estava a fazer uma obra na Vidigueira. A sua Honda Hornet com que anda no dia a dia estava na revisão e João Pedro não teve meias medidas. Meteu-se na Florett e fez dela o seu meio de transporte naquele dia. Só que a vida tem voltas e voltas e aconteceu que o empresário lisboeta para quem estava a fazer a obra viu-o chegar na Florett e encantou-se com a "menina". De tal forma que não largou o nosso amigo e, ali, na hora, ofereceu-lhe 7000 euros por ela. Para muita gente, a oferta teria sido irrecusável. Afinal 7000 euros são 7000 euros. Mas não para João Pedro que após pensar um pouco, agradeceu e declinou sem hesitação o dinheiro. "Com 7000 euros, diz ele, "Até comprava outra, ou outras, Florett 57 e restaurava-a ou restaurava-as também, mas esta foi a minha primeira clássica e gosto tanto dela que acho que nunca a vou vender"
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Naqueles tempos
Estávamos aqui a pesquisar uma MZ TS na net quando nos surgiu esta maravilhosa foto. Não fazemos ieia onde foi tirada nem que modelo de MZ é , mas é certamente uma máquina de competição da marca da ex-Alemanha de Leste, possivelmente uma 250. E deve ser do tempo em que elas andavam bem lá frente, na categoria de 250cc, nos anos 70. Que velocidade daria este "bicho"? E quem seria o seu piloto? Seria o grande Ernst Degner que deu à marca um espectacular quinto lugar num campeonato do mundo nessa década? Pode ser que sim, pode ser que não. Mas seja o que for, é, uma grande fotografia e é de nos pôr a imaginar o que seria isto, afinadinho, numa pista daqueles tempos.
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